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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

TEMPO DE EMBEBEDAR CAVALOS - 2000

Zamani baraye masti asbha, 2000
Legendado, Bahman Ghobadi

Classificação: Excelente


Formato: AVI
Áudio: persa/curdo
Legendas: português
Duração: 80 min.
Tamanho: 698 MB
Servidor: Mega (Parte única)

LINK

SINOPSE
Em uma remota vila curda na fronteira entre o Iraque e o Irã vivem cinco crianças órfãs de mãe, responsabilizadas pela perda da mula de um contrabandista. Ayoub (Ayoub Ahmadi) e sua jovem irmã Ameneh (Amaneh Ekhtiar-dini) trabalham em um bazar, a fim de juntarem dinheiro para pagar a mula perdida, ao mesmo tempo que precisam cuidar de Madi, o irmão caçula, que sofre de uma grave doença. Quando o pai deles morre, