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domingo, 16 de março de 2014

NINFOMANÍACA - VOLUME II - 2014

Nymphomaniac - Vol II, Legendado, 2014, Lars Von Trier

Classificação: Bom
Formato: AVI (Xvid)
Áudio: Inglês
Legendas: Português
Duração: 123 Min.
Tamanho: 832 MB.
Servidor: MEGA (2 Partes)
Links:

Parte 1
Parte 2

Sinopse: A continuação da história de vida de Joe investiga os aspectos mais sombrios de sua vida adulta, e o que a levou aos cuidados de Seligman. Últimos três capítulos de "Ninfomaníaca".
Fonte: Cineplayers
The Internet Movies Database: IMDB - Nota Imdb 7.3


Crítica:
 Por Enock Carvalho



Joe
Em uma matéria da Folha de São Paulo datada de 12 de março de 2014 uma mulher chamada Magali conta: “O crack tira o apetite e mata todos os desejos, menos o de buscar por mais pedra. Já roubei e me vendi por R$ 1 ou um farelo de crack. Já vi matar e quase morri. Fui estuprada não sei quantas vezes. Nada me fez parar”. Magali provavelmente não sabe, mas ela é como a personagem Joe. A única diferença talvez é que uma sofre na realidade, enquanto a outra tem o prazer de existir numa ficção.
No Volume 1 de Ninfomaníaca, Lars Von Trier construiu sua protagonista como quem come um prato quente pelas bordas com medo de se queimar. Pouco a pouco, foi revelando as histórias obscuras da jovem viciada em sexo e traçando o caminho que a levou às condições nas quais fora encontrada por Seligman (Stellan Skarsgård): machucada e desacordada em um beco frio.
É no Volume 2 que, colocando toda a história já contada pela personagem realmente no passado, o diretor mostra sua intenção real com Ninfomaníaca, com o conjunto. A versão madura de Joe, interpretada por Charlotte Gainsbourg, ganha espaço nas memórias e mergulha em temas que refletem seu verdadeiro tormento, o de não se sentir capaz de pertencer ao mundo, o de não conseguir ser mãe, o de não conseguir viver.
Menos didático que a primeira parte, são poucas as tradicionais imagens ilustrativas empregadas pelo diretor neste. Existe também uma menor distância de tempo entre os três capítulos contados pela personagem agora, dando uma leve impressão de que eles aconteceram quase que de maneira sucessivas. Mas o que realmente chama atenção é o lado moralista do diretor ficar em evidência.
Apostando menos na provocação e reduzindo as imagens de sexo explícito a meras aparições especiais, o Vol. 2 ainda assim é perturbador por conter cenas violentas de sadomasoquismo. A personagem já aceita muito bem sua condição, a qual insiste em não chamar de vício, uma vez que considera sua ninfomania algo incorrigível e parte de si. O que vemos é uma Joe que não consegue se encaixar numa sociedade que abomina suas práticas e esse é o gancho que Lars Von Trier puxa ao longo do filme.
Partindo do princípio de que sua personagem, na maturidade da vida, já aceitou quem é, o problema maior está no relacionamento com a família e com o mundo. Por outro lado, vemos uma Joe que pouco a pouco conquista seu espaço e consegue dar uma utilidade ao talento (por que não?) que ela tem. Afinal, ser uma ninfomaníaca não envolve apenas ter um desejo incontrolável pelo sexo, pela relação com outro. A masturbação, o gozo, o sadomasoquismo, são elementos que a personagem descobriu ao longo da vida e que fizeram ela reconhecer que não tinha, no fim das contas, uma doença.
Ao esquecer o amor e se entregar ao prazer do ato sexual, mesmo sem ser capaz de chegar ao orgasmo, Joe sente culpa. A grande questão em torno disso, levantada por Lars Von Trier por meio das conversas entre Seligman e a personagem, é a de que ela talvez esteja numa posição de minoria imposta pela sociedade. Seligman, um assexuado ouvinte, estuda ao longo de uma noite toda a vida atormentada de Joe para quase deixar escapar o veredicto proposto pelo diretor. Ele não precisa, contudo, fazê-lo.
Ninfomaníaca – Vol. 2 se debruça sobre toda a vida de Joe para dizer que talvez suas práticas não sejam nem um pouco abomináveis, ou sequer condenáveis, se aproximando de uma ideia feminista sobre o poder de julgar o que você faz ou não com seu corpo. O filme consegue criar uma balança e colocar de um lado Joe e toda sua história, e do outro, os homens que não precisam ser diagnosticados ninfomaníacos para equivaler a ela, pois têm práticas sexuais que a sociedade julga serem normais. 

Joe entra para a vasta coleção de personagens do diretor Lars Von Trier, como mais uma mulher imperfeita aos olhos da sociedade e que teve que pagar psicologicamente e fisicamente por isso. Foi assim com Selma Jezkova, no triste Dançando no Escuro, foi assim com Grace em Dogville, e é assim com tantas outras na vida real.

estrelas35
Fonte: Cine Marcado









6 comentários:

  1. Olá. Gostaria de saber se os links para os volumes 1 e 2 postados no blog são da versão completa dos filmes ou há cortes? Obrigado

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  2. O NF 1 eu achei meio infantil... Agora a oportunidade de conferir se o Trier está nos gozando ou não!!! rsrsrsrsrs

    Abraços!!!

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  3. Olá, Maurilio.
    Sim, ambos são versão unrated.

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  4. Confesso que não sou um grande admirador da obra de Trier, mas como se trata de mais filme "polêmico",seja lá o que isso quer dizer hoje dia..É inegável que ele já fez filmes interessantes, explorando até mesmo o gênero do terror.Mas como cinema atual tem pouco á dizer hoje em dia, ao menos vale uma conferida.Grato pela postagem, o blog continua sensacional!

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  5. Sérgio,

    A legenda do NINF II encontra-se, em alguns momentos, suprimidas. Apesar de que alguns cumprimentos e falas sejam inteligíveis no decorrer do filme, em outros, existem períodos maiores que fazem falta.

    E valeu pela disponibilidade mais uma vez.

    Att,

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  6. Agradeço pelo aviso. Vou verificar ainda hoje e corrigir o problema disponibilizando um link externo com uma nova legenda.

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