Do lok tin si, 1995
Legendado, Wong Kar-wai
 
Formato: avi
Áudio: Min Nan, inglês, mandarim, cantonês, japonês 
Legendas: português
Duração: 1h 39 min.
Tamanho: 691 MB
Servidor: Uptobox (parte única)
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SINOPSE
"A estrada não é longa. Sei que logo 
        descerei da moto. Mas estou sentindo tanto calor agora...", narra 
        uma das personagens principais ao fim de Anjos Caídos, quinto 
        filme de longa-metragem de Wong Kar-wai. Essa fala, contudo, pode ser 
        a chave para a compreensão de toda a sua obra, baseada no instante, 
        no elemento fugaz do tempo, da impossibilidade de permanência de 
        qualquer coisa. Não por acaso, os fins são sempre recorrentes 
        em seus filmes: os fins de relacionamento, as mortes, as viagens... tudo 
        que denota movimento. E uma tal visão de mundo pede obrigatoriamente 
        essa estética apressada, artificial, da beleza superficial, que 
        já foi tantas vezes interpretada como esteticismo vazio por vários 
        críticos. O cinema de Wong repousa, ao contrário, numa lógica 
        da incompletude (o que é muito diferente de vazio), numa forte 
        tentativa de agarrar o mundo com os pés, ou de tentar prender um 
        pouco d'água com as mãos. Tudo sempre no fim escapa.
A imagem mais recorrente do filme também explica 
        muito da arte de seu diretor. É uma imagem de exterior, feita a 
        poucos metros da casa de um dos personagens. Do lado esquerdo da tela, 
        vemos a janela de um quarto (um quarto onde não se realiza um amor 
        desejado); do lado direito, a vista da janela, que dá para um trem 
        bala que, do alto, atravessa a cidade, a toda velocidade. Os personagens 
        de Wong são como esse trem-bala; só que a cidade eles têm 
        que cruzar por baixo, e é isso que causa todos os problemas. Eles 
        não têm começo nem fim, estão sempre em pleno 
        momento, obrigados a viverem nele, desgarrados obrigatoriamente de qualquer 
        raiz ou fim a alcançar. É o sentimento de toda uma geração 
        da qual Wong Kar-wai é o único representante no atual cenário 
        do cinema contemporâneo.
Anjos Caídos se estrutura a partir da vida 
        de quatro personagens, que compartilham suas emoções com 
        os espectadores através de uma voz off que isenta Wong de 
        realizar imagens naturalistas. Sim, não estamos no terreno do verossímil 
        – não, pelo menos, no verossímil comum dos filmes de 
        ficção. O diretor se dá uma liberdade (ajudado pela 
        hábil mão de Christopher Doyle, diretor de fotografia) que 
        poucos cineastas podem se dar; usa filtros estranhos, películas 
        de outra sensibilidade, fast-forwards, câmara lenta, luz 
        estourada, vídeo, etc. A fugacidade dos personagens é acompanhada 
        pela fugacidade das imagens. O filme se abre com a apresentação 
        do personagem de Leon Lau, um matador de aluguel que gosta de ter essa 
        profissão porque ele não precisa fazer decisão alguma. 
        Ele tem uma espécie de secretária/administradora (interpretada 
        pela ex-miss Michelle Reis) que, apesar de trabalhar com ele por exatos 
        155 dias, só o viu uma vez ou duas. Num outro canto da cidade de 
        Hong Kong, Ho, um jovem desempregado (Takeshi Kaneshiro), que ficara mudo 
        ao comer um abacaxi enlatado que havia passado da validade, arromba a 
        porta de lojas à noite para dar uma de vendedor. Ele acaba encontrando 
        (e se apaixonando) em uma de suas perambulações uma mulher 
        que vive ao telefone xingando uma tal loura que teria lhe roubado o namorado. 
        E é uma loura – coincidência? –, histérica 
        e espevitada, que acaba conhecendo e tendo um caso com o personagem do 
        matador. São essas quatro figuras os anjos caídos que nos 
        revelam as suas intimidades através dessas vozes off que 
        estruturam a narrativa do filme.
Fonte: Contracampo
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