domingo, 23 de fevereiro de 2020

CAMPO GRANDE - 2015

Campo grande, 2015
Sandra Kogut

Formato: mkv
Áudio: português
Duração: 1h 48min.
Tamanho: 1,71 Gb

Torrent convergente

SINOPSE
​Certa manhã, duas crianças são deixadas em frente à portaria de um prédio em Ipanema, sem nenhuma explicação a não ser um pedaço de papel com o nome e endereço de Regina, a dona da casa. Em nenhum momento as crianças duvidam que sua mãe voltará para buscá-las. Mas será que ela vai mesmo? A chegada dessas crianças no mundo de Regina – e suas tentativas de lidar com ela – transformará profundamente as vidas de cada uma delas.​

Fonte: Filmow

CRÍTICA
Como é bom ver um filme que não duvida da nossa inteligência. A narrativa de Campo Grande pode causar estranheza, a sensação de lacunas e até de que algo está errado. De fato há lacunas e muita coisa está errada, mas isso é papo para daqui a pouco. O que ocorre de fato é uma falta de exposição em muitos momentos. A direção faz a trama evoluir usando outros meios, não pautados em um didatismo desnecessário, para contar a história.
Campo Grande não tem um protagonista destacado. Iniciamos acompanhando Rayane, passamos para o Ygor e Regina, sendo possível colocar o Rio de Janeiro como, mais que um cenário, um personagem ativo e essencial. Isso permite ao público ser guiado entre diversos prismas. Ora vemos o mundo pelo olhar das crianças, o que torna as desventuras objetos a serem tratados de uma forma distorcida – uma carta de Pokemon, um banho quente e ausência de batatas fritas ganham importância. Ora somos conduzidos por um mundo de aparências, decisões complexas e contradições de Regina – representante de uma classe média decadente, cobrada para resolver a situação com as crianças e a própria filha, além de demonstrar um descaso patente/instinto maternal latente.
O longa apresenta rimas visuais e alegorias o tempo inteiro. Lila decide não morar mais com a mãe Regina e exalta o pai. Ygor e Rayane clamam pela figura maternal. Ambos – pai de Lila e mãe de Ygor e Rayane – ausentes da tela, sem se relacionarem com os filhos, mas sempre presente no discurso e ações dos personagens. A casa alagando, um sofá grande que não cabe mais ali e os pertencem empacotados e empilhados, coadunam com a situação social de Regina e a necessidade de mudanças. As placas nas obras e os seguranças que impedem as duas crianças de circularem com total liberdade, também evidenciam esse não pertencimento.


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6.7 de 10 - 1 h 48 min Trailer



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