sábado, 30 de junho de 2012

CRIME E CASTIGO - 1935

Crime and punishment, 1935
Legendado, Josef von Sternberg

Formato: AVI
Áudio: inglês
Legendas: Pt-Br
Duração: 88 minutos
Tamanho: 800 MB
Servidor: Firedrive (Parte única)

SINOPSE
Raskolhnikóv abalado pelo modo como uma velha usurária trata as pessoas e atiçado para pôr em prática a teoria do homens ordinários e extraordinários, executa a façanha de um crime contra a velha. A partir dessa, surge a ideia da culpa, a densidade do  castigo da própria consciência.
Honrada adaptação de Crime e Castigo, porém concentrada mais no jogo de gato e rato  psicológico entre o Inspetor Porfírio e o estudante Raskolhnikóv, suprimindo personagens importantes e tratando outros sumariamente.


The internet movie database: IMDB - NOTA IMDB: 7.0 

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sábado, 16 de junho de 2012

MEU TIO - 1958

Mon oncle, 1958
Legendado, Jacques Tati
Classificação: Excelente

Formato: AVI
Áudio: francês
Legendas: Pt-Br
Duração: 117 minutos
Tamanho: 695 MB
Servidor: Mega (Parte única)


Sinopse
Em meio aos avanços da época, solteirão descontraído e vagabundo conquista a amizade do sobrinho mostrando as coisas simples da vida. Mas enfrenta os cuidados da irmã e do cunhado que querem vê-lo casado e trabalhando. Crítica à modernização e celebração das coisas simples que ainda podem existir nas grandes cidades. Meu Tio venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e o prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Cannes.

Fonte: Interfilmes
The internet movie database: IMDB - NOTA IMDB: 7.9


ANÁLISE

Todas as vezes que a campainha da casa da família Arpel é apertada, o chafariz em formato de peixe, disposto no meio de um geométrico jardim, é acionado. A fonte é desligada de acordo com a importância da visita. Assim é moldada a vida do casal Arpel e seu filho único, o pequeno Gérard, personagens do filme Meu Tio(Mon Oncle), de Jacques Tati (1908 - 1982).
Tati estabelece em Meu Tio uma crítica ao culto à modernidade tecnológica já vigente na década de 50. O título faz referência ao único membro da família que não se encaixa nessa mentalidade corrente na família Arpel: o simpático tio Hulot, interpretado pelo próprio Tati. Hulot, solteirão e desempregado, passa a ser admirado por seu sobrinho Gérard justamente por estar fora dos padrões impostos pela sociedade. E isso provoca, no decorrer da trama, uma crise de ciúmes em Charles, pai de Gérard.
Tio Hulot faz o contraponto da casa moderna da família Arpel: ele vive numa confusa periferia em que a ordem é estabelecida pelos próprios moradores. Sempre que Hulot vai visitar a irmã, atravessa as ruínas de um muro que representa a ruptura da cidade tradicional com a cidade moderna. De um lado, uma família em que a formalidade era levada aos extremos e, consequentemente, a monotonia surgia. Do outro lado a alegria de viver, mesmo com dificuldades. A ordem contra a desordem, modernidade contra o tradicional. Ao mesmo tempo, Tati coloca em questão os novos conceitos estéticos emergentes na Europa da década de 50.
O filme vai além de mostrar o moderno e o não-moderno: satiriza a interferência provocada pelas inovações tecnológicas dentro de uma casa - levadas a um caso extremo - no cotidiano das pessoas. Na casa da família Arpel, a cozinha tem o que havia de mais moderno na época, o portão principal abre sozinho e o design dos móveis é arrojado - e desconfortável. "Tudo se comunica", retruca a sra. Arpel quando repreendida por uma visita que atenta ao fato da casa ser extremamente vazia.
É, na realidade, a própria casa que dita as regras da família. As lajotas indicam onde se deve pisar, a mesa com guarda-sol mostra onde se deve almoçar, e onde se deve tomar o café após o almoço. A casa vigia e parece ter olhos, arquitetonicamente desenhados por duas janelas redondas no quarto do casal Arpel.
O barulho do abre e fecha dos aparelhos "modernos" é tamanho que faz a casa parecer uma verdadeira fábrica, o que é explícito no clímax do filme, numa cena em que o próprio casal não consegue estabelecer uma conversa por causa dos ruídos dos equipamentos. A relação em família se torna fria - e vazia - como a própria casa onde moram.
A modernidade é admirada pela família Arpel também fora da casa. Charles, o sr. Arpel, é dono de uma fábrica de plásticos. Nela, fica também evidenciada outra crítica pronunciada por Jacques Tati: a da nova sociedade industrial. O trabalho maçante e repetitivo dos funcionários, que dão ênfase às atividades sob os olhos do patrão.
Meu Tio é um dos cinco longametragens dirigidos por Tati entre 1949 e 1974. Além dele, As Férias de Monsieur Hulot (Les Vacances de Monsieur Hulot) também tem o mesmo sr. Hulot como personagem.
Na época do seu lançamento, Meu Tio teve pouco público na França: oito milhões de espectadores, contra os 14 milhões de As Férias do sr. Hulot (1952) e 10 milhões de Carrossel da Esperança (1947). Depois que foi distribuído fora do país, além de cultuado pela crítica, se transformou no filme mais conhecido de Jacques Tati. O filme venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e o prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Cannes, em 1958.
Com a modernidade sob questionamento e figuras estereotipadas, como o sr. Hulot, vigentes até hoje, Meu Tio é um dos poucos filmes que conseguem se manter atuais mesmo ao completar 45 anos. E assim continuará por muito tempo.

