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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Grande demais para quebrar - 2011

Too big to fail, 2011
Legendado, Curtis Hanson

Classificação: Excelente


Formato: AVI
Áudio: inglês
Duração: 98 min.
Tamanho: 700 MB
Servidor: Mediafire (4 partes)

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SINOPSE
 Para bem mais de 99% da humanidade, economia é um troço de difícil compreensão, assim como física quântica, ou sânscrito; mesmo para a parcela de bem menos de 1% que estudou economia a sério, não é um assunto simples. Assim, Grande Demais Para Quebrar/Too Big to Fail, de Curtis Hanson, não é propriamente um filme que se deixa ver com facilidade, como uma comedinha romântica ou um aventura de super-heróis.
Curtis Hanson (1945)
Ben Bernanke, o economista que presidia o Federal Reserve, Fed, o Banco Central americano, na época em que a ação se passa, e preside até hoje, diz lá pelas tantas, no filme, que passou toda a sua vida acadêmica tentando estudar e compreender os fatores que levaram à grande crise financeira iniciada em 1929, a origem da Grande Depressão, a maior crise da história do capitalismo.
Grande Demais Para Quebrar – uma beleza de produção, com um elenco cheio de grandes atores – tem a ousadia de retratar como se deu a grande crise financeira de 2008, aquela cujos efeitos perduram até hoje, e que só encontra paralelo com a de 1929.
É uma ousadia e tanto.
É mais ou menos como fazer um filme de ficção com Einstein como personagem central em que se tenta explicar a teoria da relatividade.
Imagino que quem não sabe absolutamente nada a respeito das origens da crise – e de como, à semelhança do dominó, ou de uma bola de neve que vai rolando montanha abaixo, o que começou como uma bolha no mercado imobiliário americano foi levando à quebra de bancos, até ameaçar destruir todo o sistema financeiro do país mais rico do mundo – continuará sem entender coisa alguma, depois de ver o filme. Aqueles bem menos de 1% que entendem de economia certamente terão mais motivos que o resto da humanidade para apreciar o filme.
Aqueles que têm absoluta certeza de tudo, que têm posições firmes, monolíticas, imutáveis, aconteça o que acontecer, para estes é simples: os bancos deveriam ser todos estatais, assim como deveriam ser estatais todas as fábricas, as plantações; o capitalismo é o mal em si, vive em crises cíclicas e vai se destruir, permitindo finalmente nossa chegada gloriosa ao paraíso comunista.
Deve ser confortável ter certezas firmes, monolíticas, imutáveis.
Mas vamos em frente.

O filme parte do princípio de que o espectador tem as informações básicas a respeito do episódio que está sendo mostrado. Assim, a ação do filme começa em maio de 2008, quando a bolha imobiliária já havia estourado, e vai até setembro do mesmo ano, até os dias apavorantes após a falência do Lehman Brothers, o quinto maior banco de investimento dos Estados Unidos, quando havia indicações de que o quarto e o terceiro também poderiam quebrar, arrastando, como um tsunami, todo o sistema financeiro.
As informações sobre os acontecimentos anteriores a maio de 2008 são despejadas rapidamente, através de reproduções de trechos do noticiário de TV, ao mesmo tempo em que são apresentados os créditos iniciais, os nomes dos diversos bons atores surgindo como nas telas dos terminais das agências de notícias que dão informações e cotações em tempo real, tipo Reuters, Bloomberg ou, no Brasil, a Broadcast da Agência Estado. Despejam-se ali, então, sobre a cabeça do espectador, como se fossem gotas d’água caindo das Cataratas do Iguaçu, além dos nomes dos atores e da equipe técnica, flashes a respeito da bolha imobiliária e seu estouro – e mais considerações sobre a falta de regulamentação do mercado financeiro, que permitiu que a situação chegasse àquele ponto.
Basicamente, bem basicamente, em termos leigos, de quem não entende patavina alguma de física quântica, sânscrito e economia, o que houve foi que, durante as duas administrações Bill Clinton, entre janeiro de 1993 e janeiro de 2001, os Estados Unidos tiveram um período de crescimento, com desemprego relativamente baixo e as contas do governo federal em dia. Com emprego, milhões de americanos compraram imóveis, reformaram imóveis; os bancos iam emprestando dinheiro a rodo; os preços dos imóveis foram inflando feito balões de gás; sem regulamentação, sem regras, selvagemente, os bancos foram criando novos produtos a partir das hipotecas, e vendendo papéis e obtendo lucros fabulosos, absurdos, irreais – uma bolha inflada.
O problema das bolhas é que um dia elas estouram.
Veio o governo George W. Bush, veio o 11 de setembro, vieram os gastos biliardários do governo com as guerras no Afeganistão e no Iraque – e plóft, a bolha estourou.
É quando começa a ação do filme. A narrativa se centra inicialmente em Richard Fuld, o CEO do Lehman’s Brothers, interpretado por James Wood. O Lehman’s estava atolado de papéis que de repente perdiam o valor – e as ações do banco não paravam de despencar. Fuld pede ajuda a Henry Paulson (o papel do grande William Hurt), ex-CEO da concorrente Goldman Sachs, e naquele momento secretário do Tesouro – o equivalente ao nosso ministro da Fazenda.
E a partir daí a narrativa ficará focada em Paulson, sua equipe, seus auxiliares diretos, as pessoas com quem ele tem contato, como Ben Barnacke, o presidente do Fed (ele é interpretado maravilhosamente por Paul Giamatti, que está fisicamente muito parecido com o personagem da vida real), os representantes da SEC, a CVM, Comissão de Valores Mobiliários deles, e os presidentes dos demais maiores bancos americanos, o JP Morgan, o Citi, o Bank of America, o bilionário investidor Warren Buffett (Edward Asner).

