quarta-feira, 25 de junho de 2014

RASHOMON - 1950

Rashômon, 1950
Legendado, Akira Kurosawa
Classificação: Excelente

Formato: AVI
Áudio: japonês
Legendas: Pt-Br
Duração: 88 min.
Tamanho: 700 mb
Servidor: Mega (Parte única)

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SINOPSE
Japão, século XI. Durante uma forte tempestade, um lenhador, um sacerdote e um camponês procuram refúgio nas ruínas de pedra do Portão de Rashomon. O sacerdote diz os detalhes de um julgamento que testemunhou, envolvendo o estupro de Masako e o assassinato do marido dela, Takehiro, um samurai. Em flashback é mostrado o julgamento do bandido Tajomaru, onde acontecem quatro testemunhos, inclusive de Takehiro através de um médium. Cada um é uma "verdade", que entra em conflito com os outros.

Filme: Cineplayers
The internet movie database: IMDB - NOTA IMDB: 8.4


ANÁLISE
Seria preciso retornar ao princípio dos anos 1950 para compreender a extensão do terremoto que “Rashomon” (Japão, 1950), primeira obra-prima de Akira Kurosawa, causou na indústria cinematográfica. O filme não apenas apresentou ao mundo o cinema do Japão, mas também trouxe inúmeras inovações técnicas e narrativas, gerando uma onda avassaladora de admiração pelas proezas conseguidas pelo cineasta oriental. O que temos aqui é um daqueles filmes-chave que, de tempos em tempos, impulsiona a linguagem cinematográfica para um novo patamar. Neste sentido, “Rashomon” se alinha a “O Nascimento de uma Nação” (1915), "Cidadão Kane” (1941) e algumas poucas obras fundamentais.
Título que a maioria dos cinéfilos conhece apenas pelo nome, “Rashomon” é um thriller de mistério simples na aparência, mas ambicioso tanto no aspecto visual quanto na narrativa. Antecipando em quatro décadas uma tendência de diretores estetas como Quentin Tarantino, Kurosawa constrói uma trama que conta a mesma história sob quatro pontos de vista diferentes, nenhum deles conclusivo. A técnica, então inédita, acabaria por influenciar muitos grandes cineastas do futuro, gerando dezenas de variações (“Os Suspeitos” de Bryan Singer, "Jackie Brown" de Quentin Tarantino, “Herói” de Zhang Yimou).
Embora fosse um ilustre desconhecido no Ocidente, ao assumir o projeto de “Rashomon”, Kurosawa já era um diretor importante no Japão, com dez anos de carreira e quase 20 filmes lançados. Ao contrário do que muita gente (que não conhece o filme) pensa, “Rashomon” passa longe do tipo de cinema épico, suntuoso e reflexivo que o cineasta desenvolveria nos anos seguintes. Aqui, pelo contrário, a narrativa é ágil e cheia de humor feroz, nitidamente influenciada por John Ford – especialmente nas cuidadosas e surpreendentes composições visuais – e pelos faroestes clássicos norte-americanos.
No plano narrativo, o longa-metragem consegue a proeza de ser simples e ambicioso ao mesmo tempo. Na aparência é bastante simples porque vai direto ao cerne da história: três homens se encontram nas ruínas de uma antiga construção medieval, durante uma pesada tempestade, e conversam para matar o tempo. Dois deles contam ao terceiro o caso extraordinário de um julgamento que acabaram de presenciar. Nele, quatro pessoas forneceram diferentes versões para o mesmo acontecimento – o assassinato de um homem no meio de uma floresta – sem que fosse possível reconhecer qual das versões era a verdadeira (se é que alguma delas era). Está aí o tema do filme: a verdade é sempre algo subjetivo e impossível de atingir, e os seres humanos têm uma tendência natural para florear o próprio papel nos acontecimentos.
Análise retirada do site Cinereporter

Screenshots

























































































3 comentários:

  1. Um histórico: obrigatório para todos os estudantes de jornalismo; aconselhável ao público em geral. Boa, Hilarius!

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  2. Obra máxima do cinema japonês, sempre imitado mais jamais igualado.Intrigante em mostrar como a verdade pode ser relativa, sujeito a diversos pontos de vista.Rashomon é só mais outra obra-prima entre tantas outras do genial diretor.Sempre presente na minha lista de favoritos.Obrigado!

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  3. Muitíssimo obrigado, já estava procurando o filme na net há tempos. Estou adorando o blog

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