Importante

Para que o blog continue é fundamental que vocês deixem o filme compartilhando por pelo menos 3 vezes o tamanho do arquivo original. Se um arquivo tem o tamanho de 1gb, é importante que vocês deixem compartilhando até atingir 3gb. Isso ajudará a manter o arquivo com seeds (sementes) para que outras pessoas possam baixam os arquivos.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O MESTRE - 2012

The Master, 2012
Paul Thomas Anderson
Formato: AVI
Aúdio: Inglês
Legenda: Português
Duração: 137 minutos
Tamanho: 908 Mb
Servidor: Zippyshare
LINKS

SINOPSE
Homem carismático e inteligente cria uma organização baseada na fé que se torna popular no início dos anos 1950. Ele contrata o andarilho e alcoólatra Freddie Sutton como o seu braço-direito. Na medida em que a religião ganha adeptos, Sutton começa a questioná-la, bem como o seu fundador.
Fonte: Cineplayers


ANÁLISE

Paixão versus Razão. 

por Bernardo D. I. Brum

Cinco anos após Sangue Negro (There Will Be Blood, 2007), história que explorava a relação do homem com a terra onde pisa através da figura bruta e ameaçadora de Daniel Plainview, Paul Thomas Anderson volta em O Mestre (The Master, 2012), uma história tão característica de nossos tempos quanto aquela que o precedeu; parecendo suceder temporalmente a história, PTA troca a figura do self-made man pela confusa geração dos anos cinquenta, que cresceu em meio à Grande Depressão e lutou na Segunda Grande Guerra, encarnado na figura de Freddie Quell, um veterano da marinha americana que após o conflito mundial parece não encontrar seu lugar no mundo – uma premissa não muito diferente de Os Melhores Anos de Nossas Vidas (The Best Years of Our Lives, 1946), de William Wyler.

Porém, focado menos nas questões sociais, a viagem de Quell pelos Estados Unidos que não reconhece mais e que não é reconhecido pelo mesmo é muito mais introspectiva do que exteriorizada, o que acaba levando-o a encontrar Lancaster Dodd, um carismático líder religioso que fundou um culto conhecido apenas como A Causa – que, ao prometer através da hipnose regressiva fazer as pessoas se lembrarem de suas vidas passadas para se livrarem de seus males e doenças em sua atual encarnação, acaba seduzindo o desajeitado protagonista, alcoólatra e sujeito a surtos violentos. Freddie acaba se tornando um dos homens mais dedicados à causa através de seus longos, exaustivos e condicionantes rituais.

Não diferente de seus outros personagens ao longo de sua carreira, o protagonista de Joaquin Phoenix é um homem assolado por uma angústia interna, onde o choque com o mundo sempre deságua em obstinação e excessos por parte de personagens que, ainda que adultos, não conseguem lidar com a realidade e da relação nascida entre ela e seu ímpeto criativo e destrutivo irrefréavel. Seja Eddie Addams, que se metamorfoseia em Dirk Diggler para conquistar o mundo do pornô, seja Daniel Plainview, que constrói a imagem de um respeitado industrial e pai para construir seu império de petróleo, o desespero de seus personagens parte de sua própria obsessão irrefreável e sua frustração constante com organizações e estruturas maiores.

O Mestre se desenvolve de forma tensa e esquisita, amparado tanto pela trama narrada a conta-gotas, esmiuçando através de sua considerável metragem vários campos da personalidade de seu protagonista, quanto pela linguagem extremamente pessoal, apesar de referencial, de Paul Thomas Anderson, que descortina seus personagens não nos momentos de explosão, mas principalmente nos momentos solitários e de divagação; os primeiros minutos, senão fundamentais à trama, são essenciais em matéria de construção de personagem, e por consequência de atmosfera. Na enérgica atuação de Phoenix encontramos a voz comum e distinta do universo de seu filme; Freddie, por maior dedicação e paixão que tenha à Causa, jamais consegue se adequar, com o figurino e a expressão corporal abatida e “torta”, distinguindo-o dos demais seguidores da causa; a disfuncionalidade também pode ser percebida pelas melodias e harmonias foras de padrão da trilha sonora de Johnny Greenwood, do Radiohead, que cria uma nova e distinta sensação de anti-épico, perturbado e distorcido, como também se via em Sangue Negro.

O novo antagonista e de certa forma personagem-título da obra responde por Lancaster Dodd, interpretado por Philip Seymour Hoffman. Homem carismático, ele é a completa antítese do descontrolado Freddie, a ira e insatisfação em estado bruto; homem calculado, apesar de suas inseguranças e agústias que lhe provocam frequentes irritações, é amparado por Peggy Dodd, a  “grande mulher por trás do grande homem”: ela que encoraja, aconselha e suporta o líder da Causa. Os dois são unha e carne, cérebro e coração da organização; sua rigidez fanática constrói, ao longo do filme, um pequeno império de influência quando suas ideias encontram eco por burgueses novos-ricos. A reconstrução precisa de época revela-se extremamente necessária para que PTA possa expressar não apenas todos os rituais burgueses em plena ascensão, mas também da crise que tomava o pais no pós-guerra.

Continue lendo no Cineplayers






Um comentário:

  1. Paul Thomas Anderson é um dos diretores que mais admiro, assistir a seus filmes pra mim é uma obrigação. Embora não tenha gostado tanto do Mestre como obra de PTA, mas vale muito apena pela atuação absurda de Roaquim Phonix...

    Ah, e muito obrigado por manter tantos filmes bons online...

    ResponderExcluir

Política de moderação do comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários. Dessa forma, o Convergência Cinéfila reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética, ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Para a boa convivência, o Convergência Cinéfila formulou algumas regras:
Comentários sobre assuntos que não dizem respeito ao filme postado poderão ser excluídos;
Comentários com links serão automaticamente excluídos;
Os pedidos de filmes devem ser feitos no chatbox.

Att.,
Convergência Cinéfila