Videodrome, 1983
David Cronenberg
Formato: AVI
Aúdio: Inglês
Legenda: Português
Duração: 87 minutos
Tamanho: 1,35 Gb
Servidor: Mega (Parte única)
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Parte única
Parte única
SINOPSE
Max Renn (James Woods), o dono de uma pequena emissora de televisão a
cabo, capta imagens de uma "snuff", que seriam cenas de pessoas que eram
realmente torturadas e mortas. Inicialmente os sinais pareciam vir da
Malásia, mas depois descobre-se que eram gerados em Pittsburgh.
Gradativamente Max fica sabendo que esta transmissão se chama
Videodrome, que na verdade é muito mais que um mórbido show de televisão
e sim um experimento que usa as transmissões regulares de televisão
para alterar permanentemente as percepções de quem as vê, causando danos
no cérebro. Max começa a sofrer efeitos bizarros e alucinógenos destas
transmissões, se vendo no meio das forças que criaram e querem controlar
o Videodrome. Mas Max descobre que seu corpo pode ser a última arma que
poderá usar contra seus inimigos.
Fonte: AdoroCinema
ANÁLISE
por Ruy Gardnier
Videodrome é o filme mais rebuscado, mais cáustico e excessivo de
Cronenberg. O enredo rocambulesco e todas as implicações que o filme traz fazem
de Videodrome a obra-prima de juventude de seu autor. James Woods é o diretor
de um canal de filmes pornôs, a Civic TV, e dá de encontro com um tipo de filme
em que o que se vê na tela (estupros, torturas, agressões) não é encenação, tudo
realmente acontece (o que hoje é caracterizado como snuff movie, mas na época
não tinha nome). Como que hipnotizado por essas imagens, Max Renn vai ao
encontro de Nikki Brand, uma famosa apresentadora de rádio para saber mais
sobre elas. Os dois acabam desenvolvendo uma relação de amor e de fascinação
por esses vídeos, que vão acabar levando a personagem Nikki a desaparecer. Renn
vai então à procura do Dr. Brian O'Blivion (oblivion significa esquecimento),
um profeta da televisão que prega que a emissão de raios catódicos leva o homem
a um estágio maior de evolução.
Temos um
simples quadro dos elementos que se tornariam tão caros a Cronenberg: uma
evolução que acaba se tornando em regressão (A Mosca, Rabid, Scanners), uma
obsessão logo transformada em vício (Naked Lunch, Crash, M.Butterfly) a as
mutações do corpo causadas pelos videodromos, que na verdade revelam ser apenas
janelas mentais para emissões imperceptíveis que causam um tumor no cérebro
cujo primeiro sintoma é causar alucinações em quem é atingido. Por trás da
filosofia moralista que envolve a disseminação do videodromo — que é realmente
a única coisa falha no filme —, podemos ver, entretanto, um lado negro da
América que surgia: pastores televisivos, nova moralidade das ligas de pais
contra a pornografia e os termos de baixo calão, etc.
Mas o que faz a grandeza de Cronenberg é que,
pela única vez em sua obra, nos é dada a visão daquele que sofre com o vício. O
filme é todo construído a partir do ponto de vista da alucinação, não do que
acontece realmente. Daí vermos esguichos de gosma saindo da barriga de James
Woods, um vídeo-cassete que é ora inserido ora retirado de uma vulva que nasce
em sua barriga, uma fita de vídeo que se transforma em revólver, uma televisão
que engole o espectador (como na foto acima). Não sabemos o que realmente
acontece e o que é imaginação: tudo para o espectador é dado como se tudo que
está na tela realmente estivesse acontecendo (e realmente está, do ponto de
vista do personagem).
Videodrome é
também uma das primeiras tentativas de dar conta dos efeitos da televisão e da
nova cultura do vídeo. O Dr. O'Blivion, por exemplo, é uma pura existência
midiática, uma vez que ele só tem vida nas fitas de vídeo que restaram de sua
obra. A imagem na telinha é um jogo entre dois grupos extremistas, um que
deseja remoralizar o mundo matando todos os depravados e outro que quer
transformar a carne do homem em uma nova carne. O lema desse grupo é "Long
live the new flesh/Viva a nova carne", e as campanhas de educação à nova
carne e aos raios catódicos é realizada em um centro cívico de recuperação de
mendigos e de emissões de raios catódicos. Nesse clima brutal de alienação pelo
vídeo, a resposta de Cronenberg é a mais brutal já feita em seu cinema.
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Olá! Há um problema com a parte 6.
ResponderExcluirGilberto, de fato os links 6 e 7 estão repetidos. Aguarde que logo resolveremos esse pequeno deslize. Obrigado por relatar.
ExcluirAbraço.
Gilberto, problema corrigido. Peço desculpas pelo o inconveniente e agradeço por avisar.
ExcluirAbraço.