Fonte: comciencia

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quarta-feira, 13 de junho de 2012

MALCOLM X - 1992

Malcolm X - 1992
Legendado, Spike Lee
Classificação: Excelente

Formato: AVI
Áudio: inglês
Legendas: Pt-Br
Duração: 202 minutos
Tamanho: 1,36 GB
Servidor: 1Fichier (Parte única)


SINOPSE
Biografia do famoso líder afro-americano (Denzel Washington) que teve o pai, um pastor, assassinado pela Ku Klux Klan e sua mãe internada por insanidade. Ele foi um malandro de rua e enquanto esteve preso descobriu o islamismo. Malcolm faz sua conversão religiosa como um discípulo messiânico de Elijah Mohammed (Al Freeman Jr.). Ele se torna um fervoroso orador do movimento e se casa com Betty Shabazz (Angela Bassett). Malcolm X ora uma doutrina de ódio contra o homem branco até que, anos mais tarde, quando fez uma peregrinação à Meca abranda suas convicções. Foi nesta época que se converteu ao original islamismo e se tornou um "Sunni Muslim", mudando o nome para El-Hajj Malik Al-Shabazz, mas o esforço de quebrar o rígido dogma da Nação Islã teve trágicos resultados.

Fonte: Interfilmes
The internet movie database: IMDB - NOTA IMDB: 7.7



1965: Malcolm X é assassinado no Harlem

Malcolm Little nasceu em 19 de maio de 1925 no Nebraska, Estados Unidos. Ele ainda era criança quando o pai, pastor batista, foi assassinado por brancos, provavelmente membros da Ku Klux Klan. Órfão (a mãe estava internada num hospital psiquiátrico), Malcolm e seus irmãos foram entregues a orfanatos.


