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sábado, 2 de novembro de 2013

CORRIDA SEM FIM - 1971

Two-Lane Blacktop, 1971
Monte Hellman

Formato: AVI
Aúdio: Inglês
Legenda: Português
Duração: 102 min.
Tamanho: 700 MB
Servidor: Mega

LEGENDA
FILME


SINOPSE
Dois homens, conhecidos apenas como Piloto e Mecânico, dedicados exclusivamente ao seu Chevy 55, apostam com um estranho desconhecido uma corrida até Washington, outro lado do país. Durante a viagem a estrada e as experiências vão alterando os rumos dos competidores.
Fonte: Cineplayers

TRAILER

ANÁLISE

Corrida Sem Fim, de Monte Hellman.

por Bruno Andrade

É já na primeira seqüência de Corrida Sem Fim que somos apresentados ao peculiar universo onde a trama irá se desenrolar: um universo de motores envenenados e máquinas possantes, um universo que só pode se tornar concreto com fumaça de canos de descarga e racing cars, veículos diminuídos aos seus esqueletos para desempenharem o máximo possível nas estradas. Sem dúvida um universo perigoso, que nas mãos de um Dominic Sena ou de um George Miller poderia resultar numa obra de valores duvidosos. Mas nas mãos de Monte Hellman, Corrida Sem Fim se faz um dos mais importantes e representativos títulos do cinema americano dos últimos 30 anos.
            Logo no início somos apresentados aos personagens do Piloto e do Mecânico (é desta maneira que são creditados). Ambos dividem umChevrolet '55. Observamos a preparação e a execução de uma corrida. Após a corrida, surgem os créditos. Vemos apenas os faróis de um carro iluminando uma pista, seguindo em velocidade acelerada ao som de alguma música que toca no rádio (qualquer semelhança com A Estrada Perdida não deve ser interpretada como mera coincidência).
            Acompanhamos por um breve tempo o cotidiano dos dois rapazes. Eles raramente conversam, e quando o fazem é para falar sobre o carro, sobre algum problema de alguma peça ou para combinar os detalhes de uma corrida. A austeridade na mise en scène de Hellman é um traço muito forte: não foi apenas o carro que eles desmontaram até chegar ao mínimo necessário para desempenhar o máximo nas tais corridas, mas também suas vidas e seu relacionamento.
            Seguimos pela estrada com o Piloto e o Mecânico. Param numa lanchonete de posto de gasolina. Nesta parada é introduzida a Garota. Aparentemente sem destino, ela resolve pegar carona com os rapazes. Uma quebra no universo, uma pessoa a mais para seguir viagem.
            Haverá ainda mais uma quebra no universo do Piloto e do Mecânico: a entrada em cena de G.T.O., um homem de meia-idade que cata "caroneiros" pelas rodovias por onde anda e inventa histórias sobre seu passado (que, por sinal, se confunde com a história do seu país). G.T.O., o Piloto e o Mecânico apostam uma corrida até a cidade de Washington. E é a corrida, a batalha e o embate entre todos estes personagens que Hellman irá dissecar durante o filme.
            Em termos de trama, Corrida Sem Fim, como todos os filmes de Hellman, é mínimo. Como o relacionamento de seus protagonistas e como o carro dirigido pelo Piloto, Hellman retira apenas o necessário do roteiro escrito por Rudy Wurtlizer (também roteirista em Pat Garrett & Billy the Kid, de Sam Peckinpah, e O Pequeno Buda, de Bernardo Bertolucci). A grandiosidade se insere não por aquilo que é filmado, mas como aquilo acaba sendo filmado, pois a câmera de Hellman não julga, não sentencia e não define nada, jamais: sua câmera captura, registra e observa a ação; sua câmera contempla e serve àquilo que está sendo filmado.
            Para entendermos o cinema de Hellman não devemos fazer como aqueles que costumam comparar sua obra com a de Antonioni e outros cineastas europeus importantes das décadas de 50/60 (embora possamos observar semelhanças fortes entre o cinema de Hellman e o cinema de Antonioni), devemos partir sim é do cinema clássico americano de Howard Hawks, John Ford e Anthony Mann, o triunvirato da famosa "direção invisível". Pode ser argumentado que o cinema de Hellman, ao contrário do cinema dos três "senhores", é um cinema sem ação. Ora, trata-se de um grosseiro equívoco, pois o que tanto Hellman quanto Hawks, Ford e Mann filmam é sim a ação, mas a ação inserida no espaço, com o espaço servindo como catalisador. É desta maneira, pois, que avaliaremos Corrida Sem Fim, O Tiro Certo, A Vingança de um Pistoleiro e o restante da obra de Hellman.
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