quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O ESPÍRITO DE 1945 - 2013

The spirit of' '45, 2013
Legendado, Ken Loach 

Formato: AVI
Áudio: inglês
Legendas: Pt-Br
Duração: 94 min.
Tamanho: 700 MB
Servidor: Mega (Parte única)

LINK

SINOPSE
Decisivo na trajetória do Reino Unido, o ano de 1945 é repleto de acontecimentos que mudaram a vida dos britânicos. Neste período, era recente o fim da Segunda Guerra Mundial e a união dominava no espírito da população. Narrativas e imagens históricas ilustram a singularidade do espírito britânico de 45.

Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 6.9


ANÁLISE

Nenhum homem pode ultrapassar seu próprio tempo,pois o espírito de seu tempo é também seu próprio espírito”.
G.W.F. Hegel
Capturar o Zeitgeist britânico do pós-guerra. Taí uma ousadia tremenda, como levanta o próprio título. Mas como fazê-lo? Ken Loach entra em campo com um ímpeto de quem sabe administrar o resultado com o manual embaixo dos braços. Loach tem em mãos (ou em arquivo) um material enorme – a história recente da Inglaterra -, e a partir dele, pretende apreender o espírito de uma comunidade, de uma época que ao fim, como veremos, nos serve de exemplo. Este Zeitgeist, portanto, não é um fim em si mesmo, mas um discurso retórico.
Usar imagens como suporte de ideias que não estão necessariamente contidas no material bruto não é nada novo. Desde o EMB – Empire Marketing Board Film Unit –, em 1926, que o documentário se consolidava como a máquina sofisticada de propaganda do império britânico. A questão nunca foi a natureza propagandística, mas seus recursos invisíveis que escondem esta mesma natureza. Nisto, um filme panfletário, quando minimamente sábio, por questão de justeza, quando não brada aos berros sua parcialidade, ao menos, faz questão de evocar seu partidarismo. Pra quem já viu talvez qualquer outro filme de Ken Loach, essa premissa é clara antes mesmo de as luzes se apagarem.
Mas o marxismo de Loach ou o marxismo em si nunca pode ser auto-evidente. É preciso contar, exteriorizar, debater ou recriar a dinâmica da polis que se auto-implode. Regra de Aristóteles: a retórica, quando problematizada em si mesma, torna-se tanto mais eficiente quanto coercitiva; “somos persuadidos sobretudo quando entendemos que algo está demonstrado”. É aqui que O Espírito de ’45 parece um filme socialista feito para socialista, mas daqueles que não olham ao redor por achar que sua práxis seja cabal. Quem não embarca na teoria por inteiro, aquele que sempre suspeita, acaba vendo personagens encaixados em função de um discurso para um fim maior sendo que este “fim maior” dificilmente o é para além do diretor. A coerção se enfraquece.
A certa altura, quando já passamos do bem-estar da moradia com dois banheiros inacreditavelmente bom-para-ser-possível e adentramos o reino da crise, vemos um piqueteiro reclamando: “quem é esse que dá voz de comando para um policial dar chutes na minha canela”, corta para… Margaret Tatcher num plano vazio de significado – ela apenas olha e gestualiza dando tchaus para o público. O significado, claro, está no corte político e abominável que anula a própria perversão que a pura imagem da ex-primeira ministra facilmente poderia suscitar. É o tipo de manipulação da qual nos acostumamos a suspeitar. Se não éramos suspeitosos, acabamos por nos tornar.
Existe uma clara contradição em O Espírito de ’45 que não deixa de ser uma contradição do próprio cinema: como almejar o etéreo através do materialismo da imagem? Como se reconciliar ao passado, ao ponto da sensação fugaz de tocá-lo? Para Loach, esta resposta também já é dada há tempos: na banalidade do cotidiano do acontecido e na fala, na reminiscência do povo, do homem ordinário, que aqui tem o sentido mais louvável possível, do trabalhador comum. Os médicos, ferroviários, sindicalistas – estes assumem o papel que o jornalismo diário atribui aos “ólogos” de plantão, pois aqui não há estatística a ser buscada, mas a busca por um sentimento em comum.
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Screenshots

































































































4 comentários:

  1. Por favor, qual o procedimento para baixar desse servidor? Não estou conseguindo, diz que falta um plugin (um tanto suspeito) e pra executar um downloader (também pouco confiável). Obrigado.

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    Respostas
    1. Jamil,

      na página de download do Bayfiles você deve clicar em Premium download, e NÃO em DOWNLOAD. Assim o download começará normalmente, aparecendo apenas um Pop-up Não clique em "instalar plugin".
      Se você quiser evitar tal constrangimento, instale a extensão AdBlock Plus. Feita a instalção, na página de download do Bayfiles aparecerá apenas o nome Premium download e nenhum Pop-up aparecerá.
      Qualquer dúvida basta relatar.

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  2. Muito obrigado, Hilarius, segui sua orientação clicando em premium download e deu tudo certo.

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  3. Obrigada pelas instruções, eu já tinha tentado fazer a mesma pergunta, mas não sei porque não publicou. Acontece que sou frequentadora deste blog, agradeço mesmo todo essa disponibilidade para compartilhar o cinema de qualidade. Parabéns por esse trabalho.

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