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sábado, 16 de junho de 2012

MEU TIO - 1958

Mon oncle, 1958
Legendado, Jacques Tati
Classificação: Excelente

Formato: AVI
Áudio: francês
Legendas: Pt-Br
Duração: 117 minutos
Tamanho: 695 MB
Servidor: Mega (Parte única)


Sinopse
Em meio aos avanços da época, solteirão descontraído e vagabundo conquista a amizade do sobrinho mostrando as coisas simples da vida. Mas enfrenta os cuidados da irmã e do cunhado que querem vê-lo casado e trabalhando. Crítica à modernização e celebração das coisas simples que ainda podem existir nas grandes cidades. Meu Tio venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e o prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Cannes.

Fonte: Interfilmes
The internet movie database: IMDB - NOTA IMDB: 7.9


ANÁLISE

Todas as vezes que a campainha da casa da família Arpel é apertada, o chafariz em formato de peixe, disposto no meio de um geométrico jardim, é acionado. A fonte é desligada de acordo com a importância da visita. Assim é moldada a vida do casal Arpel e seu filho único, o pequeno Gérard, personagens do filme Meu Tio(Mon Oncle), de Jacques Tati (1908 - 1982).
Tati estabelece em Meu Tio uma crítica ao culto à modernidade tecnológica já vigente na década de 50. O título faz referência ao único membro da família que não se encaixa nessa mentalidade corrente na família Arpel: o simpático tio Hulot, interpretado pelo próprio Tati. Hulot, solteirão e desempregado, passa a ser admirado por seu sobrinho Gérard justamente por estar fora dos padrões impostos pela sociedade. E isso provoca, no decorrer da trama, uma crise de ciúmes em Charles, pai de Gérard.
Tio Hulot faz o contraponto da casa moderna da família Arpel: ele vive numa confusa periferia em que a ordem é estabelecida pelos próprios moradores. Sempre que Hulot vai visitar a irmã, atravessa as ruínas de um muro que representa a ruptura da cidade tradicional com a cidade moderna. De um lado, uma família em que a formalidade era levada aos extremos e, consequentemente, a monotonia surgia. Do outro lado a alegria de viver, mesmo com dificuldades. A ordem contra a desordem, modernidade contra o tradicional. Ao mesmo tempo, Tati coloca em questão os novos conceitos estéticos emergentes na Europa da década de 50.
O filme vai além de mostrar o moderno e o não-moderno: satiriza a interferência provocada pelas inovações tecnológicas dentro de uma casa - levadas a um caso extremo - no cotidiano das pessoas. Na casa da família Arpel, a cozinha tem o que havia de mais moderno na época, o portão principal abre sozinho e o design dos móveis é arrojado - e desconfortável. "Tudo se comunica", retruca a sra. Arpel quando repreendida por uma visita que atenta ao fato da casa ser extremamente vazia.
É, na realidade, a própria casa que dita as regras da família. As lajotas indicam onde se deve pisar, a mesa com guarda-sol mostra onde se deve almoçar, e onde se deve tomar o café após o almoço. A casa vigia e parece ter olhos, arquitetonicamente desenhados por duas janelas redondas no quarto do casal Arpel.
O barulho do abre e fecha dos aparelhos "modernos" é tamanho que faz a casa parecer uma verdadeira fábrica, o que é explícito no clímax do filme, numa cena em que o próprio casal não consegue estabelecer uma conversa por causa dos ruídos dos equipamentos. A relação em família se torna fria - e vazia - como a própria casa onde moram.
A modernidade é admirada pela família Arpel também fora da casa. Charles, o sr. Arpel, é dono de uma fábrica de plásticos. Nela, fica também evidenciada outra crítica pronunciada por Jacques Tati: a da nova sociedade industrial. O trabalho maçante e repetitivo dos funcionários, que dão ênfase às atividades sob os olhos do patrão.
Meu Tio é um dos cinco longametragens dirigidos por Tati entre 1949 e 1974. Além dele, As Férias de Monsieur Hulot (Les Vacances de Monsieur Hulot) também tem o mesmo sr. Hulot como personagem.
Na época do seu lançamento, Meu Tio teve pouco público na França: oito milhões de espectadores, contra os 14 milhões de As Férias do sr. Hulot (1952) e 10 milhões de Carrossel da Esperança (1947). Depois que foi distribuído fora do país, além de cultuado pela crítica, se transformou no filme mais conhecido de Jacques Tati. O filme venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e o prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Cannes, em 1958.
Com a modernidade sob questionamento e figuras estereotipadas, como o sr. Hulot, vigentes até hoje, Meu Tio é um dos poucos filmes que conseguem se manter atuais mesmo ao completar 45 anos. E assim continuará por muito tempo.

Fonte: comciencia

Screenshots






























































































































































9 comentários:

  1. Filme otimo.Só que a parte 4,é a mesma do torrent.

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  2. Ops, Muito obrigado pela observação. O link já está devidamente corrigido. Valeu demais pela observação.

    Hilarius

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  3. Já baixei o filme.É mesmo um filme maravilhoso.Não à toa foi vencedor do Oscar.Nem parece que foi feito em 1958.Parece bem posterior.Valeu mesmo.

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    1. Verdade. Esse filme é a vanguarda da época. O mesmo acontece com o nosso clássico O Bandido da Luz Vermelha, premiadíssimo no exterior, mas um tanto quanto esquecido e desprestigiado aqui no Brasil.

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  4. Maravilhosa comédia e crítica contundente à modernidade. Imagino se Tati estivesse presente, hoje, na era da informática, cuja realidade é muito pior do que a imaginada por ele.

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    1. Infelizmente, sou obrigado a concordar com você. A informática facilita a nossa vida, mas como tem gente imbecilizada por ela. A pessoa almoça com o celular, para ver o Whatsapp e o Face, anda na rua olhando para a maldita tela, igual idiota. Infelizmente, parte da humanidade ao invés de evoluir, regride.

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  5. Lindo filme! Adoro Jacques Tati!!! Conheci essa maravilha, através do Festival Jacques Tati, do EuroChannel. Super clássico!!! Ele dirigiu poucos longas, mas maravilhosos todos. PlayTime, Tempo de Diversão, As Aventuras do Sr. Hulot no Tráfego Louco, As Férias do Sr. Hulot. Amo todos!!!

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  6. valeu galera, tava precisando do filme

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