quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A TRAVESSIA - 1948

De Naede Fargen, 1948
Legendado, Carl Th. Dreyer


Formato: AVI
Áudio: sueco
Legendas: português
Duração: 11 min.
Tamanho: 178 MB
Servidor: Mega (parte única)

LINKS

SINOPSE
Um casal tem menos de 45 minutos para atravessar mais de 70 quilômetros. Não sabem que a própria morte fará o mesmo trajeto.

Fonte: Filmow
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 6.9


A RUA - 1923

Die strasse, 1923
Legendado, Karl Grüne


Formato: AVI
Áudio: -
Legendas: português
Duração: 74 min.
Tamanho: 645 MB
Servidor: Mega (2 partes)

LINKS

SINOPSE
Die Straße (A Rua, 1923) de Karl Grune tem como abordagem a luta entre a burguesia e o proletariado na República de Weimar. A História de um homem comum atraído por uma prostituta e que se vê desvirtuado por tal tentação é apagada pela restauração de uma ordem burguesa que fala mais alto que seus instintos apontando os perigos de tal aventura.

Fonte: Filmow
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 6.9


ANÁLISE

Pelas ruas da Alemanha

“[Os] filmes de
rua revelam que na Alemanha da época a rua excercia uma atração irresistível”


Asfalto (Asphalt, direção Joe May, 1929) se encaixa entre os assim chamados filmes “de rua” que proliferaram na Alemanha a partir de A Rua (Die Strasse, direção Karl Grune, 1923). Como observou Siegfried Kracauer, a preocupação dos realizadores com a rua era tão grande que raramente deixavam de incluir a palavra, ou um sinônimo, no próprio título dos filmes (2). No caso de Grune, a temática girava em torno de um indivíduo rebelde que abandona a segurança de sua casa e segue suas paixões na rua, mas ao final retorna e se submete às exigências da vida convencional. A temática foi incorporando variações, em Grune era uma selva perigosa, mas aos poucos passou a abrigar virtudes ausentes na sociedade burguesa. Kracauer explica que esse tipo de personagem não era novidade no teatro, mas no cinema alemão ele acabou se popularizando durante os anos da República de Weimar (1919-1933). Em Rua das Lágrimas (Die Freudlose Gasse, direção Georg Wilhelm Pabst, 1925), com Greta Garbo em seu primeiro papel no cinema, o único personagem com grandeza é uma moça que parece ser prostituta. Seu amante a trocou por um casamento próspero, ela mata uma socialite que poderia ter impedido esse casamento e depois confessa o crime para não incriminar seu amante. (imagem abaixo, à direita, Albert atinge o homem em cheio e o mata; última imagem, vista aérea do Portão de Brandenburgo em Belim, ponto que tornou-se tristemente famoso durante as décadas em que a cidade esteve dividida por um muro).

Em Tragédia da Rua (Dirnentragödie, 1927) uma prostituta velha tropeça num bêbado e o leva para o quarto dela. O tal é um burguês que brigou com a família e saiu de casa. A mulher acredita que ele a ama, mas quando ela sai para gastar suas economias com roupas para “ser digna dele” o tal é apresentado a uma prostituta jovem pelo cafetão da velha. Esta o incita a matar a nova porque a velha acredita que ela vai arruinar o tal burguês. A polícia vai atrás do assassino e a velha prostituta se suicida. A vida continua, na porta da miserável casa de cômodos uma placa avisa que há quartos para alugar. O tal burguês volta para casa e aparece soluçando com a cabeça no colo da mãe. Na opinião de Kracauer, Asfalto é ainda mais direto do queTragédia da Rua. Já na apresentação, vemos a rua retratada como num documentário, incluindo imagens de asfaltamento. Neste filme, a própria calçada é o tema central. Na primeira versão cinematográfica de Berlin Alexanderplatz (direção Phil Jutzi, 1931), acompanhamos na abertura cenas documentais desta praça, da rua, de asfaltamento, e o filme mostrará o protagonista trabalhando como camelô na Alemanha da hiperinflação. Na segunda versão, realizada por Rainer Werner Fassbinder como uma série de televisão já na década de 80, a atmosfera das ruas daquela Berlim anterior as 1933 é bastante presente – especialmente o lado negativo.

