San xia hao ren, 2006
Legendado, Jia Zhangke
Formato: mkv
Áudio: mandarim
Legendas: português
Duração: 1h 51min.
Tamanho: 1,91 GB
Servidor: uptobox (Parte única)
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SINOPSE
Usemos, de saída,
Still Life, título internacional deste Em Busca da Vida.
É, afinal, o mais adequado para um filme de Jia Zhang-ke, em que a contemplação
(a nossa, diante dos planos, e também a dos personagens, dentro da diegese) é
o que sempre está em jogo. Assistir é o que fazem os jovens de Plataforma
e Prazeres Desconhecidos a respeito da política da República Popular da
China, mas é neste Still Life (e no anterior O Mundo, de 2004) que
a vista torna-se uma questão na tela, um dado presente nesta. A tradução mais
direta do termo, “natureza-morta”, diz respeito à pintura, ou seja, à imagem,
a algo a ser visto. Isso também coincide com o que está no enquadramento, um embaçamento
na profundidade de campo gêmeo dos quadros pincelados à tinta, sobretudo as naturezas-mortas
chinesas.
No filme de 2004, havia um parque temático que
reproduzia as grandes cidades do planeta através de miniaturas de seus monumentos
e pontos turísticos. Em princípio, então, bastaria contemplar esses totens para
se estar nos lugares, mas o longa também mostra e dá especial atenção aos personagens,
que vivem seus dramas, solidões, amores e ciúmes em tamanho real. Um pendular
entre a narcolepsia boçal provocada pelo artifício das reproduções e a vida pulsante
e valiosa dos funcionários desse parque.
Não
é diferente em Still Life, onde moradores e visitantes da cidade de Fengjie
assistem meio “catatônicos” à morte daquele milenar e valioso sítio chinês, cujas
grande e micro história são perdidas com o avanço das águas inundantes da futura
usina hidrelétrica de Três Gargantas (esta, de fato e na realidade, subindo as
águas do rio Yangtsé para mergulhar tudo em nome de um progresso tecnológico na
nova China). A situação, no filme, é a de todo um repertório de memórias (existências)
sendo afogado e, em meio a esse assassínio irrefreado, as pessoas prosseguem,
impotentes, tecendo sua existência em tempo real e in loco.
Fonte: Revistacinetica
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