Chinatown, 1974
Legendado, Roman Polanski
Formato: AVI
Áudio: inglês/cantonês/espanhol
Legendas: português
Duração: 130 min.
Tamanho: 1,60 GB
Servidor: Mega (2 partes)
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SINOPSE
Los Angeles, 1937. O detetive particular J.J. Gittes (Jack Nicholson) recebe a visita de uma mulher que acredita que seu marido, engenheiro-chefe do Departamento de Águas e Energia, tem uma amante. Gittes logo descobre que a mulher era uma farsante e encontra a verdadeira Evelyn Mulwray (Faye Dunaway), filha de Noah Cross (John Huston), um dos homens mais poderosos da cidade. O engenheiro aparece morto e Gittes, envolvido com Evelyn, se vê no meio de um perigoso jogo de poder, com muitos segredos e mistérios.
Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 8.3
ANÁLISE
Polanski conseguiu criar o que provavelmente pode ser considerado o único filme noir da era contemporânea do cinema. |
Chinatown é um dos filmes mais difíceis de serem resenhados em toda a história da sétima arte. Não por ser demasiadamente intrincado ou então incompreensível, mas sim por não nos permitir uma crítica sequer a seu conteúdo ou desenvolvimento. Esta obra-prima de Roman Polanski, tida até os dias de hoje como um dos grandes triunfos do cinema norte-americano, simplesmente não apresenta falha alguma durante todos os seus 130 minutos de duração. É uma fita densa, instigante, moralmente complexa e cheia de pequenos e soturnos detalhes que permeiam um dos textos mais bem lapidados já escritos para o cinema, que, além de remeter diretamente aos não menos espetaculares roteiros dos principais trabalhos do período auge do filme noir, nas décadas de 1940 e 1950, ainda acrescenta ao subgênero uma série de elementos inéditos, que fazem deste um trabalho particularmente singular.
Na verdade, creio que Chinatown seja o único trabalho feito subseqüentemente ao término do movimento (normalmente atribuído ao ano de 1958) que realmente é um genuíno filme noir, mesmo que subverta um dos elementos mais importantes e de maior inconfundibilidade encontrados no gênero: a fotografia em preto-e-branco. O impressionante trabalho do fotógrafo John A. Alonzo, que também trabalhara com Brian De Palma, no excepcional Scarface (1983), tenta se abster ao máximo dos extremos contrastes de claro e escuro, marca inconfundível do noir (cuja tradução do francês quer dizer, justamente, novela escura – porém, o sentido é dúbio, claro), empregando às imagens uma luz difusa e pouquíssimo acentuada, quase como se estivesse fotografando uma filme de faroeste – o que é perfeitamente compreensível, já que, desta forma, dá uma maior entonação à região desértica em que se encontra a cidade de Los Angeles.
Entretanto, afora este diferenciado trabalho fotográfico, Chinatown é noir até o osso. Emaranhando o espectador em meio a uma trama complexa e cheia de reviravoltas, o filme constrói sua atmosfera acerca dos principais elementos deste tipo de cinema: inicialmente, somos apresentados à figura do detetive particular, em um trabalho de composição excepcional de Jack Nicholson, que acabara de terminar um trabalho de investigação conjugal. A caracterização não nega a origem: sobretudos, chapéus, bourbons e charutos fazem parte do retrato da personagem, bem como seu cinismo extravagante e até mesmo defensório. O caráter duvidoso também vem à mente do espectador: normalmente, pessoas com seu perfil são arrogantes e inescrupulosas, o que transforma a compreensão de seus atos em algo ainda mais difícil de ser realizado – afinal, nunca sabemos o que realmente passa por sua cabeça ao tomar uma ou outra atitude.
Após a conclusão de seu supracitado trabalho, outro cliente chega para lhe atarefar. Dessa vez, a mulher de um milionário proprietário da empresa de distribuição de água da cidade, cujo pedido é de que espione seu marido a fim de concretizar sua suspeita de que este estaria tendo um relacionamento extraconjugal. Seguindo o referido homem durante o período de um dia, Gittes (Nicholson) acaba descobrindo um encontro seu com uma moça, embora note nele um estranho comportamento ligado à construção de um reservatório de água. Até o devido momento, a impressão que podemos tirar é de que Chinatown seguirá à risca as tramas simples, porém interessantes dos filmes que retratam investigações de relações matrimoniais. Porém, é neste ponto que o filme dá uma guinada sensacional, demonstrando ser uma das fitas policiais mais intrigantes e bem construídas de toda a história do cinema.
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Grande lançamento, hombres! Talvez o melhor do especial Nova Hollywood.
ResponderExcluirObrigado.
ResponderExcluirLinks off.
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