Beasts of the Southern Wild, 2012
Benh Zeitlin
Formato: AVI
Aúdio: Inglês
Legendas: Português
Duração: 125 minutos
Tamanho: 700 Mb
Servidor: Zippyshare
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SINOPSE
Hushpuppy tem seis anos e vive no delta de um rio
na Louisiana, em uma comunidade isolada, com
seu pai Wink. Sua mãe desapareceu há algum
tempo. Quando uma tempestade levanta as águas
ao redor de seu vilarejo, Wink subitamente adoece.
Logo a natureza se altera e criaturas pré-históricas
despertam de suas sepulturas congeladas, os aurochs. Ela vê seu harmônico universo em colapso.
Enquanto luta para sobreviver à catástrofe, a pequena heroína decide ir à procura de sua mãe.
Fonte: Cineplayers
ANÁLISE
É um desafio escrever sobre BEASTS OF THE SOUTHERN WILD sem ser
subjetivo… Diria ate mesmo intimidante. É um filme tão ambicioso, tão
simples, tão descontroladamente imaginativo que o vicio de ser passional
é quase que obrigatório. Então, desculpe-me pela sinceridade: Esse é o
Melhor Filme do ano. Esse é o Melhor Filme exibido na história do
Festival de Sundance! Parece loucura. Parece exagero, mas é verdade.
Mistura de ALAMAR, BALLAST e TULPAN, é simplesmente uma historia
emocionalmente devastadora e esperançosa, bela e feia, zangada e triste.
É um filme independente em sua forma mais pura. Um cinema que lhe
embriaga, que lhe consome, que pode até mudar sua vida.
Aqui não há atores, não há lugar. Apenas vida. Um local que antes do
Katrina foi uma terra rica, ocupada por uma comunidade agitada, mas que
depois das chuvas, se tornou uma pequena faixa de terra desolada com
algumas pessoas vivendo a esmo, seres-ilhas que respeitam suas regras e
tradições e completamente à parte da sociedade.
Os resultados desta terra mística, mágica, cheia de feras
pré-históricas e folclore para curar qualquer doença, é como se fosse
outro universo. Uma terra alienígena. Um limbo entre o céu e o inferno. E
esse é o cenário para uma menina de seis anos (Quvenzhané Wallis) e seu
pai (Henry Dwight) navegarem – literalmente – pelo bom, pelo mau e pelo
feio que rodeia cada centímetro quadrado dessa existência. Como o pai
está doente e doente, bruto e bêbado se recusa a buscar tratamento, ela
empreende uma viagem para salvá-lo – Sua vida e seu futuro. E assim
bela, espirituosa, de olhos arregalados, ela praticamente carrega o
filme.
Que, aliás, se passa praticamente inteiro na água. No ermo, filmou-se
a via-crucis dessa comunidade local e todas as dificuldades inerentes. O
talento do roteirista e diretor, Benh Zeitlin, foi filmar justamente
essa autenticidade em condições igualmente autenticas. Se os personagens
estavam na água, toda a equipe filmou na água. Se eles estavam com lama
até os joelhos, toda a equipe filmou com lama até os joelhos.
É dessa paixão, desse amor pela história e o desejo de contá-la que
nasce BEASTS OF THE SOUTHERN WILD: Cinema de poesia e êxtase. Cheiro e
gosto. Água e terra. É simplesmente o que A ÁRVORE DA VIDA deveria ter
sido e não foi. A vida que TIO BOONMEE viveu e esqueceu: Exuberante,
gramíneo, lamacento, lodoso, frondoso, fedido, primordial, escorregadio,
aguado; Uma história de fragmentos ligados entre si como clipes de
papel. Uma história que, confesso, odiaria ter, mas amei ver.
Guardando-se as devidas proporçôes de diferença, esse filme me lembrou um pouco Frankenfish (2004), já que também tem como tema monstros que aparecem pra habitantes dos pântanos da Louisiana (só que lá são peixes mutantes monstruosos).
ResponderExcluirMas esse aqui também parece legal.
Acho que é a grande surpresa do ano... é impresionante como o jovem diretor estreante,
ResponderExcluirBenh Zeitlin, consegue nos apresentar um mundo desolado e sofrido de forma tão magica e tocante. Recomendado...