domingo, 29 de junho de 2014

SONHOS DE MULHERES - 1955

Kvinnodröm, 1955
Legendado, Ingmar Bergman
Formato: MKV
Áudio: Sueco
Legendas: Pt-Br e En
Tamanho: 693 MB
Duração: 83 min.
Servidor: MEGA (Parte única)

LINK:


SINOPSE
Susanne é uma fotógrafa que terminou recentemente o relacionamento que tinha com um homem casado, Henrik. Certo dia vai à cidade onde Henrik mora e conhece uma mulher, Doris, que também teve um caso com um homem comprometido. Susanne decide então ligar para o antigo amante e marcar um novo encontro, que acaba sendo descoberto pela sua esposa.
Fonte: Movievicio
Notação IMDB: 7,2

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sábado, 28 de junho de 2014

CORONEL BLIMP: VIDA E MORTE - 1943

The Life and Death of Colonel Blimp, 1943
Legendado, Michael Powell e Emeric Pressburger

Formato: AVI
Áudio: inglês/francês/alemão
Legendas: Pt-Br
Duração: 163 min.
Tamanho: 881 Mb
Servidor: Firedrive e Depositfiles (Parte única)

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Parte única - Firedrive
ou
Parte única - Depositfiles

SINOPSE
Clive Candy (Roger Livesey) é um veterano da Guerra dos Boers e também da Primeira Guerra Mundial. Um experiente militar inglês que cultiva valores como o cavalheirismo, a honra e a cordialidade, e acredita que todos os conflitos da vida devem ser encarados seguindo esses princípios. O que ele não percebe é que o mundo à sua volta mudou, e que agir como ele age parece ultrapassado e antiquado em tempos de Segunda Guerra Mundial. No entanto, mesmo quando ele perde a mulher para um alemão, Clive se mantém fiel a tudo que acredita e segue adiante com a teimosia um bom soldado.

Fonte: Adorocinema
The internet movie database: IMDB - NOTA IMDB: 8.1


ANÁLISE

A dupla Michael Powell e Emeric Stressburger formaram sob o nome de The Archers a maior associação autoral do cinema.Tomando para si mesmos os roteiros,a direção e a produção,a dupla viria a influenciar e muito Spielbergs,Copolla e outros da New Hollywood.Um dos seus primeiros sucessos artísticos é a  epopeia romântica de Coronel Blimp.Filmado no auge da Segunda-Guerra,contou com sérias ameaças de banimento por Winston Churchill,e muitas caras foram viradas devido ao simpático personagem alemão Theo(Anton Walbrook).
Dois anos após  o surgimento de "Cidadão Kane",Coronel Blimp mostra ser a contribuição inglêsa mais influente para o cinema moderno,guardando similaridades com o filme de Welles em muitos aspectos,tanto no modo como repentinamente desconstrói a narrativa,como no envelhecimento físico do protagonista em uma brilhante  e inovadora maquiagem.Acima de qualquer aspecto visual,como o estonteante uso da cor,é na temática e na personalidade que o filme guarda brilhantismo.

Construido como uma comédia típica do sarcasmo britânico, na mesma linha das produções da Eagle por exemplo,Coronel Blimp é um filme que acaba enveredando por questões mais profundas,se mostrando um sincero estudo de personagem.Com um timing impressionante e câmeras em motocicletas,o filme começa no meio da Segunda Guerra Mundial,onde um  pelotão liderado pelo Tenente Spud displicentemente antecipa a realização de uma "guerra simulada",abordando os generais em um banho turco.No confronto com o velho Major Clive Candy,que não aceita a desculpa da antecipação da simulação para uma aproximação maior com a realidade e pela falta de organização e modos que isso proporcionou,Spud solta um grupo de insolências e insulta o bigode de Candy,resultando numa briga de socos na piscina do clube com o velho Major disparando frases como "Você fala do meu bigode,mas não sabe como eu consegui!Você fala da minha barriga mas não tem idéia de como ela foi aparecendo!".Num pulo temporal impressionante,emerge da piscina o jovem Tenente Candy,em 1902, com o filme tomando a idéia de envelhecimento e aprendizado para tornar aquele típico general  velho e gordo inglês -Coronel Blimp  foi inspirado numa caricatura popular na Inglaterra -no protagonista da odisséia de paixões de alguém que não consegue manter seus valores de honra e dignidade através dos tempos,numa óbvia mensagem de que toda a retrógada diplomacia fleumática britânica deveria ser posta de lado diante do Nazismo.