Malcolm Little ou Malcolm X (Al Hajj Malik Al-Habazz)

Malcolm e uma irmã foram morar em Boston, onde sobreviveram com trabalhos temporários. Depois, ele mudou-se para o Harlem, bairro de maioria negra em Nova York. Escapou do serviço militar por fingir-se paranóico. Sua carreira no país dos brancos parecia programada: empregos temporários, pequenos delitos, prisão.
Em 1946, foi para a cadeia por roubo e receptação. Justamente no isolamento da penitenciária, ocorreu a conversão que transformaria o profundo conhecedor dos becos de Nova York num dos mais carismáticos líderes negros dos Estados Unidos. Atrás das grades, ele entrou em contato com os ensinamentos de Elijah Muhammed, líder da "Nação do Islã".
Malcolm estudou o Alcorão e outros escritos filosóficos e ao deixar a prisão em 1952 passou a dedicar-se à organização do Movimento dos Muçulmanos Negros. Trocou seu sobrenome de escravo "Little" por "X", dizendo que "o X significa a rejeição do nome de escravo e ausência de um nome africano para ocupar o seu lugar".
Elijah Muhammed considerava-se eleito por Deus para livrar os negros americanos da opressão dos brancos. Malcolm X, seu principal missionário, transformou a mesquita do Harlem em centro do movimento.
Movimento muçulmano
A luta dos negros americanos por igualdade de direitos intensificava-se desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Nos anos 1960, o movimento sofreu uma divisão: enquanto Martin Luther King apostava na chamada "resistência pacífica", os muçulmanos liderados por Elijah Mohammed e Malcolm X defendiam a separação das raças, a independência econômica e um Estado autônomo para os negros.
A principal reivindicação de Malcom X era a melhoria da qualidade de vida para os negros na América. Pelo menos num ponto seu programa diferia do de outros grupos: Malcolm X argumentava que eles tendiam a esperar mais mil anos para alcançarem seus objetivos. "Enquanto nós, muçulmanos, não estamos dispostos a esperar nem mais cem anos. Queremos a separação total entre escravos e senhores de escravos."
Segundo Erik Lincoln, professor de Filosofia Social da Universidade de Atlanta e autor do livro The Black Muslims in America, o movimento muçulmano negro foi, essencialmente, um movimento de protesto social que se comportava mais ou menos como uma seita. Seus adeptos eram principalmente negros da classe mais baixa, que tentavam encontrar seu caminho e seu lugar na sociedade norte-americana. "Talvez, eles, de fato, pretendessem construir sua própria sociedade - uma nação negra de islâmicos", diz.
O projeto muçulmano não se tornou realidade, mas foi elogiado até por um de seus mais severos críticos, o sociólogo James Baldwin. Segundo ele, "Mohammed conseguiu realizar o que diversas gerações de assistentes sociais, comitês, resoluções, projetos habitacionais e parques infantis não haviam logrado: curar e recuperar alcoólatras e vagabundos, redimir egressos de penitenciárias e impedi-los de voltar".
Assassinato
Com o passar do tempo, Malcolm foi ficando cada vez mais famoso. Começou a se distanciar do clichê de que todos os brancos são "endemoniados" e não queria continuar mantendo a fachada de movimento puramente religioso e apolítico.
Em março de 1964, Malcolm X rompeu com o movimento e organizou a Muslim Mosque Inc., e mais tarde a "Afro-American Unity", organização não religiosa. Numa viagem a Meca, a cidade sagrada dos muçulmanos, em 1963, mudou o nome para Al Hajj Malik Al-Shabazz. Seu rompimento com a "Nação do Islã" e sua entrementes posição conciliatória em relação aos brancos lhe trouxeram um certo isolamento.
No dia 21 de fevereiro de 1965, aos 39 anos, ele foi morto com 13 tiros quando discursava no Harlem. Jamais foram encontradas provas, mas suspeitou-se do envolvimento da "Nação do Islã" no assassinato.
Suas ideias foram muito divulgadas na década de 1970 por movimentos como o Black Power e as Panteras Negras. Sua vida e obra também estão documentadas em vários filmes, sendo o mais famoso deles Malcolm X, dirigido por Spike Lee, de 1992.
Análise retirada do site DW