Nesse ano que mal começou, Bélgica, Burkina Faso e Turquia são alguns dos países que já sofreram atentados terroristas. Infelizmente, não é impossível pensar que ainda acontecerão mais alguns até o fim do ano. Para nós que moramos no Brasil, é um tanto difícil entender o fenômeno do terrorismo (e especialmente dos homens-bomba), sem recair num maniqueísmo do “nós contra eles” ou em teorias questionáveis como a do choque das civilizações, defendida pelo economista Samuel Huntington. Pensando em tudo isso, lembrei de como o filme “Paradise Now”, dirigido pelo cineasta palestino Hany Abu Assad, continua atual e nos ajuda a entender um pouco mais as matizes dessa questão.
O lançamento de “Paradise now”, em 2005, gerou muita polêmica. O filme conta a história de dois amigos, Khaled (Ali Suliman) e Said (KaisNashif), jovens palestinos que são recrutados para um ataque suicida na cidade de Tel Aviv, em Israel. A obra foi indicada ao Oscar de melhor longa metragem estrangeiro, sendo o primeiro filme palestino a concorrer na premiação. A indicação gerou bastante repercussão. Israelenses que perderam seus filhos em atentados de homens-bomba fizeram uma petição exigindo que o filme fosse desclassificado. Outra petição pediu à Academia do Oscar que o filme não fosse apresentado como Palestino, alegando que tal Estado não existiria. Mesmo com toda a polêmica, o filme continuou na disputa do Oscar, mas sofreu com a censura, já que grande parte das cadeias de cinema israelense evitou exibi-lo, temendo boicotes. A questão que se coloca a partir dessa polêmica é: Por que “Paradise now” gerou e ainda gera tanto incômodo?
Fonte: revistamoviement
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