Norte, hangganan ng kasaysayan, 2013
Legendado, Lav Diaz
Áudio: filipino, tagalog e inglês
Legendas: português
Legendas: português
Tamanho: 4,07 GB
SINOPSE
Um homem é preso injustamente por assassinato, enquanto o verdadeiro
assassino segue livre. O assassino é um intelectual frustrado com o
ciclo interminável de traições e apatia do seu país. O prisioneiro é um
homem simples que começa a achar a vida na prisão mais suportável quando
algo de estranho e misterioso lhe acontece.
O primeiro filme em cores de Diaz em mais de uma década, trata-se de uma alegoria épica entre o bem e o mal filmada na região de Ilocos Norte, terra do ditador Ferdinand Marcos. Ao mesmo tempo em que é inspirado em Crime e Castigo, de Dostoévski, também é um filme bem filipino. O diretor afirma que os conflitos entre os personagens do filme representam divisões que ele vê em sua sociedade e nos próprios indivíduos, incluindo ele mesmo.
O primeiro filme em cores de Diaz em mais de uma década, trata-se de uma alegoria épica entre o bem e o mal filmada na região de Ilocos Norte, terra do ditador Ferdinand Marcos. Ao mesmo tempo em que é inspirado em Crime e Castigo, de Dostoévski, também é um filme bem filipino. O diretor afirma que os conflitos entre os personagens do filme representam divisões que ele vê em sua sociedade e nos próprios indivíduos, incluindo ele mesmo.
Fonte: 43mostra
CRÍTICA
Nos filmes de Lav Diaz, temos sempre a impressão que tudo começa após
o desastre. Há uma mácula inicial de ordem histórica intransponível da
qual o filme procura sempre dar conta, por mais impossível que sugere
ser a missão. Não será diferente com Norte, o Fim da História,
seu próprio subtítulo jogando as claras este processo. Trata-se de um
dos filmes mais enxutos e diretos do diretor, com o desastre surgindo
menos como um passado do qual não se pode escapar, mais como uma
alegoria. Se o cinema de Diaz sempre retorna até o governo ditatorial de
Ferdinando Marcos, aqui é a lógica fascista do pensamento do ex-ditador
– e como o cineasta gosta de lembrar sempre, o filme foi rodado em sua
cidade natal – para a qual o filme procura dar duras formas.
Norte se inicia como uma variação de “Crime e Castigo”, com um
jovem intelectual Fabian (Sid Lucero) se movendo aos poucos em direção
ao seu crime. Diaz e Lucero colaboram para tornar as longas sequências
em que Fabian expõe as suas ideias muito convidativas, a paciência do
cineasta e a eloquência do ator (assim como algumas reações muito bem
calibradas dos seus interlocutores) combinadas para torná-lo o mais
atraente dos muitos demagogos que se multiplicam ao longo dos filmes de
Diaz. Certamente não será acidente que a primeira fala dos filmes seja
Fabian declarando “esta é a nova politica”.
Pois Norte é um filme sobre o discurso e os terríveis efeitos
que ele pode ter. Um filme construído sobre o ato de Fabian de se mover
das suas palavras fortes para os efeitos destrutivos delas quando são
postas em prática. Quando Fabian declara “esta família está morta”,
sabemos desde sempre que o filme deixará claro que não se trata de
simples figura de linguagem. Não se sai impune do discurso aqui: a
linguagem existe sempre em função de justificar a violência sobre o
outro. Toda a lógica das palavras de Fabian é de justificar
ideologicamente uma recusa completo do outro. Ao fim, já não restam
palavras, só destruição. O projeto de Diaz fica mais claro justamente no
único momento em que o discurso falha e, no período em que Fabian sente
o peso da culpa após seu crime inicial, ele tenta e fracassa em se
confessar num culto religioso – sua frustração crescente diante da
impossibilidade de confessar é transformada em generalidades, como um
politico incapaz de fazer um discurso funcionar diante da necessidade de
uma não especificidade. Trata-se de um dos melhores momentos de
observação do filme.
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7.6 de 10 | 93% - 80% | 4 h 10 min | Trailer |
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Esse é muito bom!
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