Toda essa comédia corajosa,uma crítica aos valores ancestrais ingleses,faz com que o estereótipo que o filme faz do alemão,rindo não só da impostação e da linguagem alemã como até mesmo da farofagem da música clássica romântica,fique apenas como mais uma piada dentro do circo das rivalidades militares,se afastando de qualquer atitude xenofóbica.É preciso entender que a Alemanha foi inimiga do Reino Unido nas três guerras pela qual o personagem passa,sendo sempre o lado negro da lua.
Na Guerra dos Boers,na Primeira Guerra e mais obviamente no nazismo da contemporânea Segunda Guerra,o deboche contra o constante inimigo seria inevitável por parte do filme.Quando surge a professora de inglês Edith Hunter,o primeiro  personagem de Debohra Kerr(que faria três no filme),começa  o enveredamento do que há de mais humano na figura ágil e militar de Candy,fazendo com que o surgimento de Theo,um alemão,prove o quanto,apesar das guerras, a humanidade é ligada pelo mesmo fio que tece o amor e a amizade.

Isso acontece quando Clive decide ir de forma indisciplinada para Berlim  para fazer algo relacionado à  Kaunitz,um alemão que estaria espalhando propaganda contra a Inglaterra e coincidentemente tinha sido prisioneiro junto com ele recentemente na Guerra dos Boers.Com a ajuda de Edith,ele localiza Kaunitz e numa série de provocações hilárias num restaurante,ele ofende todo o alto escalão militar alemão,terminando tendo que se enfrentar em um duelo de esgrima com o desconhecido Theo.Com o enfrentamento resultando em uma cicatriz para cada um,Theo e Clive acabam iniciando uma grande amizade no hospital, juntamente com Edith,que  termina se apaixonando por Theo.Com um belíssimo senso de compreensão,Clive aceita de bom grado o casamento de seus amigos,mesmo apaixonado loucamente por Edith.Com o nazismo no auge,o público britânico não aceitou bem o amigo alemão que rouba a mulher do inglês,numa massificada atitude rasa e quase desumana de se ver o mundo,que propositalmente o filme queria despertar.

Separado de seus amigos  e já com o bigode crescido para esconder a cicatriz,o filme pula mais uma vez no tempo para a Primeira Guerra,onde os valores do agora Brigadeiro Clive já vão se esvaindo devido ao caos.Esse anacronismo de valores é explicito nas palavras do soldado que quando questionado sobre o que seria a tal Guerra dos Boers que o velho Clyde sempre se referia com orgulho,responde: "Aquilo não era uma guerra!Apenas uma manobra de campo.";ou na forma antiquada de interrogatório visto como ineficiente para os jovens e  violentos inquisidores "pé-no chão".
É durante a Primeira Guerra que Clive,sem nunca ter esquecido de Edith,encontra sua amada no rosto da enfermeira Barbara(Kerr em seu segundo personagem),se casando com ela após o fim do conflito enquanto Theo,do outro lado, é  mais um oficial alemão devassado pela perda da dignidade em um pais destroçado.

No início da Segunda Guerra,viúvo de Barbara,Clive acolhe o também viúvo Theo em sua casa,após este fugir do nazismo,e contrata como motorista a jovem Angela(Kerr em seu terceiro personagem),coincidentemente namorada do insolente Spud.

Roger Livesey como Candy,supera a múltipla Kerr,entregando um trabalho de atuação perfeitamente único para a época.Um ator de persona própria como Bogart ou Grant ,ele vai além,usando essas características individuais numa composição sublime.A voz e a  sofisticação de sua compostura vão criando carisma para um personagem que vai se tornando ideologicamente irrelevante com o passar do tempo,envelhecendo sensitivamente com o personagem,e tornando próximo de qualquer ser humano uma criatura tão longe de ser popular na época como longe de ser visto como alguém tão rico de identificações: o típico representante das tradições antiquadas do alto comando do exército inglês.
O roteiro dos The Archers é uma auto-paródia cortante,que costura a vida de alguém que respira o militarismo e exalta o imperialismo,desabafando o desespero pendurando cabeças de animais indefesos na parede de casa, ao mesmo tempo que o torna um  homem de carisma quase heróico.Toda a realidade é vista como uma roda que não para de girar,onde os tempos e visões vão constantemente mudando.Por mais que Theo e Candy sejam vitimas dos tempos e seus fugazes valores,sempre haverá uma Debora Ker para mostrar o quanto isso é irrelevante diante dos verdeiros valores humanos.

