The Master, 2012
Paul Thomas Anderson
Formato: AVI
Aúdio: Inglês
Legenda: Português
Duração: 137 minutos
Tamanho: 908 Mb
Servidor: Zippyshare
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SINOPSE
Homem carismático e inteligente cria uma organização baseada na fé que se torna popular no início dos anos 1950. Ele contrata o andarilho e alcoólatra Freddie Sutton como o seu braço-direito. Na medida em que a religião ganha adeptos, Sutton começa a questioná-la, bem como o seu fundador.
Homem carismático e inteligente cria uma organização baseada na fé que se torna popular no início dos anos 1950. Ele contrata o andarilho e alcoólatra Freddie Sutton como o seu braço-direito. Na medida em que a religião ganha adeptos, Sutton começa a questioná-la, bem como o seu fundador.
Fonte: Cineplayers 
ANÁLISE
Paixão versus Razão.
Paixão versus Razão.
por Bernardo D. I. Brum 
Cinco anos após Sangue Negro (There Will Be Blood,
 2007), história que explorava a relação do homem com a terra onde pisa 
através da figura bruta e ameaçadora de Daniel Plainview, Paul Thomas 
Anderson volta em O Mestre (The Master, 2012),
 uma história tão característica de nossos tempos quanto aquela que o 
precedeu; parecendo suceder temporalmente a história, PTA troca a figura
 do self-made man pela confusa geração dos anos cinquenta, que cresceu 
em meio à Grande Depressão e lutou na Segunda Grande Guerra, encarnado 
na figura de Freddie Quell, um veterano da marinha americana que após o 
conflito mundial parece não encontrar seu lugar no mundo – uma premissa 
não muito diferente de Os Melhores Anos de Nossas Vidas (The Best Years of Our Lives, 1946), de William Wyler.
Porém, focado menos nas questões sociais, a viagem de
 Quell pelos Estados Unidos que não reconhece mais e que não é 
reconhecido pelo mesmo é muito mais introspectiva do que exteriorizada, o
 que acaba levando-o a encontrar Lancaster Dodd, um carismático líder 
religioso que fundou um culto conhecido apenas como A Causa – que, ao 
prometer através da hipnose regressiva fazer as pessoas se lembrarem de 
suas vidas passadas para se livrarem de seus males e doenças em sua 
atual encarnação, acaba seduzindo o desajeitado protagonista, alcoólatra
 e sujeito a surtos violentos. Freddie acaba se tornando um dos homens 
mais dedicados à causa através de seus longos, exaustivos e 
condicionantes rituais.
Não diferente de seus outros personagens ao longo de 
sua carreira, o protagonista de Joaquin Phoenix é um homem assolado por 
uma angústia interna, onde o choque com o mundo sempre deságua em 
obstinação e excessos por parte de personagens que, ainda que adultos, 
não conseguem lidar com a realidade e da relação nascida entre ela e seu
 ímpeto criativo e destrutivo irrefréavel. Seja Eddie Addams, que se 
metamorfoseia em Dirk Diggler para conquistar o mundo do pornô, seja 
Daniel Plainview, que constrói a imagem de um respeitado industrial e 
pai para construir seu império de petróleo, o desespero de seus 
personagens parte de sua própria obsessão irrefreável e sua frustração 
constante com organizações e estruturas maiores.
O Mestre se desenvolve de forma tensa e esquisita, 
amparado tanto pela trama narrada a conta-gotas, esmiuçando através de 
sua considerável metragem vários campos da personalidade de seu 
protagonista, quanto pela linguagem extremamente pessoal, apesar de 
referencial, de Paul Thomas Anderson, que descortina seus personagens 
não nos momentos de explosão, mas principalmente nos momentos solitários
 e de divagação; os primeiros minutos, senão fundamentais à trama, são 
essenciais em matéria de construção de personagem, e por consequência de
 atmosfera. Na enérgica atuação de Phoenix encontramos a voz comum e 
distinta do universo de seu filme; Freddie, por maior dedicação e paixão
 que tenha à Causa, jamais consegue se adequar, com o figurino e a 
expressão corporal abatida e “torta”, distinguindo-o dos demais 
seguidores da causa; a disfuncionalidade também pode ser percebida pelas
 melodias e harmonias foras de padrão da trilha sonora de Johnny 
Greenwood, do Radiohead, que cria uma nova e distinta sensação de 
anti-épico, perturbado e distorcido, como também se via em Sangue Negro.
O novo antagonista e de certa forma personagem-título
 da obra responde por Lancaster Dodd, interpretado por Philip Seymour 
Hoffman. Homem carismático, ele é a completa antítese do descontrolado 
Freddie, a ira e insatisfação em estado bruto; homem calculado, apesar 
de suas inseguranças e agústias que lhe provocam frequentes irritações, é
 amparado por Peggy Dodd, a  “grande mulher por trás do grande homem”: 
ela que encoraja, aconselha e suporta o líder da Causa. Os dois são unha
 e carne, cérebro e coração da organização; sua rigidez fanática 
constrói, ao longo do filme, um pequeno império de influência quando 
suas ideias encontram eco por burgueses novos-ricos. A reconstrução 
precisa de época revela-se extremamente necessária para que PTA possa 
expressar não apenas todos os rituais burgueses em plena ascensão, mas 
também da crise que tomava o pais no pós-guerra.
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Paul Thomas Anderson é um dos diretores que mais admiro, assistir a seus filmes pra mim é uma obrigação. Embora não tenha gostado tanto do Mestre como obra de PTA, mas vale muito apena pela atuação absurda de Roaquim Phonix...
ResponderExcluirAh, e muito obrigado por manter tantos filmes bons online...