domingo, 31 de outubro de 2010

Fim de semana Fiódor Dostoiévski

AS QUATRO NOITES DE UM SONHADOR (Quatre nuits d'un rêveur), 1971
Legendado, Robert Bresson


Classificação: Bom


Formato: AVI (VHS-Rip)
Áudio: francês
Legendas: português
Duração: 80 min.
Tamanho: 534 MB
Servidor: Rapidshare (3 partes)

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SINOPSE
Baseado livremente no conto Noites brancas, Bresson conta a história de um jovem pintor, Jacques, encontra uma garota chamada Marthe quando ela parece querer se suicidar. Eles passam a conversar, e se tornam amigos. Enquanto Marthe espera a volta de seu amante, as histórias dos dois são contadas, revelando em Jacques como um sonhador, e criando um novo tipo de relacionamento entre eles. 

The internet movie database: IMDB




domingo, 24 de outubro de 2010

APOCALYPSE NOW - 1979

Apocalypse now, 1979
Legendado, Francis Ford Coppola
Classificação: Perfeito - 10.0

"Eu assisti uma lesma rastejar pela lâmina de uma navalha e sobreviver. Esse é meu sonho. Rastejar pela lâmina de uma navalha e sobreviver".

Formato: mp4
Áudio: inglês
Legendas: Pt-Br
Duração: 153 min.
Tamanho: 1,35 GB
Servidor: Mega (Parte única)

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SINOPSE
Francis Ford Coppola apresenta a versão reeditada de seu filme, lançado originalmente em 1979 e considerado por muitos sua obra-prima. O filme foi reeditado a partir do material bruto, recebendo 53 minutos de cenas que haviam ficado de fora. Segundo o diretor, era necessário retrabalhar o filme sem a pressão dos inúmeros problemas que envolviam o projeto na época de sua produção. Ele afirma que o filme ficou mais claro e vigoroso. Durante a guerra do Vietnã, o Capitão Willard (Martin Sheen), enlouquecido, desaparece na selva do Camboja a procura do Coronel Kurtz (Marlon Brando). Durante sua busca, o agente se depara com situações estarrecedoras e testemunha absurdos mostrados com dramaticidade, em uma odisséia muitas vezes surrealista, que mostra a devastação e o horror da guerra. Adaptação do livro Heart of Darkness , de Joseph Conrad.


The Internet Movie Database: IMDB -  NOTA IMDB: 8.5


ANÁLISE

Uma declaração de amor a um dos maiores filmes anti-guerra já feitos na história.
No coração de todo homem há um conflito entre o racional e o irracional, entre o bem e o mal e nem sempre é o bem que sai vencedor.

Em 1979, já um diretor consagrado, Francis Ford Coppola assumiu uma tarefa que quase tirou-lhe a sanidade. As filmagens de Apocalypse Now foram um pesadelo, com enfarte do protagonista, furacões e outros incontáveis problemas. Mas valeu a pena, ao menos para os milhões de cinéfilos em todo o mundo. Apocalypse Now revelou-se, sim, um pesadelo, porém um pesadelo magnífico, um dos mais arrebatadores e poderosos filmes do Cinema. Mais de vinte anos depois, Coppola decidiu entrar na onda do momento e lançar sua versão definitiva para a obra, acrescentando quase 50 minutos de cenas que ficaram de fora da versão original. Eis Apocalypse Now Redux.

Francis Ford Coppola

O exército ensina nossos jovens a matar e soltar bombas, mas os comandantes não permitem escrever “foda-se” nos aviões porque é obsceno.

Baseado na obra Heart of Darkness, de Joseph Conrad, Apocalypse Now conta a história do capitão Willard, um combatente no Vietnã que recebe uma missão especial e confidencial: encontrar e matar um homem no meio da selva vietnamita. O problema é que o homem é o coronel Walter Kurtz, um dos mais condecorados e respeitados oficiais do exército americano, que parece ter enlouquecido e formado uma própria seita onde é tratado como Deus por seus seguidores. Willard e sua equipe partem em um barco ao encontro de Kurtz e de si mesmos, enquanto presenciam os horrores e a estupidez da guerra.

Você não tem o direito de me julgar. Tem o direito de me matar, mas não de me julgar.

Apocalypse Now é normalmente tratado como um dos melhores filmes já realizados e o maior protesto anti-guerra já posto em celulóide. Isso não é mentira, mas restringi-lo a apenas essa definição chega a ser um sacrilégio. Apocalypse Now é uma jornada psicologicamente devastadora e surreal. É um complexo estudo sobre a dualidade e o conflito existente em cada ser humano. Uma análise pungente e hipnotizante sobre o frágil cordão que divide o nosso lado racional e irracional.  É muito mais do que um filme sobre a estupidez da guerra, assumindo a posição de uma profunda reflexão sobre o ser humano e seus limites.
 

