Não há nada mais incômodo do que problematizar a existência. Seja na filosofia, na psicanálise ou na religião, a existência humana ressente-se quando o seu invólucro de “normalidade” é rompido e uma série de incômodos pessoais são expostos a perguntas sem resposta. Temos esse exercício de forma muito instigante em A Solidão dos Números Primos (2010), filme baseado no romance homônimo de Paolo Giordano, indicado ao Leão de Ouro no Festival de Veneza de 2010.
A história de Alice e Mattia é contada de maneira não linear, embora o espectador não tenha dificuldades para entender que se trata de uma narrativa aberta e de múltiplos caminhos. Até a primeira metade do filme são mostradas cenas isoladas de ambos os protagonistas (quando pequenos e adolescentes) para enfim realizar o encontro entre os jovens que serão “números primos” dali em diante. Baseadas na dor e no existencialismo, os protagonistas encarnam a dificuldade das relações humanas, especialmente na aceitação do outro. A carência e o desejo são elementos paralelos à trama e alcançam um significado cada vez mais complexo ao passo que as personagens adquirem experiência de vida. A solidão, no entanto, impera sobre tudo e todos.
Fonte: Planocritico
oi, gente, esse torrent não tá dando. Avisando aqui, beleza! Vcs poderiam repostar? por gentileza? abração
ResponderExcluirPodem concertar o link, por favor?
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