Nebraska, Legendado, 2013, Alexander Payne.
Indicado Nas seguintes categorias para o Oscar 2014: Melhor Filme; Melhor Diretor; Melhor Ator (Bruce Dern); Melhor Atriz Coadjuvante (June Squibb), Roteiro Original (Bob Nelson) e Fotografia (Phedon Papamichael )
Classificação: Ótimo
Indicado Nas seguintes categorias para o Oscar 2014: Melhor Filme; Melhor Diretor; Melhor Ator (Bruce Dern); Melhor Atriz Coadjuvante (June Squibb), Roteiro Original (Bob Nelson) e Fotografia (Phedon Papamichael )
Classificação: Ótimo
Formato: MKV ( 720p Blu-ray rip )
Áudio: Inglês
Legendas: Português
Duração: 115 Min.
Tamanho: 619 MB.
Servidor: MEGA ( 2 Partes )
Links:
Parte 1
Parte 2
Sinopse: Um pai alcoólatra (Bruce Dern), pensa ter herdado uma fortuna e, acompanhado por seu filho fracassado (Will Forte), parte para sua cidade natal para receber o dinheiro.
Fonte: Cineplayers
The Internet Movies Database: IMDB - Nota Imdb 7.9
Áudio: Inglês
Legendas: Português
Duração: 115 Min.
Tamanho: 619 MB.
Servidor: MEGA ( 2 Partes )
Links:
Parte 1
Parte 2
Sinopse: Um pai alcoólatra (Bruce Dern), pensa ter herdado uma fortuna e, acompanhado por seu filho fracassado (Will Forte), parte para sua cidade natal para receber o dinheiro.
Fonte: Cineplayers
The Internet Movies Database: IMDB - Nota Imdb 7.9
Crítica:
O mais recente filme de Alexander Payne, Nebraska,
segue sua fantástica fórmula de apresentar assuntos simples, mas
relevantes, de maneira contemplativa, que nos faz pensar. Sua obra
anterior, Os Descendentes, tratava da vida em família, traição e, de certa forma, a proteção à natureza.
Em Nebraska, ele volta ao tema principal de As Confissões de Schmidt,
de 2002: o envelhecimento e suas consequências. E ele faz isso focando
sua atenção em uma quixotesca missão encabeçada pelo desmemoriado idoso
Woody Grant (Bruce Dern) acompanhado de seu filho David (Will Forte)
para trocar uma carta que Woody recebera prometendo a ele um milhão de
dólares. Todos, menos Woody, morador de uma cidadezinha do meio-oeste
americano, sabem que é pilantragem, mas seu filho Dave aproveita essa
ilusão do pai para passar mais tempo com ele e, de certa forma, ajuda-lo
e se ajudar também a ter um propósito na vida.
Quando Woody e David saem a caminho do “grande prêmio”, um tocante e lindíssimo road movie
começa. A fotografia em preto e branco de Phedon Papamichael, parceiro
constante de Payne, realça a monotonia da vida de todos os personagens e
não tenta embelezar as paisagens e as pessoas. Vemos o mundo como ele
talvez realmente seja: sem cores, sujo e, em última análise, sem
esperanças. Mas a falta das cores ajuda, também, a chamar atenção para o
forte laço que une pai e filho – Don Quixote e Sancho Pança – tornando
evidente o calor do amor existente entre os dois e também entre eles e o
irmão mais velho, Ross (o excelente Bob Odenkirk, de Breaking Bad) e a mãe e esposa Kate (June Squibb, baixinha, atarracada e absolutamente cativante).
Quando a dupla chega na cidade natal da
família Grant, onde todo mundo se conhece, a “lenda do milionário Woody”
acende ambições e rivalidades, pois todos acreditam que ele realmente
está para se tornar um milionário. Vemos a própria família de Woody –
seus vários irmãos e sobrinhos – se juntar não para celebrar a união de
todos, mas sim para tentar tirar uma casquinha do “ouro dos tolos”.
Vemos o antigo sócio de Woody, Ed Pegram (Stacy Keach) reaproximar-se
unicamente para dizer que ele lhe deve dinheiro e que, com a grana do
prêmio, Woody finalmente poderá saldar a dívida.
É um microcosmo do mundo real, sem
nenhum tipo de verniz, mas com um evidente tom de doçura e
enternecimento. Payne faz uma obra de tom pessoal que celebra a família
acima de tudo (como em Os Descendentes) e uma velhice tranquila,
entre amigos e familiares. Afinal de contas, mesmo com todos os
problemas que vemos Woody passar, a família continua sendo família e
isso fica muito evidente na divertida sequencia em que Woody, Kate, Ross
e David saem em marcha para recuperar um item há muito roubado de
Woody.
O veterano Bruce Dern tem a atuação de sua carreira. Indicado ao Oscar somente uma vez em 1979 por Amargo Regresso, esse grande ator acabou amealhando o prêmio de melhor nessa categoria em Cannes por Nebraska,
o que o coloca com boas chances de repetir o feito na cerimônia do
Oscar de 2014. E, realmente, ele merece. Desmemoriado e descabelado, mas
perfeitamente natural, Dern consegue chamar atenção para si sem grandes
esforços e, mesmo calado, toma conta do cenário facilmente, não sem
ajuda da direção de Payne, que sabe explorar ângulos e montar cenas que
passam a exata mensagem que quer sem ajuda de diálogos. Uma delas é a
sequência na casa do irmão de Woody em que vemos toda a família sentada
vendo TV, sem absolutamente mais nada para fazer. Woody está
literalmente em casa, mas também desconfortável em não seguir adiante
com sua viagem. São pequenos detalhes que tornam esse filme mais do que
memorável.
E Will Forte, apesar de não ter chance
diante de Dern, consegue passar uma ternura incrível sem ter que apelar
para choros ou histrionismos. Ele provavelmente vê, no pai, seu próprio
futuro e, durante toda sua viagem, fica evidente em seu rosto a dúvida
se é isso que ele quer de verdade e, se não for, o que ele pode fazer
para mudar. A sequência final, quando os dois vão recolher o prêmio e o
que acontece a partir daí mostra exatamente o que pode ser o futuro para
ele, mas deixarei o leitor tirar suas próprias conclusões.
Nebraska é um pequeno filme de
grandes ambições que fará qualquer um refletir e contemplar o futuro e
os familiares ao seu redor. Payne nos dá a missão de decidir o que fazer
a partir das colocações que faz e temos que agradecer pela “puxada de
orelha”.
Fonte: Plano Crítico
Fonte: Plano Crítico
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