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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

AMARGO TRIUNFO - 1957

Bitter victory, 1957
Legendado, Nicholas Ray


Formato: AVI
Áudio: inglês/alemão/árabe
Legendas: português
Duração: 102 min.
Tamanho: 682 MB
Servidor: Mega (Parte única)

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SINOPSE
Durante a II Guerra Mundial, um covarde e indeciso oficial das forças aliadas recebe sem merecer uma condecoração por bravura em combate. Mas o fato da indicação ter partido de um charmoso e destemido capitão que no passado foi amante de sua mulher transforma a honraria em fonte de ódio e desejo de vingança.

Fonte: Cineplayers
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 6.9


ANÁLISE

Um filme praticamente perfeito que potencializa a principal virtude de Ray: fazer do minimalismo e do calor humano de seus filmes uma ponte para sensações indescritíveis

Nicholas Ray construiu um capítulo a parte na história do Cinema norte-americano, e muito da incompreensão recebida durante seu período de atividade me parece reflexo das próprias condições que impunha ao espectador e, principalmente, pelo que se espera de um filme em Hollywood. Como se percebe conhecendo um pouco mais a fundo vida e obra do cineasta, os filmes de Ray possuem um vasto aparato de elementos que transcendem o modelo acadêmico cinematográfico e conduzem seu realizador a uma categoria praticamente abandonada de cineastas cujos filmes são produtos muito mais sensoriais do que intelectuais.

Ray era o mais minimalista dos cineastas hollywoodianos. Seu trabalho faz muito mais sentido se colocado lado a lado com cineastas como Robert Bresson e François Truffaut do que de Samuel Fuller ou John Ford, dois cineastas tipicamente norte-americanos que sempre serão referencias principais do cinema deste país, especialmente por saberem utilizar e compreender como ninguém os estereótipos e elementos clássicos deste modelo de cinema. Para se aproveitar o que de melhor pode oferecer um filme de Ray é preciso, preferencialmente, deixar de lado algumas manias que normalmente surgem quando há de se analisar uma obra considerada clássica.

Quem procura cenas marcantes ou grandiosas, roteiro intrincado e cheio de soluções brilhantes, ou motivos concretos para colocar seus filmes naquele panteão de obras intocáveis que ainda teimam em alimentar, certamente vai morder a língua diversas vezes. O que menos interessa em Ray é a literalidade da ação dentro daquilo que se constrói em termos de história num filme, a trama em si, e sim a relação dela e dos principais – ou muitas vezes ocultos - elementos da mise-en-scéne com aquilo que o diretor elege como prioridade na construção e evolução psicológica de seus personagens e sua própria visão de Cinema, vida e mundo, normalmente determinantes para o discurso final. Pode parecer egoísmo dele, mas estamos diante de um Cinema muito mais pessoal e, consequentemente, calcado no sentimento do que qualquer outro.

Este Amargo Triunfo, primeiro filme feito pelo diretor fora dos Estados Unidos, depois de ter desgastado quase que completamente sua relação com os estúdios hollywoodianos e cada vez mais afundado no vício em álcool e drogas, é talvez a potencialização deste estilo minimalista de Ray. Ao mesmo tempo em que carrega junto de suas imagens uma força impressionante em relação ao gênero em que se instala, o filme de guerra – tanto pela precisão das cenas de ação ou a luta pela sobrevivência no deserto, capturadas pelo Cinemascope mais bem executado desde que Samuel Fuller provou ser o melhor aproveitador deste formato de imagem em Casa de Bambu , quanto pela sempre presente e natural sensação de desumanidade inalada pelo espírito da guerra em choque com o perfeccionista humanismo de seus protagonistas, que é o objetivo de praticamente todo cineasta que pisa neste terreno, mas que raras vezes foi tão palpável  -, Bitter Victory é todo pontuado por pequenos detalhes, diálogos, planos, gestos ou até mesmo pela sensação de incompletude de certos momentos que no final acabam transmitindo muito mais sensações e reflexões do que uma boa centena de filmes que trazem isto como principais pretensões.

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