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domingo, 27 de outubro de 2013

NOITE DE ESTREIA - 1977

Opening night, 1977
Legendado, John Cassavetes


Formato: AVI
Áudio:inglês
Legendas: português
Duração: 144 min.
Tamanho: 1,45 GB
Servidor: Depositfiles e Mega (3 partes)

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SINOPSE
Myrtle Gordon (Gena Rowlands) é uma famosa atriz de meia idade, que passa por uma crise de identidade por se sentir culpada pela morte de uma ardorosa fã na estréia de sua nova peça teatral. Myrtle passa a ver a mulher em alucinações e se recusa a aceitar o papel de uma mulher que envelhece.

Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 7.8


ANÁLISE

Não poderia haver título mais teatral para Noite de Estréia(Opening Night), de John Cassavetes. Também não poderia haver atuações mais teatrais para a composição desse trabalho. Nesse caso, as atuações "teatrais" cabem como um elogio, já que, normalmente, minha tendência é a de usar a expressão para designar trabalhos nos quais os atores se comportam com o "over" ligado no máximo, como se estivessem realmente no palco - e não defronte de câmeras -, onde a necessidade das caretas, do berro e do gestual mais ampliado se fazem instrumentos necessários para que se possa alcançar o público lá distante (o que acaba - invariavelmente - por não resultar em bom desempenho na telona).
Geena Rowlands, como a atriz em crise por não querer encarar o fato de estar envelhecendo, entra em um redemoinho emocional atormentador após a morte de uma fã, poucos instantes após um estranho e próximo contato. Há uma extraordinária seqüência, que se inicia na saída de um teatro, envereda pela rua e sua iluminação noturna e artificial sob chuva, "embarca" num carro, e se completa com a câmera observando um acidente, seca e chocantemente filmado, um pouco "mais atrás". Seqüência que servirá de base para o início mais evidente da queda emocional da atriz, e que é toda musicada por um ritmo grandiloqüente que surgirá por diversas vezes durante o transcorrer da película, deixando no ar uma sensação estranha, que na realidade representa mais uma maneira de intervenção do diretor, com o provável propósito de evidenciar o espetáculo, afastando-o e posicionando-o acima da vida comum.
Rowlands encarna seu personagem de maneira tão assustadora que não dá para ficar impassível quando ela surge na tela. Em algumas cenas a sua entrega é tão evidente que surgem dificuldades em diferenciar a pessoa/atriz da personagem, Myrtle Gordon, ou que não me visse remetido à figura de Mabel (a própria Geena) enlouquecendo no filme Uma mulher sob influência. A combustão que ela consegue em associação com Cassavetes é rara. Seus desempenhos estão entre os mais marcantes na história da arte, e o diretor sabia como extrair o máximo dela; evidentemente. Mas a figura deNoite de Estréia vai além. O fato de ela se embebedar não significa que veremos uma atriz superatuando ou se amparando em clichês para compor aqueles momentos tão específicos, mas sim, que nos sentiremos envolvidos pelo cheiro do álcool e muito próximos das angústias que a levaram a tais limites. Quando ela reencontra uma figura improvável, em situação que poderia remeter a sentimentalismo fácil, o que acontece é toda uma explosão de reações reais e cruas - devidamente filmadas e coreografadas pelo diretor, logicamente - que dão vontade de levantar e ir embora da sala de cinema. Ou quando ela, com uma veracidade que poucas vezes tive a oportunidade de ver na tela grande, bate a cabeça insistentemente contra o batente de uma porta, criando momentos que quase fazem com que o espectador salte tela adentro, em seu auxílio.

Toda a seqüência final é uma deslavada homenagem ao teatro, com situações de riso e improviso muito reais e com uma boa dose de humor embutida. É como se o diretor a tivesse preparado para deixar bem evidente o quanto os atores são fundamentais em sua obra - apesar de, por vezes, dado o grau de excelência técnica ao qual chegou em sua carreira e seu modo peculiar de montagem, parecer que esse vértice da composição cinematográfica (os atores) não lhe seria de importância tão vital. 

Em Noite de Estréia, novamente o diretor se mostrou genial e mais amadurecido. Seu ritmo frenético está mais apaziguadoaqui, mas seus cortes continuam insinuantes e suas lentes ainda buscam o âmago dos personagens. Porém, esse tal ritmo "apaziguado" ganha seu correlato em ousadia através do modo com que ele introduz a música na fita, por diversos momentos. Repetindo a idéia central: Cassavetes a introduz como se fosse uma bandeira para deixar bem claro que, apesar de estar retratando o ser humano, o veículo é o do espetáculo; o cinema.

Análise retirada do site Omelete

























































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