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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O MEDO CONSOME A ALMA - 1974

Angst essen Seele auf, 1974
Legendado, Rainer Werner Fassbinder

Formato: AVI
Áudio: alemão/árabe
Legendas: Pt-Br
Duração: 94 min.
Tamanho: 700 MB
Servidor: Mega (Parte única)

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SINOPSE
Uma senhora viúva se apaixona por um homem negro e muçulmano 20 anos mais novo. Eles decidem se casar e, juntos, enfrentam as opiniões contrárias das pessoas quanto ao relacionamento. Porém, ao mesmo tempo em que vão vencendo as dificuldades e preconceitos, começam a questionar a relação.

Fonte: Interfilmes
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 8.1


ANÁLISE

Uma das quatro obras que Fassbinder realizou em 1974 (ano do também influente Martha), O Medo Devora a Alma é um dos filmes que melhor traduz o espírito e o estilo Fassbinder de se fazer cinema: as cores fortes tiradas do melodrama hollywoodiano são o abrigo e a residência de personagens aberrantes, em grande parte pessoas feias e miseráveis, atuando de forma quase imóvel, calculada e econômica, em cenas milimetricamente planejadas e decupadas para atingir um efeito plástico que, no todo, é um dos componentes decisivos para compor a dramaturgia notadamente desdramatizada, fria e distante responsável por criar o clima pesado, nada abrasivo e desesperador de suas obras.
Nessa refilmagem bastante livre do clássico Tudo o Que o Céu Permite, obra-prima de Douglas Sirk que enfocava a paixão de uma viúva por um homem bem mais jovem,  Fassbinder tirou a história do subúrbio norte-americano  e colocou na Alemanha dos anos setenta, um país ainda em ruína, dividido em dois, recuperando-se da guerra que perdera há algumas décadas, carregando cicatrizes de um passado recente e vergonhoso.
Rainer Werner Fassbinder
Não à toa, o diretor inclui também na história o fator racial: saem uma conservada Jane Wyman e um Rock Hudson no auge do seu período “sex symbol” e entram uma senhora já bem gasta pela idade, mãe de três filhos que, quando pára um dia em um bar de segunda categoria onde imigrantes costumam beber, acaba se apaixonando perdidamente por um marroquino bem mais jovem que ela. A partir daí, a mesma se tornará uma pária em seus círculos sociais, que sempre dirão o que pensam sem sutilezas, cometerão atos agressivos e gratuitos e encararão os dois com uma expressão neutra. Com a mesma expressão neutra que Emmi e Ali recebem as pesadas represálias.
Conceito que já começara a exercer em As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant, a antinaturalidade de Fassbinder – claramente encenada para causar estranhamento no espectador com as expressões quase esvaziadas  e tom de voz moncórdico dos atores – seria uma proposta utilizada de forma cada vez mais radical em suas obras.  Junto com o aspecto visual – a perspectiva sempre demarcando sombras e formas geométricas, o figurino (ou ausência do mesmo) dizendo mais sobre a personalidade dos personagens do que recursos simples de caracterização – os filmes de Fassbinder escapam do simples comentário social anti-preconceito ao qual tantos diretores se rendem de cabeça e, antes de tudo, era um cinema estética e narrativamente, avesso ao modelo institucional, brutal e uniformizante.
Antes de mais nada, O Medo Devora a Alma é um filme sobre paixão e negação de si mesmo; sentimentos esses velhos como a humanidade que impedem que a obra tenha um viés moralizante e inocente. Emmi e Ali são personagens com falhas de caráter; a mesma tenta mostrar o marido alguma vezes como uma espécie de troféu para as amigas solteironas viúvas da mesma idade, enquanto ele começa a trair Emmi com uma mulher de idade próxima à dele.  Por mais forte que seja a paixão, ela os transforma também em criaturas amaldiçoadas, em uma “velha tarada”, em um “imigrante abusado”. A solidão e o isolamento torna o filme e seus ambientes rústicos cada vez mais pesados e fechados.
Continue lendo em Cinecafe

























































































Um comentário:

  1. Um belo filme do Fassbinder , um diretor que eu gosto muito.Quase uma história de amor impossível numa Alemanha neonazista.Através das relações humanas ele consegue fazer uma crítica contra todo tipo de intolerância.Infelizmente algo que continua muito atual hoje em dia.Mais uma vez obrigado!

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