tag:blogger.com,1999:blog-7391463909891278585.post2539956129018032947..comments2024-03-21T14:58:15.772-07:00Comments on convergência cinefila: ENSINA-ME A VIVER - 1971Hilariushttp://www.blogger.com/profile/08016899002346271181noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-7391463909891278585.post-61023761523067273512019-11-29T06:44:46.747-08:002019-11-29T06:44:46.747-08:00Super clássico! Vi na TV aberta, há muitos anos, e...Super clássico! Vi na TV aberta, há muitos anos, e adorei. A TV paga, mais precisamente o TeleCine Cult o tem exibido. Maravilhoso encontrar aqui no Blog Convergência Cinéfila, para baixar e ver e rever quantas vezes eu quiser.garcia.morronehttps://www.blogger.com/profile/00032038180225434551noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7391463909891278585.post-72802088958789951282017-02-25T15:47:15.916-08:002017-02-25T15:47:15.916-08:00Os muitos ensinamentos de Ensina-me a viver - part...Os muitos ensinamentos de Ensina-me a viver - parte II<br /><br />Não ficou certo para mim que Harold tenha mantido relações sexuais com Maude, ainda que a visão escancarada de um ‘menino que sopra bolhas de sabão coberto apenas por um lençol’ deitado na cama da mulher, instruindo que naquele momento estariam os dois a despertar do cansaço de uma noite de amor, e o comentário de repulsa do médico, imaginando uma relação entre corpos separados por idades significativas em distância de tempo de vida, façam o espectador pensar que essas relações tenham acontecido. Embora a amizade entre os dois seja autêntica, muito do que fazem conjuntamente possui um certo ar de ‘pura encenação’, de ‘atuação combinada’ (como no caso do protesto pacifista), o que permite (pelo menos a mim) duvidar de que tenha ocorrido a tal relação carnal.<br />É claro que isso não atrapalha o entendimento do que nos é contado, e os dois são perfeitamente um casal distorcido e à parte do mundo social que habitam. Mas Maude, parece importante dizer, não é certamente uma deslocada, ao contrário do que é Harold. Ela é mulher consciente de seu papel, inclusive quando cuida de preencher as carências afetivas do jovem amigo. Alguém, em alguma leitura sobre a película, pode ter interpretado que talvez Harold tivesse fixação pela mãe e que, não conseguindo desta a correspondência desejada, tratou de compensá-la pela aproximação conseguida de Maude. Por meus sentidos: Vivian Pickles é ‘um estouro de fêmea’ nas poucas aparições que faz no longa. Mas uma fêmea ‘não me rele, não me toque’, sem energia sexual ou sem amor pelas fraquezas humanas.<br />Anoto uma dessas coincidências de que todo cinéfilo gosta de perceber at movies: em 1971, Spielberg rodou Encurralado, o mesmo ano de Ensina-me a viver. E, nas duas histórias, os protagonistas finalizam as respetivas tramas elevando cada qual o veículo que usavam até o topo de despenhadeiros, para a seguir livrarem-se deles conforme as necessidades conhecidas. Spielberg, por sinal, dono de agudo senso da linguagem de autor, referenciou a própria cena de Encurralado em A última cruzada, quando Indiana Jones supostamente encontra a morte dentro de um blindado alemão despencando num precipício longínquo do Oriente Médio. E ainda há os que não gostam desse diretor!<br />Voltando à análise de Rodrigo Carneiro, a quem dirijo cumprimentos elogiosos, uma coisa há com a qual não posso concordar. É quando ele diz que os diretores da Nova Hollywood representaram o último sopro coletivo de criatividade do cinema americano. Talvez, se entendida como reunião de cineastas que atuaram mais ou menos num certo tempo com bastante intensidade produtiva e em caráter colaborativo, possa até ser aceitável tal afirmação. Mas como ignorar o valor de Frank Darabont, de Christopher Nolan, de Jonathan Demme, de Quentin Tarantino etc. Mesmo que não puramente norte-americanos, Darabont e Nolan criaram-se e desenvolveram-se no cinema dos Estados Unidos. E se esses e outros não constituem um movimento coletivo de produção cinematográfica, não são de modo algum destituídos de capacidade criativa para o cinema dos tempos atuais.<br />Doodoohttps://www.blogger.com/profile/14768961998505280360noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7391463909891278585.post-59629144317741891452017-02-25T15:43:21.463-08:002017-02-25T15:43:21.463-08:00 Os muitos ensinamentos de Ensina-me a viver
A... Os muitos ensinamentos de Ensina-me a viver<br /><br />Acho que era quase o fim dos 1980 quando vi uma primeira vez o encantador Ensina-me a viver numa sessão de sábado à noite na Globo. O filme já parecia antigo naquele tempo, mas pode ser que sejam lembranças confusas que troco entre tantos filmes vistos em tempos tão diferentes.<br />O caso é que gostei bastante: a mãe de Harold nadando na piscina em que o corpo do filho flutuava ‘morto’; Harold ‘rasgando’ a capota do Jaguar para transformá-lo num cupê funerário; o rapaz ‘atacando’ Maude, a pacifista estrategicamente protestando num lugar em que nenhum sentido havia de se promover qualquer ato de protesto. Difícil não gostar dessa história!<br />Naquela primeira vez, não me lembro de ter percebido a força das canções de Cat Stevens/Yusuf Islam, mas, evidentemente, era complicado reter por algum tempo que fosse tantas informações, em vista de que as ferramentas da internet não estavam à disposição ainda. E como são bonitas as músicas! Trouble, editada em forma de videoclipe no YouTube, é uma apresentação de muita categoria para essa pequena obra-prima cinematográfica.<br />Então, das vezes últimas em que revi Harold and Maude, uma delas apresentando-o a meu filho - que ficou maravilhado - o que se reforçou em minha visão, como qualidades fílmicas, foram as cenas de interiores, principalmente as da mansão do rapaz, onde tudo ‘perpassa uma visão fria e distante das coisas vivas’, dando a entender que pudesse ser aquela atmosfera lúgubre que influenciasse as pessoas que lá viviam. Os tons mais escuros parecem ter sido muito usados no cinema daquele período (do fim dos anos 60 até o fim dos anos 70) ou pode ser que essas impressões estejam mais uma vez confusas nas minhas sensações, fazendo-me associar um período sem verificar perfeitamente a quais obras estou-me referindo. Mas me lembro dessa luz interior mais fraca em Investigação sobre um cidadão acima de qualquer suspeita, em Roma de Fellini, em O poderoso chefão I e II, em Sérpico, em The parallax view, em O discreto charme da burguesia, em O franco atirador, segurando-me nesses títulos apenas para justificar o que digo.<br /><br />Doodoohttps://www.blogger.com/profile/14768961998505280360noreply@blogger.com