Formato: AVI (Xvid)
Áudio: Inglês
Legendas: Português
Duração: 111 min
Tamanho: 740MB
Servidor: 4Shared (3 Partes)
Links:
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Sinopse: Bonnie Parker, uma jovem aborrecida com a vida, anseia por uma mudança radical. Quando conhece Clyde Barrow, um criminoso que acaba de sair da prisão, apaixona-se e juntos dão início a uma espiral de assaltos, fugas e mortes, de Oklahoma ao Texas. Depressa a sua fama se estende a todo o país, e alguns chegam a mostrar orgulho de terem sido assaltados pela dupla de gansters românticos. Mas para as autoridades, a sua vida de crime deve ter um rápido ponto final…
Fonte: Sapo Cinema
The Internet Movies Database: IMDB - Nota Imdb 7.9
Áudio: Inglês
Legendas: Português
Duração: 111 min
Tamanho: 740MB
Servidor: 4Shared (3 Partes)
Links:
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Sinopse: Bonnie Parker, uma jovem aborrecida com a vida, anseia por uma mudança radical. Quando conhece Clyde Barrow, um criminoso que acaba de sair da prisão, apaixona-se e juntos dão início a uma espiral de assaltos, fugas e mortes, de Oklahoma ao Texas. Depressa a sua fama se estende a todo o país, e alguns chegam a mostrar orgulho de terem sido assaltados pela dupla de gansters românticos. Mas para as autoridades, a sua vida de crime deve ter um rápido ponto final…
Fonte: Sapo Cinema
The Internet Movies Database: IMDB - Nota Imdb 7.9
-Sobre o diretor-
Um dos inventores da Nova Hollywood.
Análise:
Eles eram jovens… eles se amavam… e assassinavam cidadãos.
Um dos inventores da Nova Hollywood.
Toda uma geração, dos que começaram a filmar
no final da década de cinquenta, está se despedindo. Da Europa, Claude
Chabrol e Eric Rohmer partiram no ano de 2010. Do outro lado do
oceano, na América, é a vez de Arthur Penn, geralmente lembrado como o
diretor do filme que solidificou a Nova Hollywood (Bonnie & Clyde - Uma Rajada de Balas [Bonnie e Clyde,
1967]). Arthur Penn nunca foi um cineasta revolucionário na acepção
mais ampla do termo, mas um grande diretor que soube acompanhar as
transformações do seu tempo e materializar nas telas o espírito crítico e
rebelde de uma geração inquieta movida pelas transformações de
costumes. Seus filmes não eram tão profundos e existencialistas como os
de Monte Hellman, nem radicalmente violentos quanto os de Sam Peckinpah,
tampouco se tornou um enfant terrible como esses dois
cineastas. A sua obra seguia a linha de outros companheiros de geração
(Sidney Lumet, John Frankenheimer, etc.), que trabalhavam como
profissionais tentando abrir as brechas do então rígido sistema de
estúdio no começo da década de sessenta e assim expressarem suas visões
particulares de mundo e de cinema.
Arthur Penn integrou o grupo teatral de Joshua Logan
(de destaque na Broadway), estudou no Actor’s Studio e se tornou um dos
diretores pioneiros na TV ao vivo da década de cinquenta. Sua reputação o
levou a dirigir na Broadway, e em seguida em Hollywood, onde estreou
com o curioso, mas frustrante Um de Nós Morrerá (The Left Handed Gun,
1958), um western com roteiro adaptado de uma peça de Gore Vidal em que
recontava a lenda de Billy The Kid, tranformando-o num rebelde sem
causa típico do cinema de delinqüência juvenil da época (do qual o
exemplo mais clássico é Juventude Transviada [Rebel Without a Cause,
1955], de Nicholas Ray). Um fracasso prejudicado em parte pela atuação
cheia de cacoetes e em começo de carreira de Paul Newman, ainda
preocupado em imitar Marlon Brando e James Dean. Penn voltou para a
Broadway e só teria uma segunda chance no cinema ao levar para as telas
um de seus êxitos teatrais, na adaptação de O Milagre de Annie Sullivan (The Miracle Worker,
1962), cujo sucesso serviu para impulsionar a sua carreira em
Hollywood, mas que visto hoje, em retrospectiva, é um filme um tanto à
parte do que Penn dirigiria nos anos seguintes.
