Ukigusa, 1959
Legendado, Yasujiro Ozu
Formato: AVI
Áudio: japonês
Legendas: Pt-Br
Duração: 119 min.
Tamanho: 1,36 GB
Servidor: Mega (Parte única)
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Parte única
SINOPSE
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Parte única
SINOPSE
Companhia japonesa de teatro kabuki aporta numa pequena ilha de pescadores. Komajuro (Ganjirô Nakamura), um dos fundadores do grupo, passa a frequentar todos os dias a casa de sua antiga amante, Oyoshi (Haruko Sugimura), dona de um bar e mãe de Kiyoshi (Hiroshi Kawaguchi).
Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 7.8
ANÁLISE
Um filme singelo e especial de um dos melhores diretores japoneses de todos os tempos, Yasujiro Ozu. |
Yasujiro Ozu é famoso por filmes cujos temas, em geral, não variam muito. Sempre retratando a família japonesa vivendo a dualidade do lado amargo e doce da vida, especialmente em seus trabalhos pós-guerra, seus filmes são um bom exemplo da mentalidade de Truffaut, de que só fazemos um filme na vida, e o resto dela passamos refilmando-o de diversas maneiras. Ozu chega até a fazer releituras de alguns de seus filmes (comoBom-dia e Dias de Outono, que são levemente baseados em Eu nasci, porém... e Pai e Filha), mas apenas um deles pode ser classificado como uma refilmagem, e este é Ervas Flutuantes.
Yasujiro Ozu
Baseado no seu clássico de 1934, Uma História sobre Ervas Flutuantes (Ukigusa Monogatari), este filme conta a estória de uma companhia de atores de teatro kabuki que, durante suas excursões pelo Japão, resolve aportar numa pequena ilha de pescadores. A figura central do filme é Komajuro, um ator de meia-idade que foi um dos formadores da companhia. Quando chega na ilha, ele passa a ir todos os dias visitar uma antiga amante, Oyoshi, que é dona de um bar de saquê. Há anos tiveram um filho juntos, Kiyoshi, que acabara de se formar na escola e foi trabalhar nos correios. Porque Komajuro sempre foi um ator viajante e apenas esporadicamente estava presente, ele e Oyoshi sempre esconderam de Kiyoshi a identidade do pai, dizendo que ele era apenas um tio e que o pai de verdade dele tinha morrido há muito tempo. O velho ator, vendo como seu filho cresceu, tornando-se uma pessoa de bem e estudiosa, aproveita esta oportunidade na ilha para conhecê-lo melhor, passando então a maior parte do tempo fora. Isso atiça a curiosidade de Sumiko, sua atual amante e principal atriz da companhia, que acaba descobrindo sobre a família secreta do mestre e, louca de ciúmes, contrata uma jovem e bela atriz da companhia para seduzir Kiyoshi, afim de afastá-lo do caminho dos estudos que seu pai sempre sonhou para ele.
Bem mais intenso e melodramático que os outros filmes pós-guerra de Ozu (devido à sua influência do original silencioso), Ervas Flutuantes é um retrato de uma família pouco convencional à beira do colapso. Evitando um maniqueísmo quase convencional em famílias perturbadas, Ozu transforma todos seus personagens em figuras complexas e, por mais que reprovemos suas atitutes, todas têm uma razão de ser. Entendemos os motivos pelo ciúme de Sumiko, assim como a ira de Komajuro ao ver o filho ser "desvirtuado" ao levar adiante o romance com Kayo. Aliás, essa relação de pai e filho é um dos pontos mais interessantes da trama. O velho mestre já se aparenta amargurado por não ter tido a chance de ver o filho crescer e de ser tratado como um mero tio, e até o seu único consolo - de que o filho se tornasse um homem estudioso e não acabasse como ele - acaba voltando-se contra ele, quando o erudito Kiyoshi critica a sua atuação como muito exagerada e sem profundidade. Ainda assim, percebemos sua tristeza ao constatar que Kiyoshi fugiu com Kayo: "- Eu achava que meu filho fosse mais inteligente, mas ele é que nem eu". E, na sua angústia em corrigir o comportamento do filho, acaba agredindo tanto ele quanto a Kayo, numa inversão de valores de que ele logo se arrepende, contastando que não tinha direito de exigir autoridade paternal depois de uma vida inteira de ausência. Sua total preocupação com o filho acaba trazendo efeitos para a sua companhia também. Depois de um longo período parados na ilha, com suas apresentações diárias cada vez mais vazias (devido ao fato de estarem numa ilha tão pequena), o empresário da trupe vai embora, e um dos atores foge com vários equipamentos e dinheiro, deixando a companhia falida.
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Ozu é foda! Tudo dele vale a pena.
ResponderExcluirMuito obrigado!
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