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Terra e liberdade

LAND AND FREEDOM, 1995
Legendado, Ken Loach


Formato: AVI
Áudio: inglês
Legendas: português
Duração: 109 min.
Tamanho: 429 mb
Servidor: Rapidshare (3 partes)

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SINOPSE
Em meados dos anos 30, David Carr deixa a cidade de Liverpool para lutar por seus ideais na Guerra Civil Espanhola. A Guerra, marcada pela polarização ideológica, uma das características que marcaram o período entreguerras, foi um dos acontecimentos mais marcantes da história do século XX. David é um comunista desempregado que chega à Espanha em 1937 durante a guerra civil para se unir aos republicanos e defender a democracia contra os fascistas, ficando amigo de soldados. 
A estréia de Terra e Liberdade nas telas de cinema espanholas provocou uma intensa e apaixonada polêmica em torno do tema da Guerra Civil, demonstrando que, apesar dos quase sessenta anos transcorridos, o espectro do movimento ainda se faz presente no país. Com este filme, Loach resgatou a história daqueles milhares de homens e mulheres, espanhóis e estrangeiros, que lutaram e morreram, não apenas no combate contra o fascismo, mas também visando a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Sem dúvida, o diretor foi muito além de uma homenagem histórica, oferecendo-nos uma mensagem de esperança, muito significativa nos tempos confusos que hoje vivemos. O público, surpreso, assiste e descobre uma das páginas mais intensas da história da Espanha e que não consta em grande parte da historiografia espanhola. 
Para a realização do filme, Loach inspirou-se na obra de George Orwell e nas recordações de um de seus amigos e companheiros de armas, Stafford Cottman. Os dois foram enviados à Espanha pelo Partido Trabalhista Independente da Inglaterra e combateram nas milícias do  Partido Obrero de Unificación Marxista,  POUM, na frente de Aragão. Ambos conseguiram escapar da perseguição stalinista, depois dos combates em Barcelona, em maio de 1937, quando a Revolução Espanhola já havia sido liquidada.
Algumas vozes críticas tacharam o filme de panfletário e maniqueísta, o que, de forma alguma, corresponde à realidade. Ainda que claramente comprometido com uma determinada visão da Revolução, Loach não cede à tentação de fazer uma película de "mocinhos e bandidos", ao estilo dos épicos holywoodianos. Nas representações dos personagens, apreendemos suas contradições e diferenças ideológicas que, muitas vezes, ao invés de dividi-los, os unem. Os personagens não são apresentados como heróis idealizados ou inimigos cruéis, mas como indivíduos de carne e osso, com medos, contradições e indefinições. Isso é mostrado com o desenrolar dos acontecimentos, através dos sentimentos dos personagens: suas dores, tristezas, alegrias e a amizade que nasce no interior de um grupo de origens geográficas e políticas tão díspares e que se sentem unidos por uma causa comum.


Trecho retirado de oolhodahistoria.ufba


The internet movie database: IMDB















































A Guerra Civil espanhola por Francisco J. Romero Salvadó



A Guerra Civil Espanhola foi principalmente um conflito local, uma tentativa brutal de resolver, por meios militares, um grande número de questões sociais e políticas que dividiram os espanhóis por várias gerações. Temas como reforma agrária, centralismo versus autonomia regional e papel da Igreja Católica e das Forças Armadas em uma sociedade moderna atingiram um ponto crítico com a tentativa de golpe militar, em julho de 1936, que precipitou a Guerra Civil. Esses cruéis três anos de luta fratricida foram uma experiência traumática que afetou diretamente a vida de famílias e colocou irmãos em lados opostos do combate. Os nacionalistas triunfantes garantiram a duração desse clima de ódio e divisão por 40 anos.
A guerra não foi, no entanto, somente um conflito local, mas também transcendeu barreiras nacionais e suscitou paixões e debates repletos de ressentimento pela Europa. Todas as grandes potências intervieram e determinaram, em grande medida, o curso e o resultado do conflito. A União Soviética apoiou a República não por solidariedade ideológica, mas como tentativa de construir uma aliança internacional contra o fascismo. Antes da Anschluss com a Áustria e a crise dos Sudetos na Tchecoslováquia, em 1938, a Espanha era um exemplo óbvio do falso contexto de paz no Ocidente. Todas as evidências de fl agrante envolvimento das potências fascistas na Espanha – inclusive o bombardeio  em massa contra cidades e o indiscriminado ataque a navios mercantes – foram ignoradas. Stálin aprendeu a lição da estratégia ocidental e, em agosto de 1939, assinou o Pacto de Não-Intervenção com a Alemanha nazista, que tornou a guerra no continente quase inevitável.
Foi, contudo, o apelo popular que concedeu à Guerra Civil Espanhola um romantismo especial. Em 1936, a Espanha era um microcosmo que sintetizava a ferocidade, o radicalismo e a polarização de uma era. Nenhum outro confl ito despertou a tal ponto a paixão de cidadãos e artistas. Obras como Guernica de Pablo Picasso, Por quem os sinos dobram de Ernest Hemingway (mais tarde filmado em Hollywood, com Gary Cooper no papel principal), Homenagem à Catalunha de George Orwell e A esperança de André Malraux se tornaram clássicas. Até no lendário filme Casablanca, o aventureiro Rick (interpretado por Humphrey Bogart) confessa que, antes de se estabelecer em Marrocos, lutou pela República na Espanha. (SALVADÓ, pp-7-8)