O sucesso lhe permitiu rodar com total liberdade de criação o respeitado Mickey One (idem, 1965), um dos filmes mais nouvelle vague
produzidos na América, fortemente influenciado pelo movimento francês
na narrativa fragmentada e montagem jazzística, no ambicioso trabalho de
câmera e no clima improvisado, em torno do personagem-título encarnado
por Warren Beatty, que se define como "culpado de não ser inocente". O
desprezo com que o filme foi tratado coincidiu com os problemas durante
as filmagens do seu trabalho seguinte, Caçada Humana (The Chase,
1966), o que atrapalhou a repercussão do filme em seu lançamento. Uma
acachapante mistura de drama social com narrativa policial que traz um
painel crítico da falsa elegância do puritanismo da América em clima de
violência e intolerância, e possivelmente o melhor filme do diretor.
Esse inconformismo e mal-estar fatalista
acompanhariam os filmes seguintes do cineasta. Bonnie & Clyde
glamouriza os foras-da-lei e as figuras marginais combinando juventude,
humor, assassinato e selvageria com realce nos efeitos da representação
gráfica da violência (sempre com especial atenção às performances e ao
tempo das cenas), tendo uma repercussão na década de 1960 parecida com a
que Pulp Fiction: Tempos de Violência (Pulp Fiction, 1994) teria na de 1990.
Foram os seus filmes que abriram caminho para uma
nova geração de diretores norte-americanos que vieram das escolas de
cinema: Coppola, Scorsese, Lucas, Schrader, e tantos outros que
dominariam Hollywood na década de 1970. Penn ainda dirigiria alguns
outros filmes bastante significativos, como Deixem-nos Viver (Alice’s Restaurant, 1969) e o soberbo suspense policial Um Lance no Escuro (Night Moves, 1975). Entre os dois faria uma de suas obras mais populares, o faroeste revisionista Pequeno Grande Homem (Little Big Man,
1970), uma comovente e divertida desmistificação de algumas das
tradições do gênero, e que, na visão de muitos, apresenta uma clara
alegoria à Guerra do Vietnã. O diretor realizaria ainda um último
western, Duelo de Gigantes (The Missouri Breaks, 1976), curioso pelo encontro dos astros Marlon Brando e Jack Nicholson, mas de resultados discutíveis.
Se os anos 70 foram difíceis para os diretores da
geração de Penn, os 80 tornaram-se impossíveis. O cineasta passou por
alguns problemas na carreira, muito antes já havia abandonado as
filmagens de O Trem (The Train, 1964), concluído por John Frankenheimer, e em 1980 larga o projeto de Viagens Alucinantes (Altered States,
1980), assumido pelo maluco Ken Russell (que manteve a indicação de
Penn para encarnar o protagonista, o então estreante William Hurt). Seus
últimos filmes não marcaram época. Amigos Para Sempre (Four Friends,
1981) foi uma evocação nostálgica que cobre cerca de dez anos da vida
de um grupo de amigos (e vinte do protagonista vivido por Craig Wasson),
incluindo a loucura dos tempos do conflito do Vietnã. O reencontro com
Gene Hackman também resultou num grande desastre (o policial O Alvo da Morte [Target, 1985]), e alguns críticos elogiaram o thriller Morte no Inverno (Death of Winter,
1987) na época do lançamento, mas hoje ninguém mais se lembra do filme.
Seu último trabalho para o cinema foi um veículo que produziu para uma
dupla de comediantes famosa nos EUA (mas desconhecida no Brasil), Penn & Teller ─ Perseguidos por Acaso (Penn & Teller Get Killed, 1989), uma comédia de humor negro que brinca com os limites entre realidade e ficção, e que se tornou um cult reduzido em alguns círculos cinéfilos.
Mas o declínio de sua carreira não impediu que o
mundo reverenciasse a sua memória, pelos serviços prestados à sétima
arte, nessa data do seu falecimento. Quando olhamos a filmografia de
Arthur Penn o que fica é uma série de trabalhos excelentes nos anos
60/70. Não são todos os cineastas, antes ou depois dele, que podem se
orgulhar de uma série de filmes como essa. Análise:
Eles eram jovens… eles se amavam… e assassinavam cidadãos.
