The Revenant, Legendado, 2015, Alejandro Gonzales Iñárritu
Formato: XVID (Avi)
Áudio: Inglês
Legendas: Português
Duração: 2h36min.
PG: 16
Tamanho: 1.36GB
Servidor: MEGA
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Parte 1
Parte 2
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Sinopse: Em 1823, um caçador de peles chamado Hugh Glass foi atacado por um urso
enquanto participava de uma expedição na região que hoje forma o estado
de Dakota do Sul, nos Estados Unidos. Gravemente ferido e agonizante,
ele foi deixado para trás pelo grupo, que, no entanto, encarregou dois
de seus integrantes de permanecerem ao lado do sujeito até que ele
morresse, enterrando-o antes de se reunirem com os demais. A dupla,
porém, desistiu da tarefa depois de dois dias, partindo enquanto Glass
ainda se encontrava vivo – e, assim, foi um imenso choque quando este
apareceu em um forte localizado a 400 quilômetros de distância de onde
havia sido deixado depois de rastejar por quase dois meses. Passando a
fazer parte do imaginário da história do país, a jornada de Glass ganha,
aqui, sua segunda adaptação para o Cinema, já tendo originado, em 1973,
o bom Fúria Selvagem, no qual o herói era interpretado por Richard Harris.
Crítica:
Por: Marcelo Hessel
Quando disse em entrevista que não considera seu O Regresso (The Revenant, 2015) um faroeste, porque "o problema com gêneros é que eles vêm da palavra 'genérico'", o diretor Alejandro González Iñárritu
não apenas demonstrou que nunca ganharia um Oscar de etimologia.
Especialmente, deixou evidente a prepotência que norteia seu cinema: a
crença numa experiência transcendental não como uma consequência dos
filmes mas como um ponto de partida.
É atrás dessa experiência de encomenda que o diretor vai, quando convoca para O Regresso o diretor de fotografia Emmanuel Lubezki, a figurinista Jacqueline West e o desenhista de produção Jack Fisk - três profissionais que trabalharam com Terrence Malick em outro faroeste revisionista, O Novo Mundo
(2005). Se Malick se tornou com os anos um cineasta da transcendência
como commodity - seus filmes contemplativos, banhados de contraluz e
organizados como um poético fluxo de consciência hoje beiram a
autoparódia - Iñárritu pega para si o estilo sem desconfiar dessa carga.
O resultado é que O Regresso, embora seja seu filme mais festejado na mídia e nas premiações de Hollywood, é também o mais desesperado por uma legitimação arthouse. Se os trabalhos anteriores de Iñárritu partiam de uma megalomania temática - falar de todo o mal da globalização em Babel, de toda a miséria da vida em Biutiful, de todo o ridículo da indústria da arte em Birdman - O Regresso,
um filme cheio de som e fúria que só toca marginalmente e com casuísmo
em questões da formação da identidade americana, tem na megalomania
formal seu começo e seu fim.
É uma miopia que se traduz, na tela, na forma como a história de sofrimento de Leonardo DiCaprio é encenada. Ainda que ganhe seu esperado Oscar, o ator sempre será um coadjuvante diante dos verdadeiros protagonistas de O Regresso:
as grandes-angulares de Lubezki, o pôr-do-sol do Canadá, os movimentos
de câmera sobre um mesmo eixo (que se combinam com as grandes-angulares e
ficam uma coisa meio pau-de-selfie de arte). Até a respiração que
embaça a lente parece mais importante que a figura de DiCaprio, porque
também denota a presença exibicionista do autor.
"Destaque para a arte Europeia do pôster." |
O que fica faltando ao fim é a tal transcendência: com frequência
Lubezki encerra planos virando a câmera para a copa das árvores, em
busca de um sentido metafísico ou de uma justificativa divina para as
desgraças que filma, mas acontece que o céu não tem todas as respostas -
não importa o "templo" em que se assista a O Regresso.
Fonte: Omelete
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