Még kér a nép, 1972
Legendado, Miklós Jancsó
Classificação: Bom
Formato: AVI
Áudio: húngaro e inglês
Duração: 87 min.
Tamanho: 700 MB
Servidor: Mega (Parte única)
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SINOPSE
Trabalhadores rurais da Hungria pós-guerra querem o direito a dignidade. Através de idéias socialistas e muita música, vão lutar pelo direito de serem verdadeiramente livres. Um dos mais belos filmes pró-socialismo já realizados. Obra de destaque do excepcional cineasta húngaro Miklós Jancsó.
Fonte: Cineplayers
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 6.8
ANÁLISE
1898. Em uma pequena Comuna da Hungria trabalhadores entram em greve. A carta de Friedrich Engels lhes sussurra palavras de apoio e esperança. A luta de classes se expressa nos corpos, nas roupas, nas danças, nos instrumentos e nas músicas do proletariado e da burguesia.
Planos seqüência longuíssimos mostram o balé do conflito. O que vemos não é a estetização da política, mas a politização da estética. As formas do filme coincidem com o igualmente revolucionário conteúdo. As preces entoadas impulsionam as forças messiânicas/revolucionárias da luta contra a opressão.
O filme O Salmo Vermelho resgata algo que havíamos quase que esquecido em épocas de tempos fugazes: A potência da história à contra pelo. Contra pelo em sua concepção, em sua forma e em seu conteúdo.
A história da luta dos trabalhadores já não é mais atrativa ao público do cinema, em verdade a história da luta de classes já não faz mais sentido para nós, sujeitos mergulhados na fetichização mercadológica. Não queremos saber das lutas, dos conflitos, mas simplesmente das compras e do status social.
Trazer à tona este filme, escavado arqueologicamente nos escombros do espetáculo, é rememorar um passado de lutas que têm inicio desde o nascimento da Modernidade em 1492 com a invasão européia no que se chama América hoje se estendendo até a busca da comunidade experimental utópica dos sem comunidade nos anos 1960 e 1970. Porém, esse filme não é apenas rememoração das lutas anteriores, mas também a tentativa de ressuscitar do passado aqueles que estão prostrados no chão impedindo o saque de seus bens culturais.
Hoje vemos uma produção cinematográfica que, constantemente, se aproveita da miséria daqueles que estão excluídos da maquina de moer carne capitalista. Drogas, favelas, ação policial, políticos corruptos e muito mais invadem a tela do cinema brasileiro. A história dos vencidos deixa de ter um sentido revolucionário como antes se tinha nas lentes de Nelson Pereira dos Santos em Rio 40º e passa a ser a vedete do mercado com Tropa de Elite 2 com um público de 6,2 milhões de espectadores, deleitando assim o gosto mórbido da massa acrítica cinéfila.
Enquanto isso filmes como O Salmo Vermelho, e até mesmo alguns do Cinema Novo e Cinema Marginal, são tragados pelo buraco negro do esquecimento. Portanto, o trabalho de citar esses filmes não é somente a busca da rememoração de estéticas e conteúdos alternativos, mas também um impulso poético-político que visa a reparação do silenciamento dessas outras cinematografias fazendo com que se insurjam contra seu próprio tempo, interrompendo, por um momento, o cortejo triunfal dos vencedores.
Planos seqüência longuíssimos mostram o balé do conflito. O que vemos não é a estetização da política, mas a politização da estética. As formas do filme coincidem com o igualmente revolucionário conteúdo. As preces entoadas impulsionam as forças messiânicas/revolucionárias da luta contra a opressão.
O filme O Salmo Vermelho resgata algo que havíamos quase que esquecido em épocas de tempos fugazes: A potência da história à contra pelo. Contra pelo em sua concepção, em sua forma e em seu conteúdo.
A história da luta dos trabalhadores já não é mais atrativa ao público do cinema, em verdade a história da luta de classes já não faz mais sentido para nós, sujeitos mergulhados na fetichização mercadológica. Não queremos saber das lutas, dos conflitos, mas simplesmente das compras e do status social.
Trazer à tona este filme, escavado arqueologicamente nos escombros do espetáculo, é rememorar um passado de lutas que têm inicio desde o nascimento da Modernidade em 1492 com a invasão européia no que se chama América hoje se estendendo até a busca da comunidade experimental utópica dos sem comunidade nos anos 1960 e 1970. Porém, esse filme não é apenas rememoração das lutas anteriores, mas também a tentativa de ressuscitar do passado aqueles que estão prostrados no chão impedindo o saque de seus bens culturais.
Hoje vemos uma produção cinematográfica que, constantemente, se aproveita da miséria daqueles que estão excluídos da maquina de moer carne capitalista. Drogas, favelas, ação policial, políticos corruptos e muito mais invadem a tela do cinema brasileiro. A história dos vencidos deixa de ter um sentido revolucionário como antes se tinha nas lentes de Nelson Pereira dos Santos em Rio 40º e passa a ser a vedete do mercado com Tropa de Elite 2 com um público de 6,2 milhões de espectadores, deleitando assim o gosto mórbido da massa acrítica cinéfila.
Enquanto isso filmes como O Salmo Vermelho, e até mesmo alguns do Cinema Novo e Cinema Marginal, são tragados pelo buraco negro do esquecimento. Portanto, o trabalho de citar esses filmes não é somente a busca da rememoração de estéticas e conteúdos alternativos, mas também um impulso poético-político que visa a reparação do silenciamento dessas outras cinematografias fazendo com que se insurjam contra seu próprio tempo, interrompendo, por um momento, o cortejo triunfal dos vencedores.
Análise retirada do site Midiaindependente
Para mim esse filme é arte e beleza. Eu não entendo o suficiente de cinema para me pronunciar sobre os aspectos técnicos ou outro, mas a verdade é que se vê esse filme muito visualmente, como uma dança que verga o mal, que redime o oprimido, que liberta mais que as armas e o poder. Beleza húngara, europeia e mundial.
ResponderExcluirAchei maravilhoso. Os planos sequência são incríveis! Fiquei muito impressionada com os movimentos da câmera. Adorei a cor do filme. Adorei. Já questão ideológica é como foi dito: hoje as pessoas se renderam ao poder e ao fascínio do dinheiro em espécie. Nesse sentido o pai nosso que é rezado no filme é uma pérola.
ResponderExcluirAchei maravilhoso. Os planos sequência são incríveis! Fiquei muito impressionada com os movimentos da câmera. Adorei a cor do filme. Adorei. Já questão ideológica é como foi dito: hoje as pessoas se renderam ao poder e ao fascínio do dinheiro em espécie. Nesse sentido o pai nosso que é rezado no filme é uma pérola.
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