E mais do que tudo, o filme é
uma obra-prima de harmonização, na qual os atores e o cineasta estão
todos sincronizados, transitando seguramente entre a comédia e a
tragédia. Foi a primeira obra-prima que tive a oportunidade de assistir
na minha profissão. (Roger Ebert)
O filme policial Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas
(1967) conta de maneira romanceada a história real de Bonnie Parker e
Clyde Barrow, um jovem casal de assaltantes de banco e assassinos que
aterrorizaram os estados centrais dos Estados Unidos durante a Grande
Depressão. Foi idealizado e produzido pelo ator Warren Beatty, sob a
competente direção do cineasta Arthur Penn. O filme possui o mesmo tom e
a independência de Jules e Jim – Uma mulher para dois de François
Truffaut sobre amantes também condenados, sendo influenciado pela
nouvelle vague francesa.
Na sua pré-estréia no Montreal Film Festival, Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas
foi execrado pela crítica que via nele, além da violência, a
glorificação de uma dupla de ladrões e assassinos. O chefão da Warner
Bros odiou-o tanto, a ponto de relegá-lo a uma cadeia texana de
drive-ins. Foi lançado em 1967 e, no outono do mesmo ano, retirado de
circulação, arrasado pelos críticos, tendo tido apenas a crítica
favorável de Roger Ebert (hoje reconhecidamente o maior crítico de
cinema) que à época estava na profissão havia apenas seis meses. Ele
comentou sabiamente:
O filme é um marco na história do cinema dos EUA, um trabalho honesto e fulgurante e, daqui a alguns anos, Bonnie & Clayde – Uma Rajada de Balas será, sem dúvida, reconhecido como o melhor filme da década de 1960.
Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas
acabou sendo relançado e se transformou num dos maiores sucessos da
Warner Bros, para surpresa de seu aturdido manda-chuva Jack Warner,
recebendo dez indicações para o Oscar. Levou a estatueta de atriz
coadjuvante (Estelle Parsons) e a de fotografia (Burnett Guffey). A
vivacidade juvenil dos marginais agradou imensamente o público, que se
deliciou com sua mensagem antissistema. Os críticos, que torceram o
nariz para o filme, tiveram que mudar radicalmente de postura, tendo
muito deles se desculpado publicamente. O filme, inclusive, ajudou a
tirar os cinemas americanos do vermelho, tamanha foi a sua popularidade.
A história se passa no início dos anos
30, numa pequena cidade do interior do Texas. Começa com a garçonete
Bonnie Parker (Faye Dunaway) visivelmente aborrecida ao ter que se
preparar para mais um dia de trabalho. Ao chegar à janela de seu quarto,
depara-se com um homem estranho que observa o carro de sua mãe de uma
maneira duvidosa. Logo conclui que o moço está com a intenção de
roubá-lo. Ao travar conversa com o desconhecido Clyde Barrow (Warren
Beatty), esse lhe diz que acabara de sair da prisão por assalto. Bonnie
então o desafia a provar que realmente era capaz de fazer um roubo.
Imediatamente Clyde assalta uma mercearia, tendo os dois que saírem
correndo do local. Na fuga, eles roubam um carro e dão vida ao casal de
gângsteres Bonnie e Clyde. Tornam-se uma famosa dupla de fora-da-lei,
consagrada pela imprensa como populares assaltantes de banco, quando os
Estados Unidos eram atingidos pela Depressão. Mas, apesar da vida
marginal do casal, fica visível o desejo de Bonnie de se casar com Clyde
e viver perto de sua mãe já idosa, apesar das disfunções sexuais
apresentadas por ele.
O diretor Arthur Penn além de apresentar
um ritmo ágil e cenas sensacionais de ação, mistura no filme cenas que,
de certo modo, traduzem um olhar cômico sobre os filmes de gângsteres,
como as de tiroteios, com outras violentas nunca antes vistas no cinema,
como quando Clyde alveja um homem dependurado no estribe do carro em
que a gangue se encontrava. No filme também foram usados os squibs,
novidade na época, que eram pequenas cargas explosivas, algumas vezes
cheias de sacos de sangue artificial, camufladas sob a roupa dos atores,
que demonstram o impacto dos tiros. O filme é famoso tanto por sua
montagem acelerada quanto por suas rápidas mudanças do tom da narrativa,
passando rapidamente do humor para a violência mais exacerbada.
Fonte: Vírus da arte
Fonte: Vírus da arte
obrigada!
ResponderExcluir