A maioria dos filmes de rua tenta afirmar que a vida verdadeira está fora das fronteiras do sistema, fora do mundo burguês. Entretanto, insiste Kracauer, na maioria dos casos, essa rebelião contra o sistema é seguida por uma submissão a ele. Berlim, Sinfonia de Uma Cidade (Berlin, die Symphonie einer Grosstadt, direção Walter Ruttman, 1927) mostrava a capital dos alemães sem idealizar a rua. Ao contrário de filmes como Asfalto eTragédia da Rua, que a elogiavam e a consideravam um refúgio do verdadeiro amor e da rebelião justificada. O mérito de Berlim, disse Kracauer, foi técnica, ao inaugurar a moda do corte transversal, ou dos filmes de montagem. Nada comparado a um curta-metragem como Acidente (Überfall, direção Ernö Metzner, 1929), um filme experimental tematicamente muito próximo de Tragédia da Rua e Asfalto, mas que ao contrário destes foi censurado – talvez porque a autoridade policial é desvalorizada. Um pequeno-burguês encontra uma moeda na rua e aposta nos dados. Vence e parte, sendo seguido por um rufião, no meio do caminho será puxado por uma prostituta para dentro da casa dela. Lá dentro, o cafetão dela rouba a carteira do incauto e o expulsa. Na rua, ele leva uma surra do rufião. Na última cena ele está no hospital com a cabeça enfaixada, sendo invadido por um sonho com uma moeda rolando. Solicitado por um detetive e identificar seu assaltante, o pequeno-burguês fecha os olhos e volta para a alucinação com a moeda (4). Como Albert, muitos são uma moeda jogada na calçada ou no asfalto – mas será que ela já estava dentro da cabeça de Albert?

Continue lendo em CinemaEuropeu





























































































segunda-feira, 28 de outubro de 2013

TERRA SEM PÃO - 1933

Las hurdes, 1933
Legendado, Luis Buñuel

Classificação: Excelente

Formato: AVI
Áudio: espanhol
Legendas: português
Duração: 30 min.
Tamanho: 315 MB
Servidor: Mega (parte única)

LINK

SINOPSE
Em uma remota região montanhosa da Espanha chamada Las Hurdes, a menos de 100 quilômetros da civilizada cidade universitária de Salamanca, os habitantes vivem em extrema pobreza na década de 30. Eles sobrevivem sem as mínimas condições, em meio a doenças, desnutrição e ignorância, e tudo é calmamente observado por uma câmera. Um documentário surrealista que se baseia em imagens e dois narradores.

Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 7.6



























domingo, 27 de outubro de 2013

NOITE DE ESTREIA - 1977

Opening night, 1977
Legendado, John Cassavetes


Formato: AVI
Áudio:inglês
Legendas: português
Duração: 144 min.
Tamanho: 1,45 GB
Servidor: Depositfiles e Mega (3 partes)

LINKS

SINOPSE
Myrtle Gordon (Gena Rowlands) é uma famosa atriz de meia idade, que passa por uma crise de identidade por se sentir culpada pela morte de uma ardorosa fã na estréia de sua nova peça teatral. Myrtle passa a ver a mulher em alucinações e se recusa a aceitar o papel de uma mulher que envelhece.

Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 7.8


ANÁLISE

Não poderia haver título mais teatral para Noite de Estréia(Opening Night), de John Cassavetes. Também não poderia haver atuações mais teatrais para a composição desse trabalho. Nesse caso, as atuações "teatrais" cabem como um elogio, já que, normalmente, minha tendência é a de usar a expressão para designar trabalhos nos quais os atores se comportam com o "over" ligado no máximo, como se estivessem realmente no palco - e não defronte de câmeras -, onde a necessidade das caretas, do berro e do gestual mais ampliado se fazem instrumentos necessários para que se possa alcançar o público lá distante (o que acaba - invariavelmente - por não resultar em bom desempenho na telona).
Geena Rowlands, como a atriz em crise por não querer encarar o fato de estar envelhecendo, entra em um redemoinho emocional atormentador após a morte de uma fã, poucos instantes após um estranho e próximo contato. Há uma extraordinária seqüência, que se inicia na saída de um teatro, envereda pela rua e sua iluminação noturna e artificial sob chuva, "embarca" num carro, e se completa com a câmera observando um acidente, seca e chocantemente filmado, um pouco "mais atrás". Seqüência que servirá de base para o início mais evidente da queda emocional da atriz, e que é toda musicada por um ritmo grandiloqüente que surgirá por diversas vezes durante o transcorrer da película, deixando no ar uma sensação estranha, que na realidade representa mais uma maneira de intervenção do diretor, com o provável propósito de evidenciar o espetáculo, afastando-o e posicionando-o acima da vida comum.
Rowlands encarna seu personagem de maneira tão assustadora que não dá para ficar impassível quando ela surge na tela. Em algumas cenas a sua entrega é tão evidente que surgem dificuldades em diferenciar a pessoa/atriz da personagem, Myrtle Gordon, ou que não me visse remetido à figura de Mabel (a própria Geena) enlouquecendo no filme Uma mulher sob influência. A combustão que ela consegue em associação com Cassavetes é rara. Seus desempenhos estão entre os mais marcantes na história da arte, e o diretor sabia como extrair o máximo dela; evidentemente. Mas a figura deNoite de Estréia vai além. O fato de ela se embebedar não significa que veremos uma atriz superatuando ou se amparando em clichês para compor aqueles momentos tão específicos, mas sim, que nos sentiremos envolvidos pelo cheiro do álcool e muito próximos das angústias que a levaram a tais limites. Quando ela reencontra uma figura improvável, em situação que poderia remeter a sentimentalismo fácil, o que acontece é toda uma explosão de reações reais e cruas - devidamente filmadas e coreografadas pelo diretor, logicamente - que dão vontade de levantar e ir embora da sala de cinema. Ou quando ela, com uma veracidade que poucas vezes tive a oportunidade de ver na tela grande, bate a cabeça insistentemente contra o batente de uma porta, criando momentos que quase fazem com que o espectador salte tela adentro, em seu auxílio.