Nenhum desses personagens – as pessoas que estiveram no olho do furacão, no momento em que a bolha imobiliária estourou – é descrito, no roteiro de Peter Gould (com base no livro de Andrew Ross Sorkin) e no trabalho de direção do sempre ótimo Curtis Hanson, como mau caráter, mal intencionado ou abertamente incompetente. Claro, os banqueiros são banqueiros: tinham se aproveitado do bom momento da economia, enchido o rabo de dinheiro até não mais poder, e não queriam perder nada; um ou outro se mostraria disposto a – no máximo – entregar um anelzinho para não perder os demais anelões.
Mas ninguém no governo manobra em benefício próprio, ou de um grupo. Mostra-se que havia críticas a Paulson exatamente pelo fato de ele ter sido CEO do Lehman’s, e, portanto, ter sido contra qualquer tipo de regulação do mercado. Mas mostra-se que Paulson não fez nada para tentar beneficiar nem o Lehman’s, nem qualquer outro banco, nem a si próprio.
O secretário do Tesouro americano que o filme constrói e mostra é um profissional de mercado experiente, que tenta fazer o que é possível, que se esforça, passa noites em claro, não consegue dormir – mas é simplesmente incapaz de qualquer ação que contenha o estouro da boiada. Porque quando a boiada estoura ninguém e nada consegue contê-la. Se em vez de Ben Bernacke fosse presidente o Fed o incensado Alan Greenspan, se em vez de Henry Paulson o secretário de Finanças fosse qualquer grande sumidade, se houvesse um gabinete de guerra com 37 Prêmios Nobel de Economia reunidos, não seriam capazes de conter o estouro da boiada, uma vez iniciado o estouro.

Análise retirada do site 50anosdefilmes
The Internet Movie Database: IMDB




Um comentário:

  1. Oh, achei complicado só por causa dos termos economicos e das situações históricas que devem ser conhecidas pelo expectador, para uma compreensão com mais clareza do filme. Fora isso, não teve nada que acrescentasse muito, segundo eu entendi, não teve nenhuma crítica contundente sobre nenhum ponto específico e nem o apontamento de alguma solução. Eu interpretei que foi apenas a descrição, sob um ponto de vista fictício, sobre como foi a reação do governo(principalmente o secretaria do tesouro) e das empresas diretamente envolvidas com a crise, no sentido de resolve-la(cada um segundo seus interesses). E a conlclusão, no final, foi que para manter o sistema finaceiro vivo, seria necessário manter a economia funcionando, com a intervenção direta do Estado injetando capital, consequentemente concentrando mais renda e poder em mãos dos bancos, apesar do fato de aquele naturalmente retornar através de uma parcela menor para população, em forma de novos créditos e outras maneiras( que aí eu não capitei como, ou não falaram!).

    Foi assim que eu compreendi, mas como eu disse em outros posts se não tiver nada haver, falem por favor!:)

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