Análise retirada do site citizenkadu


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sexta-feira, 27 de junho de 2014

O PAGADOR DE PROMESSAS - 1962

O pagador de promessas, 1962
Anselmo Duarte
Classificação: Excelente

Formato: AVI
Áudio: português
Duração: 98 min.
Tamanho: 700 MB
Servidor: 1Fichier (Parte única)

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SINOPSE
Zé do Burro (Leonardo Villar) e sua mulher Rosa (Glória Menezes) vivem em uma pequena propriedade a 42 quilômetros de Salvador. Um dia, o burro de estimação de Zé é atingido por um raio e ele acaba indo a um terreiro de candomblé, onde faz uma promessa a Santa Bárbara para salvar o animal. Com o restabelecimento do bicho, Zé põe-se a cumprir a promessa e doa metade de seu sítio, para depois começar uma caminhada rumo a Salvador, carregando nas costas uma imensa cruz de madeira. Mas a via crucis de Zé ainda se torna mais angustiante ao ver sua mulher se engraçar com o cafetão Bonitão (Geraldo Del Rey) e ao encontrar a resistência ferrenha do padre Olavo (Dionísio Azevedo) a negar-lhe a entrada em sua igreja, pela razão de Zé haver feito sua promessa em um terreiro de macumba.

Fonte: Adorocinema
The internet movie database: IMDB - NOTA IMDB: 8.2


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quinta-feira, 26 de junho de 2014

SOB A PELE - 2013

Under the skin, 2013
Legendado, Jonathan Glazer 
Classificação: Bom


Formato: mkv.
Áudio: inglês
Legendas: Pt-Br
Duração: 108 min.
Tamanho: 800 Mb
Servidor: 1Fichier (Parte única)

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SINOPSE
Um alienígena (Scarlett Johansson) chega à Terra e começa a percorrer estradas desertas e paisagens vazias em busca de presas humanas. Sua principal arma é sua sexualidade voraz... Mas ao longo do processo, ela descobre uma inesperada porção de humanidade em si mesma.

Fonte: Adorocinema
The internet movie database: IMDB - NOTA IMDB: 7.3


ANÁLISE

Do ponto de vista dos seres acima da humanidade na cadeia alimentar, as grandes cidades não passam de grandes restaurantes self-service. É desta forma que Scarlett Johansson caça homens pelas ruas, estradas e vielas da Escócia, buscando aqueles mais apetitosos para o seu macabro ritual de sedução e captura. Suspense do início ao fim, Sob a Pele, novo filme de Jonathan Glazer, é, contudo, mais do que a chance de ver relances de Scarlett nua e discute as relações humanas através de um olhar sem filtros e julgamentos. 
Jonathan Glazer

Os diálogos são raros e os ruídos, constantes. A cada nova cena, espera-se pelo pior, mas Glazer parece ter um macabro prazer em manter a expectativa em torno da história escrita pelo holandês Michel Faber no livro homônimo. Scarlett atriz dá vida a uma espécie de alienígena que toma a forma de uma sedutora jovem com sotaque norte-americano de cabelos pretos curtos e lábios bastante vermelhos.
A personagem da atriz, uma predadora voraz, passa quase três quartos do filme atrás do volante de um furgão. Dirige em busca de vítimas com o mesmo perfil: homens solitários, sem família ou namorada. Pessoas que possam desaparecer sem serem notadas. Ela os leva, um a um, para uma casa sinistra, cujo interior não possui nenhuma luz. Enquanto despe-se, caminha para trás, atraindo os homens para a armadilha, um líquido escuro que envolve as presas e as dissolve como suco gástrico no estômago.
Sob a Pele, contudo, evita seguir por caminhos óbvios da dama fatal e parte em busca de uma reflexão sobre a própria humanidade diante de um olhar sem pré-julgamentos. Neste caso, é a visão de alienígena de Scarlett. A chegada de Adam Pearson, ator inglês de 29 anos diagnosticado com neurofibromatose, transforma todo o jogo. Com o rosto coberto por tumores benignos que crescem em tecidos nervosos, ele transforma a própria alienígena, sem que ela perceba. Scarlett elogia as mãos dele e surpreende-se ao saber que nunca tivera namorada. Ela percebe uma bondade e inocência naquele homem que não viu em nenhum outro e o deixa escapar.
A alienígena entra em confronto com a própria humanidade que parece brotar nela. Diante do espelho, descobre mais da pele que veste o corpo não-humano. As cenas de Scarlett nua estão lá, mas o contexto está longe de ser sexual. A personagem engasga-se com um bolo ao tentar ser humana em um restaurante e falha na tentativa de fazer sexo com um homem que a ajudou.
Perdida, se torna uma presa tão frágil como aqueles homens caçados anteriormente. Glazer inverte o jogo de poder, tira o domínio de Scarlett e a coloca perdida e vítima da recém-adquirida humanidade. A trajetória é trágica, embora surpreendente. O mundo machista é discutido em curtas passagens, mas não é o ponto principal. Compaixão e humanidade, sim, dominam a obra. Há a união de crueldade e compaixão a algumas cenas de distância. Sob a Pele e um filme sensorial: antes mesmo de percebemos, somos nós que estamos sob a pele de Scarlett Johansson.

