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domingo, 11 de novembro de 2012

O HOMEM AO LADO - 2009

El Hombre de al lado, 2009
Mariano Cohn e Gastón Duprat
Formato: AVI
Aúdio: Espanhol
Legendas: Português
Duração: 101 minutos
Tamanho: 0,99 Gb
Servidor: Zippyshare
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SINOPSE
Leonardo (Rafael Spreguelburd) é um designer industrial que vive com a esposa Anne, a filha Lola e a empregada Elba. Eles moram na única casa feita na América pelo famoso arquiteto Le Corbusier, localizada na cidade de La Plata. Eles levam uma vida tranquila até o início das obras em uma casa adjacente, onde o vizinho (Daniel Aráoz) resolveu fazer ilegalmente uma janela que dava para sua casa. 
Fonte: AdoroCinema


ANÁLISE 

 Um jogo frio entre signos e ações. 

por Kênia Freitas

Os planos inicias, em que aparecem os créditos do filme, já denunciam qual será a essência de O Homem ao Lado (El Hombre de Al Lado, 2009): a tela dividida ao meio verticalmente mostra os dois lados de um buraco sendo feito em uma parede, o dentro e o fora. Campo e contra campo frontais dos golpes de marreta derrubando os tijolos.

A parede em questão é da casa de Victor, vizinho de Leonardo. A relação dos vizinhos segue o jogo de contrastes enunciado pelos primeiros planos. Leonardo é um designer sofisticado e reconhecido internacionalmente, mora junto com a esposa e a filha na única casa da América Latina projetada pelo arquiteto modernista Le Corbusier. Cada móvel e a decoração de sua casa transpiram elegância. Seu vizinho, Victor, por sua vez, é um homem bronco, de vocabulário chulo e gostos populares. Enfim, temos a relação de um homem do mundo dos signos (Leonardo), para quem cada objeto ou gesto representam um mundo simbólico e extremamente codificado: do quadro de Che Guevara cor de rosa pendurado no quarto da filha, da maneira politicamente correta e hipócrita de lidar com a empregada, passando pelo conteúdo poliglota do website pessoal; com um homem do mundo das ações (Victor), de pura potência: que faz sexo exibicionista, dança na festa, diz em voz alta o que lhe passa na cabeça, etc. 

Dois mundos que jamais se encontrariam sem a abertura de uma passagem entre eles: no caso do filme, um buraco na parede literalmente aberto com golpes de marreta. Buraco que representa uma janela para iluminar a casa de Victor, e uma desarmonia arquitetônica e uma invasão de privacidade para Leonardo – pois a dita janela teria vista direta para a casa do designer ficando a pouquíssimos metros de distância. Mais uma vez campo e contra campo colocados lado a lado, dessa vez de significados para um mesmo objeto: uma janela.

 Pela maneira como o filme faz essas descrições em seu começo, nos instalamos – falsamente, como veremos – no mundo dos clichês. A identificação com Leonardo, que a princípio parece mais do que evidente, vai aos poucos dando lugar a uma desconfiança, a um desconforto com seus valores, a uma repulsa dos seus signos. E isso em hora nenhuma se converte em uma simpatia por Victor, sempre tão bronco. Por isso, aos poucos, os espectadores são jogados em um não-lugar: não é possível escolher entre nenhum dos lados da janela. O impressionante é como essa operação se dá de forma fria, a câmera mantém-se neutra, filmando signos e ações, os dois lados da mesma parede. Assim, os julgamentos morais são deixados para o espectador, de forma sutil, mas gradativamente irrevogável. Já se está irreversivelmente enredado no conflito da construção ou não da janela, quando nos damos conta de que não há possibilidade de tomar partido. 

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