Un Homme et Une Femme Vingt Ans Déjà, 1986
Claude Lelouch
Aúdio: Francês
Legenda: Português
Duração: 107 minutos
Tamanho: 699 Mb
Servidor: Zippyshare
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Parte 4
SINOPSE
Anne Gauthier é uma produtora de cinema, que fracassa em seu último lançamento. Resolve procurar seu antigo amor, Jean-Luis Duroc. Este, piloto de corridas
aposentado, encontra-se casado com a bem mais jovem Marie Sophie e
ajuda o filho Antoine em sua carreira de piloto. Ao encontrarem-se, Anne
pede permissão a Duroc para produzir um filme contando a história de
amor vivida por eles há 20 anos.
Fonte: Wikipedia
ANÁLISE
Vinte anos atrás era um fiapo de história. Um homem e uma mulher
encontravam-se na vida; apaixonavam-se, desencontravam-se na hora da
cama, separavam-se, encontravam-se de novo. Vinte anos depois são muitas
histórias que se entrecruzam e se modificam.
Há a história daquele mesmo homem, a história daquela mesma mulher,
as histórias de cada um deles com seu atual amante, as histórias dos
filhos de cada um deles, a história de um estuprador que foge de um
hospital psiquiátrico. E há diversos filmes dentro do filme.
Claude Lelouch, o cineasta, não mudou nada, desde Um Homem, Uma Mulher, Palma de Ouro no Festival de Cannes e Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1966, até este Um Homem, Uma Mulher Vinte Anos Depois/Un Homme et Une Femme Vingt Ans Déjà. O estilo é o mesmo, personalíssimo, marca registrada, a câmara ágil, rápida, inquieta, que jamais fica parada, que persegue os atores num jogo incessante, sempre carregada pelo próprio diretor, que é também o cameraman de seus filmes.
Claude Lelouch, o contador de histórias, mudou muito, ao longo destes 20
anos. Continua contando histórias de amor, de encontros e desencontros,
sempre escritas por ele próprio, que é também o argumentista e
roteirista de seus filmes. “Só existem duas ou três histórias na vida”,
diz. “Mas as variações são infinitas.” Agora, porém, mesmo quando está
contando uma história de amor mistura um punhado infindável de outras
histórias, e tenta captar a relação das histórias de seus personagens
com a História. “Eu acho que meus filmes têm ficado mais literários”,
diz, em entrevista a este jornalista aqui e a um crítico da Folha de
S. Paulo, no Maksoud Plaza, ao lado da sua bela mulher da época,
Marie-Sophie Pochat, durante viagem para a divulgação do filme.
Claude Lelouch entende que o cinema tem sido um escravo da
literatura. Chega a dizer que o cinema evoluiu pouco, desde que, em
1927, aprendeu a falar; acha que o essencial da linguagem
cinematográfica foi criado antes. “A partir de 1929 (a França atrasou-se um pouco na adoção dos filmes falados),
o cinema está mais a serviço da literatura do que a seu próprio
serviço.” A maior parte dos cineastas, avalia, descobriu a literatura
antes do cinema, como é o caso, por exemplo – cita ele – dos diretores
da nouvelle-vague. “O meu caminho é completamente inverso. Eu venho do
cinema para a literatura.”
De fato, para Lelouch primeiro veio a câmara, depois vieram as
histórias. A paixão pelo cinema que herdou do pai – industrial judeu do
ramo têxtil nascido na Argélia que emigrou para a França antes da
Segunda Guerra Mundial, fanático filmador de cenas familiares -, Lelouch
passou a exercitar no seu trabalho como cameraman. Durante três anos
fez cinejornalismo, filmando cenas reais em diversos países, inclusive o
de seu pai, durante a guerra da Argélia. Era o final dos anos 50,
início dos anos 60, a época em que Jean-Luc Godard decretava que “a
fotografia é a verdade, o cinema é a verdade 24 quadros por segundo”.
Hoje Claude Lelouch entende que está muito mais perto da verdade
contando as histórias de seus personagens do que quando filmava cenas
reais.
Continue lendo no 50 Anos de Filmes
Infelizmente o arquivo está danificado :(
ResponderExcluirBom dia, será que é possível corrigir o link para a parte 1 ? É que o link da parte 1 está caindo no arquivo com a versão de 1966
ResponderExcluirObrigado
Valeu ! Agora o link está certinho. Bela lembrança em colocar este filme.
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