Análise retirada do site rollingstone

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quarta-feira, 25 de junho de 2014

RASHOMON - 1950

Rashômon, 1950
Legendado, Akira Kurosawa
Classificação: Excelente

Formato: AVI
Áudio: japonês
Legendas: Pt-Br
Duração: 88 min.
Tamanho: 700 mb
Servidor: Mega (Parte única)

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SINOPSE
Japão, século XI. Durante uma forte tempestade, um lenhador, um sacerdote e um camponês procuram refúgio nas ruínas de pedra do Portão de Rashomon. O sacerdote diz os detalhes de um julgamento que testemunhou, envolvendo o estupro de Masako e o assassinato do marido dela, Takehiro, um samurai. Em flashback é mostrado o julgamento do bandido Tajomaru, onde acontecem quatro testemunhos, inclusive de Takehiro através de um médium. Cada um é uma "verdade", que entra em conflito com os outros.

Filme: Cineplayers
The internet movie database: IMDB - NOTA IMDB: 8.4


ANÁLISE
Seria preciso retornar ao princípio dos anos 1950 para compreender a extensão do terremoto que “Rashomon” (Japão, 1950), primeira obra-prima de Akira Kurosawa, causou na indústria cinematográfica. O filme não apenas apresentou ao mundo o cinema do Japão, mas também trouxe inúmeras inovações técnicas e narrativas, gerando uma onda avassaladora de admiração pelas proezas conseguidas pelo cineasta oriental. O que temos aqui é um daqueles filmes-chave que, de tempos em tempos, impulsiona a linguagem cinematográfica para um novo patamar. Neste sentido, “Rashomon” se alinha a “O Nascimento de uma Nação” (1915), "Cidadão Kane” (1941) e algumas poucas obras fundamentais.
Título que a maioria dos cinéfilos conhece apenas pelo nome, “Rashomon” é um thriller de mistério simples na aparência, mas ambicioso tanto no aspecto visual quanto na narrativa. Antecipando em quatro décadas uma tendência de diretores estetas como Quentin Tarantino, Kurosawa constrói uma trama que conta a mesma história sob quatro pontos de vista diferentes, nenhum deles conclusivo. A técnica, então inédita, acabaria por influenciar muitos grandes cineastas do futuro, gerando dezenas de variações (“Os Suspeitos” de Bryan Singer, "Jackie Brown" de Quentin Tarantino, “Herói” de Zhang Yimou).
Embora fosse um ilustre desconhecido no Ocidente, ao assumir o projeto de “Rashomon”, Kurosawa já era um diretor importante no Japão, com dez anos de carreira e quase 20 filmes lançados. Ao contrário do que muita gente (que não conhece o filme) pensa, “Rashomon” passa longe do tipo de cinema épico, suntuoso e reflexivo que o cineasta desenvolveria nos anos seguintes. Aqui, pelo contrário, a narrativa é ágil e cheia de humor feroz, nitidamente influenciada por John Ford – especialmente nas cuidadosas e surpreendentes composições visuais – e pelos faroestes clássicos norte-americanos.
No plano narrativo, o longa-metragem consegue a proeza de ser simples e ambicioso ao mesmo tempo. Na aparência é bastante simples porque vai direto ao cerne da história: três homens se encontram nas ruínas de uma antiga construção medieval, durante uma pesada tempestade, e conversam para matar o tempo. Dois deles contam ao terceiro o caso extraordinário de um julgamento que acabaram de presenciar. Nele, quatro pessoas forneceram diferentes versões para o mesmo acontecimento – o assassinato de um homem no meio de uma floresta – sem que fosse possível reconhecer qual das versões era a verdadeira (se é que alguma delas era). Está aí o tema do filme: a verdade é sempre algo subjetivo e impossível de atingir, e os seres humanos têm uma tendência natural para florear o próprio papel nos acontecimentos.
Análise retirada do site Cinereporter

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