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quarta-feira, 29 de maio de 2013

HISTÓRIAS QUE SÓ EXISTEM QUANDO LEMBRADAS - 2011

Histórias Que Só Existem Quando Lembradas, 2011
Júlia Murat

Formato: AVI
Aúdio: Português
Legenda: Português
Duração: 96 min.
Tamanho: 700 MB
Servidor: Dropbox

LINKS:

SINOPSE
Na cidade fantasma de Jotuomba, onde o tempo parece ter parado, a rotina de Madalena é interrompida pela chegada da jovem fotógrafa, Rita. Esta é uma silenciosa e delicada fábula sobre o tempo e a memória.
Fonte: Cineplayers


ANÁLISE

Enquadrar.

por Thiago Brito

Em Histórias que Só Existem Quando Lembradas, duas coisas são importantes: de um lado, o desejo de reclusão; do outro, a necessidade (e não a vontade) de encontrar seu lugar no mundo; de, enfim, pertencer. Os dois pontos não são mutuamente exclusivos, mas se interpenetram e lançam um sem número de questões e dúvidas, que muitos filmes brasileiros aparentemente procuram resolver. No caso de Histórias..., a característica reclusiva da pequena cidade nos indica que, para resolver o segundo ponto, uma aposta é feita ao outro lado da moeda: saímos do grande centro, e rumamos para o interior. Se a cidade grande se tornou sufocante, uma mixórdia indistinta de referências e signos, e sua opulência, mais do que criar uma diversidade de vielas, abarrotam ou bloqueiam a vista, a "fuga" para um interior cada vez mais interior, mais recluso e esquecido, aparece como um horizonte em branco, um espaço onde possivelmente alguma coisa possa permanecer, fincar e então desenvolver-se. O interior, assim, renasce como possibilidade de renovação, um espaço que se transfigura de um passado atrasado, para um presente vivificante. 

Um dos pontos mais interessante do filme de Julia Murat vai exatamente na perspectiva clara de que a viagem não é tão interessante quanto o ponto de chegada. Ou melhor, se por uma década a estrada se apresentou como um espaço de sobrevivência para uma boa parcela dos filmes brasileiros, ou pelo menos experiência, estamos agora diante de um filme que quer chegar e se alojar, de uma personagem que não quer, como Rita mesmo coloca, fingir pertencer a um lugar que não pertence. Sua viagem tem um desafio e um objetivo: voltar a pertencer, encontrar, ao invés de uma imagem fantasmática da vida, ao invés de um fluxo eterno de sensações, também a necessidade de se acomodar em um espaço, em uma comunidade, entrar em comunhão. E, para atingir este objetivo, é pedido a Rita que force seu caminho dentro daquela comunidade, que incomode sensivelmente seu cotidiano e procure um contato efetivo. Então, note: este contato não pode, em absoluto, se dar de forma indireta, afastada; a personagem deve se apresentar integralmente - isto é, não pode fingir gostar do que não gosta, ou ser da maneira que não é. Taí, uma radicalidade maravilhosa: se é pra encontrar um espaço ou comunidade onde se decida viver, é preciso fazê-lo integralmente, sem falsas modéstias ou admiração maravilhada. Em um sentido, é o que faria da viagem da personagem não uma fuga, mas um ato corajoso.

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