Jodaeiye Nader az Simin, 2011
Asghar Farhadi
Formato: AVI
Aúdio: Iraniano
Legendas: Português
Duração: 117 minutos
Tamanho: 852 Mb
Servidor: Zippyshare
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SINOPSE
Quando a sua esposa sai de casa, Nader contrata uma jovem mulher para
tomar conta do seu pai doente. O que ele não sabe é que a nova empregada
não só está grávida, como trabalha também sem a permissão do marido.
Pouco tempo depois, Nader vê-se envolvido numa teia de mentiras,
manipulação e confrontos públicos.
Fonte: Cinema Sapo
IMDB
ANÁLISE
Os familiares perfis de Farhadi.
Os familiares perfis de Farhadi.
por Davi Campos
A Separação (Jodaeiye Nader az Simin,
2011) é um filme sobre os problemas de uma família que têm como base o
processo de divórcio do casal Nader e Simin e que ganham intensidade
através de uma reação em cadeia, isto é, de fatos que reverberam e
proporcionam outros acontecimentos. O panorama traçado por Asghar
Farhadi – diretor de Procurando Elly (Darbareye Elly,
2009) – consubstancia os conflitos familiares com os preceitos morais e
religiosos de seu país, o Irã, em um espectro narrativo, repleto de
idas e voltas, atravessado por um vigor dramático que acaba sendo a
principal entre suas características mais destacadas.
A primeira cena nos mostra Nader e Simin diante de um
juiz – cuja fisionomia desconhecemos. Somos colocados dentro da visão
do homem que pondera os motivos que a mulher tem para querer separar-se
do marido. Ela diz que viver no exterior será melhor para sua filha –
Termeh (Sarina Farhadi) –, mas o esposo não quer deixar o Irã por causa
de seu pai, um senhor que sofre de Alzheimer. Termeh, por sua vez,
insiste em ficar ao lado do pai na esperança de que ele e a mãe se
reconciliem. Nader, que aparenta ser um homem centrado, aceita as
decisões de sua esposa e não tenta impedi-la de ir embora; todavia, com
isso passa a assumir todas as obrigações da casa – entre elas, cuidar de
um pai senil e de uma filha pré-adolescente.
Sermos, nessa cena inicial, colocados diante dos
protagonistas para assim assumirmos junto à câmera de Farhadi o papel de
testemunhas do caso da família de Termeh é o primeiro passo em direção a
um universo inteiramente permeado de conflitos. Durante os créditos
iniciais, antes mesmo de assistirmos à discussão entre Nader e Simin,
surgem na tela documentos de identidade sendo reconhecidos pelo laser de
uma máquina fotocopiadora. Então, os diálogos travados entre o juiz e o
casal, como fossem uma extensão daquelas imagens, servem para nos
ajudar a identificarmos, ainda que não por completo (obviamente), quem
são os protagonistas; é como se – tal qual o laser – passássemos
rapidamente a vista sobre aqueles dois perfis que se colocam na nossa
frente apenas para apreendermos um esboço do que veríamos adiante.
Com Simin fora de casa, Nader, não podendo deixar seu
emprego, contrata uma mulher – Razieh (Sareh Bayat) – para cuidar de
seu pai. Em uma atitude à primeira vista irresponsável, ela deixa o
velho sozinho amarrado à cama e com isso indigna Nader, que, em um
acesso de raiva, coloca-a para fora com truculência. Razieh, que estava
grávida, acaba sofrendo um aborto e entrando com uma acusação de
homicídio contra o ex-empregador. Eis uma consequência da separação, uma
razão para imediatamente colocarmos parte da responsabilidade em Simin,
pois tudo isso começou por causa de seu pedido de divórcio.
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