Importante

Para que o blog continue é fundamental que vocês deixem o filme compartilhando por pelo menos 3 vezes o tamanho do arquivo original. Se um arquivo tem o tamanho de 1gb, é importante que vocês deixem compartilhando até atingir 3gb. Isso ajudará a manter o arquivo com seeds (sementes) para que outras pessoas possam baixam os arquivos.

quinta-feira, 7 de março de 2013

O VÍDEO DE BENNY - 1992

Benny's video, 1992
Legendado, Michael Haneke

Classificação: Bom

Formato: AVI
Áudio: alemão 
Duração: 105 min.
Tamanho: 700 MB
Servidor: Mega (2 partes: 350 MB + 350 MB)

LINKS


SINOPSE
O filme segue a trajetória lenta, mas inevitável, de violência na vida de Benny (Arno Frisch), um rapaz alienado mas extremamente inteligente, obcecado com imagens violentas. Ele assiste a filmes de horror no seu quarto, sob a indiferença dos pais - que se orgulham de proporcionar a ele liberdade. O vídeo preferido de Benny é o da matança de um porco que ele mesmo filmou. Benny assiste a esse vídeo por vezes seguidas, em câmera lenta, estudando cada fase do ato violento. Ele então encontra uma menina numa locadora do bairro e a convida para casa para mostrar a ela alguns de seus vídeos. Depois de mostrar o vídeo da matança do porco, Benny mostra à menina a arma usada no sacrifício. Então, com a câmera ligada e a filmar, mata a garota. Sem nenhuma emoção, assiste em seguida o vídeo.

The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB 7.2


A GENIALIDADE QUE PERTURBA
Autor: Pedro Garcia

A crítica social e a análise psicológica são os dois principais pilares de sustentação da obra de Michael Haneke. O primeiro está presente de forma poderosa em filmes como Código Desconhecido (2000) e O Tempo dos Lobos (2003). Já o segundo carrega títulos marcantes como A professora de piano (2001) e Caché (2005). Talvez o grande diferencial de uma produção anterior, O Vídeo de Benny (1992), a segunda de sua filmografia, seja a forma inteligente como o diretor soube unir esses dois elementos. 


Aqui, narra-se a história de um adolescente (Arno Frisch) que mantém uma relação distante com os pais, interpretados por Angela Winkler e Ulrich Mühe, este em sua primeira parceria com Haneke - mais tarde, faria O castelo (1997) e Violência gratuita (1997). O jovem passa a maior parte do tempo sozinho em seu quarto escuro, alimentando o vício em televisão e vídeos, violentos em sua maioria. Em um final de semana em que os pais viajam, Benny leva para casa uma garota (Ingrid Stassner) que acaba de conhecer. Após mostrar a ela uma de suas imagens favoritas, do abate de um porco, acaba matando-a com a mesma pistola de ar comprimido usada contra o animal. 


A questão social está evidente. Fica claro que o comportamento agressivo do rapaz é diretamente influenciado pela espetacularização da violência na mídia, e pela negligência dos pais. Porém, ainda que visível, o problema aparece apenas por trás. O que o filme busca, em primeiro plano, é mergulhar fundo na mente de Benny. Por isso, a maior parte dele se dedica a seguir os passos do jovem. 

Mais do que as cenas de violência, o que realmente espanta na exploração desse universo confuso é a frieza: no relacionamento da família, na postura de Benny após o assassinato, na reação dos pais quando descobrem o ocorrido, na atitude do garoto no desfecho final. A frieza é o ponto visceral, brilhantemente explorado pelo diretor, e o que faz desta uma produção forte e envolvente como poucas conseguem ser. 

É comum se ouvir dizer que os filmes de Haneke são apenas "para quem tem estômago". O Vídeo de Benny é a prova maior de que a sentença não se mostra exagerada. Mas aqui, o incômodo não toma base em seqüências regadas a sangue ou pancadas e, sim, na inteligente análise crítica de uma personalidade e, acima de tudo, de uma sociedade. 

Análise retirada do site Cinerevista

Você também do texto "O método de Benny: olhar, mostrar e narrar a morte", de autoria André Keiji Kunigami




Um comentário:

  1. Já aprendi minha lição com o Michael Haneke. Obrigado por postar!

    ResponderExcluir

Política de moderação do comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários. Dessa forma, o Convergência Cinéfila reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética, ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Para a boa convivência, o Convergência Cinéfila formulou algumas regras:
Comentários sobre assuntos que não dizem respeito ao filme postado poderão ser excluídos;
Comentários com links serão automaticamente excluídos;
Os pedidos de filmes devem ser feitos no chatbox.

Att.,
Convergência Cinéfila