Toda a seqüência final é uma deslavada homenagem ao teatro, com situações de riso e improviso muito reais e com uma boa dose de humor embutida. É como se o diretor a tivesse preparado para deixar bem evidente o quanto os atores são fundamentais em sua obra - apesar de, por vezes, dado o grau de excelência técnica ao qual chegou em sua carreira e seu modo peculiar de montagem, parecer que esse vértice da composição cinematográfica (os atores) não lhe seria de importância tão vital. 

Em Noite de Estréia, novamente o diretor se mostrou genial e mais amadurecido. Seu ritmo frenético está mais apaziguadoaqui, mas seus cortes continuam insinuantes e suas lentes ainda buscam o âmago dos personagens. Porém, esse tal ritmo "apaziguado" ganha seu correlato em ousadia através do modo com que ele introduz a música na fita, por diversos momentos. Repetindo a idéia central: Cassavetes a introduz como se fosse uma bandeira para deixar bem claro que, apesar de estar retratando o ser humano, o veículo é o do espetáculo; o cinema.

Análise retirada do site Omelete

























































sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O FUNDO DO AR É VERMELHO - 1977

Le fond de l'air est rouge, 1977
Legendado, Chris Marker

Classificação: Excelente

Formato: AVI
Áudio: alemão/inglês/francês/japonês/espanhol
Legendas: português
Duração: 240 min.
Tamanho: 2,05 GB
Servidor: Depositfiles e Mega (3 partes)

LINKS

SINOPSE
As esperanças e as decepções suscitadas pelos movimentos revolucionários de 68 no mundo inteiro. Do regime chinês ao cubano, passando pela Primavera de Praga ou os movimentos estudantis e operários franceses. O filme é composto por duas partes: "As mãos frágeis" e "As mãos cortadas", ambas com 90 minutos, na versão de 1993.

Fonte: Cineplayers

The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 7.1


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

WOLFSBURG - 2003

Wolfsburg, 2003
Legendado, Christian Petzold


Formato: AVI
Áudio: alemão
Legendas: português
Duração: 90 min.
Tamanho: 1,17 GB
Servidor: Mega (3 partes)

LINKS

SINOPSE
Philipp Gerber (Benno Fürmann), um vendedor de carros, atropela um ciclista na estrada e não para para prestar socorro. Sentindo-se culpado, ele vai atrás de informações e descobre que a vítima, um menino, está gravemente ferido. O garoto morre e sua mãe, Laura (Nina Hoss), tenta o suicídio, mas acaba salva por Philipp.

Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 7.1


ANÁLISE

“A consciência é uma qualidade da mente, considerando abranger qualificações tais como subjetividade, auto-consciência, sapiência, e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente. Consciência pertence à esfera da psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, da mente, ou do pensamento humano. Ser consciente não é exatamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no mundo e do mundo.”
Na trama de Wolfsburg, durante uma discussão com a noiva, enquanto dirigia, Philipp Gerber (Beno Furmann) atropela um garoto, que passava de bicicleta pela estrada de Wolfsburg. Ele freia o carro e, pelo retrovisor, viu o que havia feito, mas escolhe acelerar e partir, sem prestar socorro à vítima. Agora, Philipp vai ter que se resolver com a sua consciência.
Christian Petzold

É exatamente disso que o alemão Christian Petzold trata neste seu filme de 2003. Como lidar com sua consciência depois de ter ocorrido um fato que te deixou perturbado e que você, só você, pode se livrar desse fardo? E ainda por cima ter que passar por dificuldades no trabalho beirando sua demissão e transtornos em seu relacionamento conjugal. É com essas e outra armas que Petzold constrói este drama altamente poderoso. Diálogos curtos, melancolia, solidão, realismo e uma crítica sutil a sociedade capitalista contemporânea é o que você vai encontrar neste filme e na maioria dos outros filmes deste alemão que acabei virando fã.
“Acredito que as pessoas de alguma forma são criminosas – e assim são todos os protagonistas dos meus filmes – ou que têm uma existência duvidosa ou uma falsa identidade, mentem naturalmente. Mas são nestas mentiras que elas informam quais são seus anseios. É isso que me interessa.”, declarou o diretor em uma entrevista. Beno Furmann e Nina Hoss, a musa do diretor, estão em uma química perfeita. Os dois juntos dão um show de atuações. O poder do filme é grande e a todo tempo você quer onde aquela história irá parar. Wolfsburg chega a ser sufocante e frio em alguns momentos, mas você ainda consegue se apegar aos personagens, em seus sentimentos, em suas angústias. O cinema alemão dando um banho de cinema.