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terça-feira, 14 de junho de 2016

A HARPA DA BIRMÂNIA - 1956

Biruma no tategoto, 1956
Legendado, Kon Ichikawa
Clique na imagem para ver o trailer
Formato: AVI
Áudio: japonês/inglês
Legendas: português
Duração: 1h 56 min.
Tamanho: 1,36 GB
Servidor: 1Fichier 

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SINOPSE
Após a Segunda Guerra Mundial, alguns japoneses não acreditaram que o país deles perdeu e continuaram a lutar mesmo depois do cessar-fogo. Assim, uma tropa, liderada por um capitão apaixonado por música, e que ensinou seus comandados a cantar, entrega as armas para os ingleses já quase na fronteira com a Tailândia depois de terem notícias do fim da guerra. A um dos soldados, o harpista, é delegado uma tarefa inglória: subir até uma montanha nas redondezas e convencer os demais soldados a abandonarem os postos e se entregarem. Chegando lá, é mal compreendido (acusado de traição) e, frente à continuação dos ataques, são todos massacrados pelos canhões britânicos. O harpista escapa roubando as roupas de um monge.

Fonte: Filmow
The internet movie database: IMDB - NOTA IMDB: 8.1

ANÁLISE

Um pouco da carreira do diretor Kon Ichikawa através desse seu belíssimo filme anti-bélico.
Considerado um dos clássicos do cinema japonês da década de 50, A Harpa da Birmânia, de Kon Ichikawa, tem um aperitivo a mais para quem o vê hoje, após o lançamento no Brasil do livro-reportagem “Corações Sujos”, do jornalista Fernando Morais. A trama é parecida: alguns japoneses não acreditam que o país deles perdeu a II Guerra Mundial (alguns nem sequer consideravam as notícias sobre a bomba atômica) e continuaram a lutar mesmo depois do cessar-fogo. O livro de Morais relata como os japoneses que haviam imigrado para o Brasil continuaram a luta por anos.

No caso de A Harpa da Birmânia, uma tropa, liderada por um capitão apaixonado por música, e que ensinou seus comandados a cantar, entrega as armas para os ingleses já quase na fronteira com a Tailândia depois de terem notícias do fim da guerra. A um dos soldados, o harpista, é delegado uma tarefa inglória: subir até uma montanha nas redondezas e convencer os demais soldados a abandonarem os postos e se entregarem. Chegando lá, é mal compreendido (acusado de traição) e, frente à continuação dos ataques, são todos massacrados pelos canhões britânicos. O harpista escapa roubando as roupas de um monge.
Ichikawa fez parte de um grupo de cineastas japoneses que, nos anos 50 e 60, ajudaram a projetar o cinema do país em todo o mundo ao modernizar a maneira de filmar, associando técnicas narrativas ocidentais e abandonando as tradicionais formas de interpretação dos atores, vindas do teatro kabuki e Nô. São os chamados “sete samurais” do cinema, referência ao filme de Akira Kurosawa, ele próprio um dos cavaleiros – os demais são, além de Kurosawa e Ichikawa, Mikio Naruse, Masaki Kobayashi, Hiroshi Teshigahara, Hideo Gosha e Kihachi Okamoto.

O que fez de A Harpa da Birmânia um filme clássico no Ocidente, além das inovações técnicas, é mesmo a cativante história do harpista desgarrado de seu grupo que, quando tem oportunidade de se juntar a eles novamente, face ao terror da guerra, opta por tornar-se um monge budista e cultuar a memória dos mortos. Sozinho, ele queima e enterra boa parte de seus conterrâneos que estavam sendo devorados ao léu pelas aves de rapina. Ele lhes dá um fim digno, apesar de ter sido humilhado e quase morto por eles. O roteiro é de Natto Wada, mulher de Ichikawa, que escreveu o roteiro de seus melhores filmes até 1965.

Numa das mais belas cenas do filme, ele encontra, na beira de um rio enlameado, pilhas de corpos levados pela correnteza. Cabe ao soldado enterrar a todos e ainda ensinar um menino tailandês a tocar a harpa, para que ele tirar da música o seu sustento. Enquanto isso, sua tropa original acredita na sua sobrevivência e espera pela sua volta, enquanto aguarda o dia de voltar ao Japão e começar a reconstrução do país.

Kon Ichikawa já tem no currículo mais de 100 filmes. Aos 91 anos, ainda continua na ativa, filmando pelo menos um filme a cada dois anos. As obras de Ichikawa, apesar da produção em escala industrial, têm sempre um toque pessoal: ele, realizador sensível, nunca deixa de imprimir seu inigualável olhar humanista, caloroso, em todos os filmes, sejam eles aventuras, romances ou painéis históricos.

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