Importante

Para que o blog continue é fundamental que vocês deixem o filme compartilhando por pelo menos 3 vezes o tamanho do arquivo original. Se um arquivo tem o tamanho de 1gb, é importante que vocês deixem compartilhando até atingir 3gb. Isso ajudará a manter o arquivo com seeds (sementes) para que outras pessoas possam baixam os arquivos.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

ALABAMA MONROE - 2012

Filme indicado na seguinte categoria ao Oscar 2014: Melhor filme em língua estrangeira


The Broken Circle Breakdown, 2012
Legendado, Felix van Groeningen


Formato: AVI
Áudio: inglês
Legendas: flamenga/inglês
Duração: 111 min.
Tamanho: 700 MB
Servidor: 1Fichier (2 partes)

LINKS

SINOPSE
Elise (Veerle Baetens) e Didier (Johan Heldenbergh) se apaixonam à primeira vista. Ele é um músico romântico e ela a realista dona de um estúdio de tatuagem. Apesar das diferenças, o relacionamento dá certo e eles têm uma filha, Maybelle (Nell Cattrysse). Aos seis anos a menina fica gravemente doente e a família se desestabiliza.

Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 7.9

ANÁLISE

A dor do luto filtrada pelo som do bluegrass.
Como lidar com a doença grave de um filho? O que fazer diante da perda daquele pequeno ser  que vimos nascer, que dormia no nosso colo, que cabia na palma da nossa mão, que ensinamos a engatinhar, a andar e a falar? Como continuar a viver sem aquele olhar espontâneo, o sorriso verdadeiro, os pulos na cama todos os dias logo ao amanhecer? Qual a sensação de esvaziar o quarto das nossas crianças, ainda repleto de brinquedos esparramados pelo chão e de pinturas e adesivos de princesas e super-heróis nas paredes e nas portas dos armários? Como deixar de ouvir o som das vozes finas que ainda ecoam pelo ambiente, dos pedidos para se contar uma história antes de dormir e do último desejo de boa-noite? Como superar o ato de enterrar os nosso filhos? Filmes como Gente Como a Gente (Ordnary People, 1980), O Quarto do Filho (La Stanza del Figlio, 2001), A Última Ceia (Monster’s Ball, 2001), 21 Gramas (21 Grams, 2003), Uma Prova de Amor (My Sister’s Keeper, 2009), Anticristo (Antichrist, 2009), e Reencontrando a Felicidade (Rabit Hole, 2010), A Guerra Está Declarada (La Guerre est Déclarée, 2011), para ficar em alguns exemplos, tentaram responder a estas questões, cada qual a seu jeito, e na maioria dos casos com resultados bem satisfatórios. Outro título que se incorpora a este grupo, vem da Bélgica: Alabama Monroe.

O filme conta a história de Elise (Veerle Batens), uma tatuadora que faz do próprio corpo um mostruário do seu trabalho e um inventário dos seus antigos namorados, e Didier (Johan Heldenbergh), o vocalista de uma banda de bluegrass, um desdobramento da música country americana, que não acredita em Deus, e que mora isolado num trailer, ao lado de cavalos e galinhas. A narrativa começa com Didier ao lado de seus parceiros, se apresentando para uma plateia lotada de entusiasmados fãs (entre eles, uma figura importante que será revelada mais ao final da projeção). Logo em seguida, somos transportados para o interior de um hospital. A expressão de felicidade que Didier mostrava no palco não existe mais.  Ele e Elise acabaram de ser informados pelo médico que a bela Maybelle (Nell Cattrysse), a filha de 6 anos do casal, foi diagnosticada com leucemia. A partir daí, o roteiro passa a avançar e recuar no tempo, acompanhando, no presente, o tratamento da doença da garota e as inevitáveis consequências na vida dos pais, e, no passado, o início daquele romance, a criação da banda, a notícia da gravidez, o nascimento e os primeiros anos da criança.

Alabama Monroe se insere naquele rol de filmes que abordam dois dos temas mais delicados no cinema: a doença infantil e o luto. Se tratado com mão pesada, o material tende a se tornar excessivamente melodramático. Se ficar aquém da conta, o drama vivido pelos personagens não será capaz de ultrapassar os limites da tela e, consequentemente, afetar emocionalmente o público a que é dirigido. Felizmente, o diretor Felix Van Groeningen, com o auxilio do roteiro escrito em parceria com Carl Joos (por sua vez, baseado em peça de autoria do ator Heldenbergh), confere ao filme a dose certa de sensibilidade, o que faz com a emoção flua naturalmente das situações enfrentadas pelos personagens.

Muito contribui para esse equilíbrio o bom desenvolvimento e à química do casal formado por Elise e Didier. Eles formam o núcleo da obra. A construção de ambos é feita aos poucos, sem pressa, com as revelações do passado iluminando e dando outro significado às ações tomadas no presente e futuro. O público acredita e torce pelo sucesso daquele romance, se compadece com a provação pela qual são obrigados a passar, e de certa forma compreende as consequências que o evento trágico provoca na vida de cada um.

Didier é uma espécie de Kriss Kristofferson belga. Seu cabelo desarrumado exige um corte urgente. Seus dentes tortos e amarelados indicam que o fumo é um vício antigo. A barriga que já começa a aparecer, revela a meia-idade batendo à porta. No entanto, esse jeitão de brutamontes desaparece como um passe de mágica em dois momentos: quando ele está sobre o palco, ao lado dos seus companheiros de banda, cantando as baladas de bluegrass, e no seu olhar apaixonado para Elise e Maybelle. Didier é ateu confesso, não acredita em reencarnação e, cético, tem dificuldade para concordar com a filha, quando esta diz que o pássaro que acabara de morrer na sua varanda virara uma estrela no céu. Elise é aventureira, apaixonada pela vida e pelos homens (talvez um pouco demais), e que troca de relacionamentos como quem troca - literalmente - de tatuagem. Mas esse espírito guerreiro e indomável parece só fazer sentido se escorado na crença da existência de um ser maior, simbolizada na pequena corrente com um crucifixo que Elise herdou da sua mãe e que seria transmitida à sua filha.

Continue lendo em Cineplayers

Screenshots





















































2 comentários:

  1. Olá Hilarius,

    Sou leitor do convergência cinefila e sou cinéfilo de carteirinha. Eu estou mandando esse email porque estou trabalhando numa empresa que desenvolveu um portal sobre cinema - o Cinema Total (www.cinematotal.com). Um dos atrativos do site é que você cria uma página dentro do site, podendo escrever textos de blog e críticas de filmes. Então, gostaria de sugerir que vocês também passassem a publicar seus textos no Cinema Total - assim vocês também atingem o público que acessa o Cinema Total e não conhece o convergência cinefila.

    Se vocês gostarem do site, também peço que coloquem um link para ele no convergência cinefila.

    Se você quiser, me mande um email quando criar sua conta que eu verifico se está tudo ok.

    Um abraço,

    Marcos
    www.cinematotal.com
    marcos@cinematotal.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Marcos, as análises postadas no Convergência cinéfila são retiradas, em sua maioria, de outros sites, e não críticas originais elaboradas pela nossa equipe.

      Att.,
      Hilarius

      Excluir

Política de moderação do comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários. Dessa forma, o Convergência Cinéfila reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética, ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Para a boa convivência, o Convergência Cinéfila formulou algumas regras:
Comentários sobre assuntos que não dizem respeito ao filme postado poderão ser excluídos;
Comentários com links serão automaticamente excluídos;
Os pedidos de filmes devem ser feitos no chatbox.

Att.,
Convergência Cinéfila