Persona, 1966
Legendado, Ingmar Bergman
Classificação: Excelente
Formato: AVI
Áudio: sueco
Legendas: português
Legendas: português
Duração: 85 min
Tamanho: 1,12 GB
Servidor: Mega (Parte única)
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Parte única
SINOPSE
Após um desempenho na peça "Electra", uma famosa atriz, Elisabeth Vogler (LIv Ullmann), pára de falar. Sua psiquiatra, Lakaren (Margaretha Krook), a deixa sob os cuidados de Alma (Bibi Andersson), uma dedicada enfermeira. Como já fazem três meses que Elisabet não profere uma palavra, Lakaren decide que ela deva ser mandada para uma isolada casa de praia, com Alma. Na casa Alma fala pelas duas, pois Elisabet continua muda, comunicando-se apenas com pequenos gestos. Com o convívio Alma fica uma pouco enamorada pela atriz. Num dia conta para Elisabeth sobre uma excitante experiência sexual que teve numa praia, com desconhecidos, e a conseqüência desagradável disto. Pouco depois de fazer esta confidência ela lê uma carta que Elisabeth tinha escrito, onde fica chocada ao descobrir que a atriz pensa nela como um divertido objeto de estudo.
Fonte: Adorocinema
Parte única
SINOPSE
Após um desempenho na peça "Electra", uma famosa atriz, Elisabeth Vogler (LIv Ullmann), pára de falar. Sua psiquiatra, Lakaren (Margaretha Krook), a deixa sob os cuidados de Alma (Bibi Andersson), uma dedicada enfermeira. Como já fazem três meses que Elisabet não profere uma palavra, Lakaren decide que ela deva ser mandada para uma isolada casa de praia, com Alma. Na casa Alma fala pelas duas, pois Elisabet continua muda, comunicando-se apenas com pequenos gestos. Com o convívio Alma fica uma pouco enamorada pela atriz. Num dia conta para Elisabeth sobre uma excitante experiência sexual que teve numa praia, com desconhecidos, e a conseqüência desagradável disto. Pouco depois de fazer esta confidência ela lê uma carta que Elisabeth tinha escrito, onde fica chocada ao descobrir que a atriz pensa nela como um divertido objeto de estudo.
Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 8.2
ANÁLISE
Partindo do título oportunista, e também deslocado do tema central do filme, utilizado quando da estréia brasileira de Persona (Quando Duas Mulheres Pecam), podemos já extrair um dos temas recorrentes à obra de Ingmar Bergman, o conceito do pecado e principalmente da culpa a ele associada. É mais que sabido que a sua formação durante a infância, filho de rígido pastor luterano, viria a influenciar todo o seu trabalho em cinema, numa obra marcada por evidente evolução, partindo dos primeiros dramas, na década de 1940, que deixam um tanto a desejar, até atingir uma maturidade artística já na primeira metade dos anos 50, principalmente em Mônica e o Desejo (1952) e Noites de Circo (1953), possivelmente seu melhor filme.
Ao longo dos anos subsequentes, Bergman alçou um renome mundial, e seus filmes, apesar de temas recorrentes - o já citado sofrimento determinado pela culpa, a análise de relacionamenteos conjugais e amorosos, e a angústia do homem perante "o silêncio de Deus" - ainda apresentavam variadas abordagens, incluindo espaço para comëdias românticas, como Uma Lição de Amor (1954) e Sorrisos de uma Noite de Amor(1955), algum otimismo diante da vida, por exemplo emMorangos Silvestres (1957), e filmes de época, em O Sétimo Selo (1957) ou O Rosto (1958).
Foi durante os anos 60 que se conretizou a imagem daquilo que, com o passar do tempo, iria se tornar no imaginário do público como uma "marca registrada" do cinema de Bergman: uma temática bastante densa e agora sempre pessimista, com poucos personagens, vivendo situações de crise intensa em ambientes quase sempre claustrofóbicos, mesmo que este cenário seja a paisagem de uma ilha. Apesar desta linha já vir sendo demarcada em sua obra alguns anos, como em Através de um Espelho (1961), é justamente a partir de Persona que se faz patente uma submissão do autor a este estilo recorrente, que viria gradativamente a se tornar diluído e repetitivo a cada novo trabalho apresentado até o final da década de 60, todos rodados, assim como Persona, em sua propriedade na ilha de Farö.
Tratando especificamente de Persona, e já sabendo que em Bergman vida e obra são conceitos indissociáveis, fica claro notar que o filme foi confessamente concebido durante um período de profunda crise de seu autor, quando este se encontrava hospitalizado devido a uma pneumonia e questionando sua então atividade como diretor do Teatro Nacional de Estocolmo. Como afirma ele próprio: "Era necessário, por conseguinte, escrever qualquer coisa que apaziguasse a sensação de futilidade que sentia, a sensação de estar marcando passo." Da mesma forma, Persona deixa claros os momentos no qual o artista se vê impassível ao observar que, mesmo contra o seu desejo, sua arte acaba por ser vã como modificadora de uma realidade, impassividade essa que acaba por determinar o retiro e o silêncio constante de Elizabeth Vogler (Liv Ullmann).
Ao longo dos anos subsequentes, Bergman alçou um renome mundial, e seus filmes, apesar de temas recorrentes - o já citado sofrimento determinado pela culpa, a análise de relacionamenteos conjugais e amorosos, e a angústia do homem perante "o silêncio de Deus" - ainda apresentavam variadas abordagens, incluindo espaço para comëdias românticas, como Uma Lição de Amor (1954) e Sorrisos de uma Noite de Amor(1955), algum otimismo diante da vida, por exemplo emMorangos Silvestres (1957), e filmes de época, em O Sétimo Selo (1957) ou O Rosto (1958).
Foi durante os anos 60 que se conretizou a imagem daquilo que, com o passar do tempo, iria se tornar no imaginário do público como uma "marca registrada" do cinema de Bergman: uma temática bastante densa e agora sempre pessimista, com poucos personagens, vivendo situações de crise intensa em ambientes quase sempre claustrofóbicos, mesmo que este cenário seja a paisagem de uma ilha. Apesar desta linha já vir sendo demarcada em sua obra alguns anos, como em Através de um Espelho (1961), é justamente a partir de Persona que se faz patente uma submissão do autor a este estilo recorrente, que viria gradativamente a se tornar diluído e repetitivo a cada novo trabalho apresentado até o final da década de 60, todos rodados, assim como Persona, em sua propriedade na ilha de Farö.
Tratando especificamente de Persona, e já sabendo que em Bergman vida e obra são conceitos indissociáveis, fica claro notar que o filme foi confessamente concebido durante um período de profunda crise de seu autor, quando este se encontrava hospitalizado devido a uma pneumonia e questionando sua então atividade como diretor do Teatro Nacional de Estocolmo. Como afirma ele próprio: "Era necessário, por conseguinte, escrever qualquer coisa que apaziguasse a sensação de futilidade que sentia, a sensação de estar marcando passo." Da mesma forma, Persona deixa claros os momentos no qual o artista se vê impassível ao observar que, mesmo contra o seu desejo, sua arte acaba por ser vã como modificadora de uma realidade, impassividade essa que acaba por determinar o retiro e o silêncio constante de Elizabeth Vogler (Liv Ullmann).
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Screenshots
Este está on, mas infelizmente vários dos outros filmes do Bergman não estão mais disponíveis.
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