The Glass Key, 1942
Stuart Heisler
Formato: AVIAúdio: Inglês
Legenda: Português
Duração: 82 minutos
Tamanho: 694 Mb
Servidor: Zippyshare
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Parte 4
SINOPSE
Ed Beaumont (Allan Ladd) é o leal braço direito de Paul Madvig, um
político corrupto que está sendo acusado de assassinato. Caçando o real
assassino, Beaumont passa por um brutal espancamento por gângsteres, a
constante pertubação por parte da polícia, e ainda sofre o assédio da
noiva de seu chefe, a socialite Janet Henry. Beaumont precisa, ao mesmo
tempo, resistir à tentação de aproximar-se da belíssima e sensual mulher
e ainda encontrar o assassino que inocentará Madvig.
Fonte: E-Pipoca
ANÁLISE
(sobre o filme e o livro no qual foi baseado)
Entre a literatura hardboiled e o cinema noir.
(sobre o filme e o livro no qual foi baseado)
Entre a literatura hardboiled e o cinema noir.
por Rodrigo Laurentino
Julgar uma adaptação cinematográfica por ela não corresponder as
expectativas provenientes do envolvimento do leitor com a narrativa
literária, que incluem aí a transposição fiel de uma obra, é um erro
crasso que muitas pessoas comentem ao não perceber, ou entender, as
divergências existente entre o cinema e a literatura. Pois, enquanto o
cinema é uma arte visual que dispõe dos gestos e da fala para firmar um
universo que dialogue com o seu público no finito tempo da sua exibição,
a literatura se apoia nas palavras para descrever um mundo que toma
diferentes formas na cabeça dos leitores na duração que os mesmos dão
para atividade de leitura.
Assim, para que a narrativa cinematográfica seja concisa e fluente no
seu tempo limite de duração, torna-se necessário fazer algumas
alterações que podem omitir desde um ou vários personagens a capítulos e
tramas inteiras da obra original, o que pode adulterar a fidelidade,
mas não a sua essência. Já que, por mais que o autor da adaptação
imponha o seu olhar sobre a obra do outro, é necessário que a essência, a
áurea, do original se faça presente, pois, caso contrário, estaremos em
contato com uma nova obra, uma nova ideia. Algo que, apesar das
distinções, a versão cinematográfica de A Chave de Vidro não é.
Lançado em 1931, o livro está inserido dentro do subgênero do romance policial conhecido como Hardboiled, onde o seu autor – Dashiell Hammett, de outras célebres obras como O Falcão Maltês e O Homem Magro –
foi um dos fundadores e uma das principais influências estilísticas,
que tinha como características fundamentais o retrato sujo dos Estados
Unidos do tempo da Lei-Seca (1920-1933) e da Grande Depressão (1929),
onde mafiosos e políticos frequentavam decadentes bares de bebida
ilegal, e um protagonista analítico e dedutivo que investiga casos por
conta própria e utiliza-se da violência e métodos ilegais para conseguir
o quer. Já o filme, produzido onze anos depois, em 1942, se enquadra no
subgênero cinematográfico policial denominado Noir que, entre várias
combinações de estilos e gêneros, tem o Hard-boiled como principal
influência narrativa.
Na trama, acompanhamos Ned Beaumont, jogador e capanga de políticos –
segundo ele próprio -, e o seu relacionamento de amigo e conselheiro de
Paul Madvig, chefe de um dos dois grupos de mafiosos que controlam uma
cidade não identificada, mas localizada nos arredores de Nova York, que
almeja o poder político e se relacionar com senador Ralph Henry,
candidato a reeleição de um pleito que se aproxima. Mas o seu interesse é
mais do que político, pois também anseia pela filha do senador, algo
que ele “deseja mais do que qualquer outra coisa na vida”. Entretanto,
todos os seus planos são arruinados quando o irmão da sua pretendente é
encontrado morto, aparentemente assassinado, e Madvig é o principal
acusado, até por sua filha, que mantinha um relacionamento com o filho
do senador.
E é a partir do misterioso assassinato que adentramos no cenário
corrupto e violento dos Estados Unidos de 1930, onde o crime organizado
dita a lei e a ordem. A investigação do caso fica por conta de Ned
Beaumont, um autêntico personagem Hard-boiled, de passado incerto e
morando há um ano e pouco na cidade, que age de forma indisciplinada e
áspera, seguindo uma ética própria que prioriza os seus interesses acima
dos outros e age de acordo com as suas deduções que, no decorrer da
averiguação, o colocará entre as duas máfias rivais e o poder público
local.
Dashiell Hammett – que trabalhou na agência de
detetives Pinkerton e que, provavelmente, tal fato o inspirou a escrever
as suas obras – coloca o leitor no cerne da investigação de
Beaumont, sempre descobrimos os fatos a partir das suas observações e
análises, com descrições minuciosamente detalhadas de gestos, ações e
posturas dos personagens, além dos vestuários usados, dos objetos e
lugares frequentados por eles. O filme guarda a essência do livro, a
trama principal e os seus principais personagens, mas perde todo
detalhismo presente na obra original, onde o suspense e a intensidade
dos acontecimentos residiam, prejudicando inclusive um dos trechos
emblemáticos do livro, em que Ned Beaumont (Ed Beaumont, no filme) é
espancado e torturado pela quadrilha do mafioso inimigo de Paul Madvig.
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Hello, good people....
ResponderExcluirAmo desesperadamente Veronica Lake....
Sabiam que a esposa de Roger (Uma Cilada Para Roger Rabbit (1988)) , Jessica, foi inspirada em Veronica Lake?
Por favor....pense numa sucessão de postagens homenageando esta deusa, que teve um fim trágico....
Peter Hammill - SP