La grande bellezza, Legendado, 2013, Paolo Sorrentino
Formato: MP4 ( Blu-ray rip 720p )
Áudio: Italiano
Legendas: Português
Duração: 142Min
Tamanho: 634MB
Servidor: MEGA ( 2 Partes )
Links:
Parte 1
Parte 2
Sinopse: A história de um escritor de meia-idade, que se lembra amargamente de sua juventude passional. Um retrato da Roma contemporânea.
Fonte: Cineplayers
The Internet Movies Database: IMDB - Nota Imdb 7.9
Áudio: Italiano
Legendas: Português
Duração: 142Min
Tamanho: 634MB
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Parte 2
Sinopse: A história de um escritor de meia-idade, que se lembra amargamente de sua juventude passional. Um retrato da Roma contemporânea.
Fonte: Cineplayers
The Internet Movies Database: IMDB - Nota Imdb 7.9
Crítica:
Por Filipe Pereira
A câmera de Paolo Sorrentino
viaja pelos arredores dos monumentos. O cenário belíssimo de Roma é
elevado às alturas, num tom quase divino, graças ao registro visual do
realizador. Tais ângulos são típicos de seus trabalhos, mas em La Grande Bellezza estão
a serviço de resumir a viagem, tanto a descrita no início da película
quanto a do passeio pelas memórias e reminiscências de Jep Gambardella (Toni Servillo),
um escritor que, há muito, largou a pena. Sua velhice é repleta de
adjetivos que o público consideraria ideal: badalada, repleta de festas
regadas a bebidas e mulheres belíssimas que ainda deseja, mesmo sem a
fome de antes, resignado em muitos momentos e em um contentamento
(aparentemente) resoluto.
Sua
roda de amigos é formada por outros artistas, mostrados como pessoas
idosas, decadentes, que vivem de suas obras passadas. A reflexão é
semelhante ao cinema felliniano, variando entre momentos de contemplação
e adrenalina extrema. Nos momentos em que a jovialidade é mostrada, a
rotação é acelerada, enquanto o registro das ações idosas é vagaroso.
Visão direta de Jep, dessa vez julgando seus semelhantes. Um travamento
criativo (não escrevia um romance há tempos) garantiu a ele congelamento
mental. Gambardella não precisou envelhecer, só experimentou o que
quis, e, à sua maneira, despreza quem se entregou à velhice. Seu cinismo
o faz desdenhar das pomposas opiniões alheias, reduzindo-as. A ausência
de ambição aumentou sua desfaçatez, que, por sua vez, afiou sua
crueldade. Seu ímpeto em dias passados era não se tornar um mundano, mas
um rei; queria a diferença, e sem perceber, perdeu a distinção.
Ainda sobre o círculo social de Jep,
quase todos são reféns da arte, mesmo os que não a praticam há muito
tempo. Os que não são mais criativos a perseguem, tentam reavê-la, e os
que ainda a exercem são seus escravos. A busca pela obra perfeita é
subjugada pelo anseio de relevância; o reconhecimento os define. É um
mal, uma muleta para os artesãos, causa malefícios, simbolizados pelas
rugas no rosto, que, por sua vez, são o esconderijo onde o talento se
esconde.
A morte e a perda de pessoas importantes
arranham a superfície da cúpula de onipotência do escritor. Aos poucos
ele volta a ter as sensações que pensava haver perdido, e o estopim da
mudança vem por meio da última pessoa que ele poderia imaginar. Percebe
com o tempo – e o público é levado a crer – que a boêmia é como a vida
animal. Sem muito sentido, os excessos não trazem todo o gozo desejado.
A incessante procura pela inspiração – chamada por Sorrentino de Beleza
– é encontrada junto à morte. A vida, cheia de falatórios infindáveis,
esquece-se do silêncio catalisador dos sentimentos. A miséria, a
tristeza, tudo isso pertence à vida, à fantasia, à ilusão…
“Termina
sempre assim. Com a morte. Mas primeiro havia a vida. Escondida sobre o
blá, blá, blá. Está tudo sedimentado sob o falatório e os rumores. O
silêncio e o sentimento. A emoção e o medo. Os insignificantes,
inconstantes lampejos de beleza. Depois a miséria desgraçada e o homem
miserável. Tudo sepultado sob a capa do embaraço de estar no mundo. Blá,
blá, blá, blá… O outro lado é o outro lado. Eu não vivo do outro lado.
Portanto… que este romance comece. No fundo… é apenas uma ilusão. Sim, é
apenas uma ilusão”.
A história trazida por Sorrentino é das mais
universais, encaixa-se em praticamente qualquer vida humana, e ainda
assim é única. Por sua doce e leve abordagem, pode-se inferir certa
emulação de Federico Fellini em seus melhores momentos (La Dolce Vitta, e Amarcord
especialmente), mas as reflexões de vida em seu texto são voltadas
também para a contemporaneidade. Possui fotografia impecável e roteiro
tocante, além da magistral atuação de Toni Servillo. Um dos maiores acertos cinematográficos de 2013.
O som (principalmente, fica saturado) e a imagem parecem estar com problema. Testei em 3 players. Seria codec?
ResponderExcluirQue filme bonito e sincero , tipo o que ele mostra é pessoas e não personagens , Jep e sua trupe são velhos que detestam isto mas não pudem mudar o fato e não tentam sair dessa vida idiota de mesmices que eles veem , ouvem , particam.
ResponderExcluirTem várias cenas marcantes que não saem da cabeça pela beleza e poética do que está acontecendo e do seu significa , obrigado pelo down e fique com tudo ! ! !