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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

GRAVIDADE - 2013

Gravity, Legendado, 2013, Alfonso Cuarón

Indicação da Semana!
Indicado nas seguintes categorias para o Oscar 2014: Melhor Filme, Direção ( Alfonso Cuarón ), Atriz ( Sandra Bullock ), Fotografia ( Emmanuel Lubezki ), Montagem ( Alfonso Cuarón e Mark Sanger ), Design de produção ( Andy Nicholson (Design de Produção); Rosie Goodwin e Joanne Woollard - Decoração de Set.), Efeitos Visuais ( Tim Webber, Chris Lawrence, Dave Shirk e Neil Corbould ), Trilha Sonora original ( Steven Price ), Mixagem de som ( Skip Lievsay, Niv Adiri, Christopher Benstead e Chris Munro ) e Edição de efeitos sonoros ( Glenn Freemantle ).

Classificação: Excelente
Formato: AVI ( Xvid )
Áudio: Inglês 
Legendas: Português
Duração: 91 Min
Tamanho: 698 MB
Servidor: MEGA ( 2 Partes )
Links:

Parte 1
Parte 2

Sinopse: A história ocorre numa estação espacial remota. O líder da estação e uma colega viajam pela estação espacial quando os outros membros da equipe são dizimados pelos escombros de um satélite que explodiu.
Fonte: Cineplayers
The Internet Movies Database: IMDB - Nota Imdb 8.2

Crítica:

Assim como dois outros grandes filmes que lidavam com viagens espaciais, a finitude humana e buscavam tratar a Física com o devido respeito (estou falando, claro, de 2001 e Contato), este Gravidade tem início presenteando o espectador com uma visão magnífica da Terra a partir do espaço. Logo, porém, percebemos a presença do Hubble, em torno do qual gira um astronauta que, ao lado de dois colegas, trabalha em reparos no telescópio. A partir daí, a narrativa já se entrega a uma das marcas registradas de seu fabuloso diretor, Alfonso Cuarón, e investe num longo plano que, sem cortes aparentes, acompanha aqueles três indivíduos enquanto passamos a girar em torno do Hubble ao mesmo tempo em que o astronauta Matt Kowalski (Clooney) gira em torno da câmera.
Escrito por Cuarón ao lado de seu filho Jonás, Gravidade conta uma história relativamente simples: depois que destroços de um satélite russo atingem a estação norte-americana, Kowalski e a novata Ryan Stone (Bullock) ficam isolados na órbita da Terra, precisando encontrar alguma forma de alcançarem a estação chinesa antes que o oxigênio que carregam chegue ao fim. Esta trama básica, no entanto, dá origem a 90 minutos de terror crescente graças à condução precisa do cineasta, que, em vez de ameaçar os heróis com alienígenas ou asteroides gigantescos, retrata apenas a natureza implacável da Física, da Biologia e da solidão, que, invencíveis (bom, ao menos as duas primeiras), devem ser então usadas de forma inventiva pelos personagens em seu favor.
Buscando criar uma narrativa que confira tanto respeito à palavra “científica” quanto aquele devotado a “ficção”, o filme evita o erro absurdamente comum de trazer desastres no espaço resultando em explosões e estrondos, o que torna a destruição retratada em Gravidade ainda mais impactante por ocorrer no silêncio e de forma brutal. Assim, na maior parte do tempo, os sons diegéticos que acompanham as ações são apenas aqueles que os personagens realmente ouviriam em circunstâncias similares: as vozes uns dos outros e do comando em Houston e, claro, a respiração pesada no interior do capacete. E se os diálogos formulaicos e expositivos são, de certa maneira, o ponto mais fraco da produção, ao menos servem para conferir alguma necessária humanidade – mesmo artificial – à dupla central através de suas interações e relatos pessoais. Com isso, percebemos a segurança do experiente Kowalski e o pavor de sua colega, que, além da situação assustadora na qual se encontra, ainda se vê entregue a traumas do passado que podem servir como elementos motivadores ou de desestímulo, dependendo do momento.
Determinado a levar o público a perceber as dificuldades envolvidas nas menores ações dos personagens, que devem se preocupar com a inércia que pode resultar em deslocamentos descontrolados pelo espaço, Gravidade traz também imagens belíssimas como pequenas chamas flutuantes no interior de uma nave e, claro, o brilho azul da Terra servindo como uma lembrança constante do que se encontra em jogo. Além disso, o fato de a história se passar em um ambiente com gravidade zero e no qual não existem posições fixas ou “certas” permite liberdade absoluta no estabelecimento dos eixos de ação – e, assim, Cuarón não precisa se preocupar com conceitos como “acima”, “abaixo”, “direito”, “esquerdo” ou “salto no eixo”, podendo posicionar e mover sua câmera da maneira que quiser sem correr o risco de quebrar a lógica visual da narrativa.
Ora, se qualquer diretor já poderia criar movimentos de câmera e enquadramentos interessantes com tamanha liberdade, com um cineasta como Alfonso Cuarón no comando isto resulta em mágica (o que deixa clara a falta que fez nestes sete anos de hiato desde seu magnífico Filhos da Esperança). Assim, ao longo de Gravidade testemunhamos sequências absolutamente deslumbrantes como aquela que acompanha a personagem de Sandra Bullock girando descontroladamente até que, depois de nos aproximarmos da astronauta, subitamente entramos em seu capacete e assumimos temporariamente seu ponto de vista, saltando de um plano objetivo a outro subjetivo sem quaisquer cortes. Da mesma forma, o diretor investe em momentos mais contemplativos, quase poéticos, como aquele no qual Stone, exausta, remove o desconfortável traje e, vestindo apenas camiseta e short, parece dormir brevemente, entregando-se a um relaxamento que eventualmente a leva a assumir a posição fetal enquanto gira, livre, no interior da estação orbital.
Alcançando o efeito paradoxal de criar uma narrativa claustrofóbica em meio à vastidão do espaço, Cuarón também é hábil ao empregar o 3D de forma orgânica e inteligente – e não é à toa que os resultados desta tecnologia tão recente são alguns dos melhores alcançados até hoje: como sempre afirmo ao explicar as questões básicas da linguagem 3D, esta é uma técnica que, em planos abertos, exige uma profundidade de campo ampla e, assim, é apenas natural que um filme que contrapõe os personagens à extensão infinita e escura do universo represente as condições ideais para o maior foco profundo da História do Cinema (um raro momento em minha carreira que me permito ceder a hipérboles simplesmente por saber que a tecnologia que transforma esta afirmação em fato não existia antes).
Brilhante também ao trazer Ed Harris como a voz que orienta os astronautas a partir de Houston (uma escalação perfeita, já que o ator foi figura marcante em Os Eleitos e Apollo 13), Gravidade é um filme que respeita a Ciência mesmo colocando-a totalmente a serviço do Drama, revelando-se, no processo, como um dos melhores trabalhos de 2013.
Fonte: Portal Cinema em Cena - Crítica por Pablo Villaça








3 comentários:

  1. Detestei esse filme. A cada minuto acontece algum problema só para tentar deixar o espectador tenso, porém o filme termina aí: um agrupamento de cenas de ação mas sem nenhuma alma, nenhuma história interessante, nenhum desenvolvimento dos personagens. Sério que até hoje usam esses batimentos de coração (ainda mais durante o filme inteiro).
    Vale pelo 3D apenas. Se vencer o Oscar de melhor filme será apenas mais uma prova do que Hollywood realmente valoriza: dinheiro.

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    Respostas
    1. PEPS, concordo em gênero, número e degrau com o que você disse. Filme extremamente sem vida, com um roteiro que beira a mediocridade e atuações vergonhosas (já esperada da sandra bullock, mas surpreendentemente ruim do Clooney). 3D por 3D prefiro O Hobbit, que deve levar a estatueta de melhor efeito visual.

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  2. Filme, que no começo parece sério, descamba para o espiritismo e para o jeitinho sonso de resolver as coisas da Bullock.

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