Trecho retirado do livro A Guerra Civil espanhola. 1 ed. Rio de Janeiro, Zahar.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mundo livre

IT'S A FREE WORLD..., 2007
Legendado, Ken Loach


"A mão-de-obra barata é o coração da economia britânica e o governo precisa subverter sua própria legislação, ou seja, assegurar-se de que o salário mínimo não será pago, pois se fosse, o preço da comida e da roupa aumentaria, a inflação subiria e a economia ficaria desequilibrada...",  Ken Loach

Formato: AVI
Áudio: inglês/polonês
Legendas: português
Duração: 96 min.
Tamanho: 380 mb
Servidor: Rapidshare (2 partes)

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SINOPSE
Angie (KIerston Wareing) é uma jovem que acaba de ficar desempregada. Não é a primeira vez que isso acontece. Mas, mesmo que não tenha educação formal, ela tem energia, perspicácia e ambição. Junto com a amiga Rose (Juliet Ellis), decide ter o próprio negócio e monta uma agência de recrutamento de trabalhadores imigrantes.

Ken Loach fez um grande filme, um dos retratos mais crus, anti-moralistas da realidade social britânica, leia-se, europeia, mas nenhuma distribuidora se dignou a distribui-lo nas salas nacionais. Não há obra mais pertinente que esta: um pedaço vivo da realidade da imigração ilegal, da questão do desemprego, da desintegração das famílias, todo o círculo vicioso que aflige as sociedades modernas está aqui contido e filmado sem juízos ou um pingo de sentimentalismo, sem leituras abusivas, retórica política ou super-heróis salvíficos ou sacrificiais.

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Um pouco sobre Ken Loach


Ken Loach nasceu em 17 de Junho de 1936 em Nuneaton, Warwickshire, no Reino Unido. Desde cedo tornou-se militante trotskista. Foi aos 25 anos, e enquanto estudava direito em Oxford, que teve o primeiro contato com as artes cênicas, atuando no grupo de teatro da universidade.
Após ter terminado a sua formação, começa a trabalhar no Teatro de Northampton Repertory como assistente de encenação; mas o interesse pelo mundo audiovisual leva-o à BBC, onde começa a trabalhar com o produtor Tony Garnett na realização de uma série de documentários: a "Wednesday Play". Um dos episódios é o impactante "Cathy come home", de 1966, que denuncia a situação dos sem-tetos diante da inflexibilidade das políticas inglesas, revelando desde logo a sua tendência social e realista que iria marcar as suas produções audiovisuais. 
Em 1968, no auge de sua carreira televisiva, Ken Loach faz a sua estreia no cinema com "Poor cow" e, em seguida, "Kes", em 1969. Na década de 1980, em plena época do thatcherismo (referência à ex-primeira-ministra inglesa Margaret Thatcher, 1979-1990), Ken Loach enfrenta uma forte oposição. O conteúdo dos seus trabalhos foi boicotado através de uma censura que passava pela má distribuição dos seus filmes, da dificuldade de financiamento e do pouco "interesse" que a televisão tinha em passar filmes com tais conteúdos. 
Ken Loach decide então apostar no documentários, em uma tentativa de passar mensagens de forma mais direta. 
Depois de acumular tantos reveses, a década de 1990 foi uma reviravolta na carreira do cineasta, que passou a ser reconhecido como um dos grandes diretores europeus. O sucesso do thriller político "Agenda Secreta" abriu as portas para outros filmes, tais como "Terra e liberdade", "Meu nome é Joe" e "Pão e rosas."

Fonte: esquerda.net