sábado, 24 de maio de 2014

ROMA, CIDADE ABERTA - 1945

Roma città aperta, 1945
Legendado, Roberto Rossellini
Classificação: Excelente

Formato: AVI
Áudio: italiano/alemão
Legendas: português
Duração: 103 min
Tamanho: 1,32 GB
Servidor: 1Fichier (2 partes)

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SINOPSE
Roma, 1944. Um dos líderes da Resistência, Giorgio Manfredi (Marcello Pagliero), é procurado pelo nazistas. Giorgio planeja entregar um milhão de liras para seus compatriotas. Ele se esconde no apartamento de Francesco (Francesco Grandjacquet) e pede ajuda à noiva de Francesco, Pina (Anna Magnani), que está grávida. Giorgio planeja deixar um padre católico, Don Pietro (Aldo Fabrizi), fazer a entrega do dinheiro. Quando o prédio é cercado, Francesco é preso pelos alemães e levado para um caminhão. Gritando, Pina corre em sua direção e é metralhada no meio da rua. Giorgio foge para o apartamento de sua amante, Marina (Maria Michi), sem imaginar que este seria o maior erro da sua vida.

Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 8.1


ANÁLISE


A filmografia de Roberto Rossellini é sempre muito discutida e sobretudo evocada, mas bem pouco conhecida no Brasil. Uma parte considerável de sua obra, a que foi destinada às televisões italiana e francesa e que compreende títulos como A Idade do Ferro (1964), A Tomada do Poder Por Luís XIV (1966), A Luta do Homem Por Sua Sobrevivência (1967-69), Sócrates (1970) eAgostinho de Ippona (1972) permanece, na maioria dos casos, inédita. São filmes que pertencem a um período no qual Rossellini decidiu abandonar o esquema tradicional do cinema comercial para se dedicar a um trabalho de natureza pedagógica através da televisão. Esta atitude respondia a uma série de reflexões críticas desenvolvidas por Rossellini acerca da sociedade de consumo e da indústria cultural. Também a fase inicial de sua carreira nos é desconhecida. Não chegaram ao Brasil filmes comoFantasia Sottomarina (1936-37), La Nave Bianca (1941),Un Pilota Ritorna (1941) e L’Uomo Dalla Croce (1942), realizados durante a vigência do regime fascista na Itália, época em que Rossellini chegou a trabalhar em colaboração direta com o filho de Mussolini, Vittorio.

Roberto Rossellini

Em 1943, Rossellini ingressou na Resistência, passando a viver na clandestinidade. Dois meses após a liberação da Itália, em 1945, deu início às filmagens de Roma, Cidade Aberta, obra que, incompreendida e recusada pela crítica italiana, foi, um ano depois, aclamada pela crítica francesa e se tornou um dos marcos fundamentais do neo-realismo italiano (juntamente com Ossessione, de Luchino Visconti,Ladrões de Bicicleta, de Vittorio de Sica e Paisà, do próprio Rossellini). Contudo, Roma, Cidade Aberta e Paisà (1946) extrapolaram o contexto do cinema italiano, influenciando decisivamente o moderno cinema do pós-guerra.

Moralismo, misticismo, incoerência política, traição aos pressupostos estéticos do neo-realismo: inúmeras foram as acusações imputadas, tanto por católicos quanto por comunistas, ao conjunto da obra rosselliniana. Mas se filmes como Roma Cidade Aberta, StromboliAlemanha Ano ZeroViagem à Itália e Francisco, Arauto de Deusmantêm entre si evidentes diferenças no tratamento e na escolha temática, Rossellini não foi, em nenhum deles, menos fiel a si próprio. Há, em cada um desses títulos, a busca por uma representação anti-espetacular do homem em confronto com a realidade; uma realidade que, por sua vez, não quer significar nada, mas simplesmente existe. Ou seja, não importa que estejamos diante de um vulcão em erupção, como em Stromboli, ou até mesmo de um milagre, como em Francisco, Arauto de Deus: o que vem a primeiro plano é sempre o homem diante do mistério.



É por este motivo que Roma, Cidade Aberta, quase sessenta anos após sua realização, continua a ser um dos momentos mais fortes da história do cinema. O impacto estético conseguido por Rossellini, nasce, por um lado, de uma violenta absorção da realidade, e, por outro, de uma construção dramática que foge inteiramente às regras de um cinema narrativo então hegemônico.

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2 comentários:

  1. Não é apenas um clássico do cinema mundial, mas também um importante registro histórico..Sempre admirei o filme pela sua autenticidade em mostrar a guerra sem nenhum glamour, como era comum nas produções de Hollywood na época. Como em todos os filmes de Rossellini o personagem principal é o povo italiano representado pela maravilhosa Anna Magnani.Um filme inesquecívell.Parabéns pelo blog, continua cada vez melhor.

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