In Film Nist, 2010
Mojtaba Mirtahmasb e Jafar Panahi
Formato: AVIAúdio: Iraniano
Legenda: Português
Duração: 74 minutos
Tamanho: 758 Mb
Servidor: Mega (Parte única)
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Parte única
SINOPSE
Um dia na vida do cineasta Jafar Panahi, que está preso em casa por meses a espera do resultado de sua sentença no tribunal de apelação.
TRAILER
ANÁLISE
Cinema à parte.
por Heitor Romero
O iraniano Jafar Panahi é um dos cineastas mais interessantes da nova geração, e com poucos filmes no currículo já conseguiu um destaque mundo afora que muitos autores mais experientes ainda não conquistaram. Isso porque a trajetória levada por cada trabalho seu para finalmente chegar aos circuitos de cinema é quase épica. O Irã é um dos países mais severos com relação à liberdade no cinema, e o resultado disso foi a condenação de Jafar a seis anos de prisão domiciliar, impedido de filmar. Seu mais recente trabalho, Isto Não é um Filme (In Film Nist, 2010), foi parar no Festival de Cannes graças a uma operação clandestina, em que um dos colaboradores do projeto, Mojtaba Mirtahmasb, conseguiu transportar em um pen drive o conteúdo sem levantar suspeitas. Agora o filme finalmente está disponível no circuito nacional, ainda que em poucas salas de exibição, trazendo consigo um manifesto de um artista oprimido por uma ditadura cega.
O mais interessante nesse trabalho de Panahi não é apenas o tom experimental que o próprio título denuncia, mas sim a ironia presente em seu conteúdo. Em plena era digital, onde qualquer pessoa portadora de um celular com câmera é capaz de gravar um filme qualquer, Jafar se vê preso em seu apartamento, impedido não por questões técnicas ou financeiras, mas sim por um regime religioso que parece não ter acompanhado a evolução de nosso tempo. Em um mundo onde fazer cinema está ao alcance de qualquer um, acompanhamos um cineasta brilhante preso pelo mais lamentável dos obstáculos. É a partir dessa triste constatação que nasce a essência de Isto Não é um Filme, um dos documentários mais incisivos dos últimos anos.
Trata-se de um trabalho de simples execução, que nos apresenta primeiramente a rotina do diretor, confinado em seu apartamento na cidade de Teerã. Depois de acompanharmos um pouco desse dia a dia, inclusive algumas conversas dele com sua advogada, Jafar finalmente propõe ao público uma atividade diferente. Se até o momento o que presenciamos foi um relato perturbador sobre um artista confinado em um lugar pequeno e cheio de ideais proibidos na cabeça, agora ele nos leva a acompanhar sua ideia de realizar um tipo de processo de “não filmar”. Delimitando espaços com fitas adesivas em seu pequeno ambiente, ele nos narra a história de uma moça iraniana que fica trancafiada em casa pelos pais e é impedida de frequentar a faculdade.
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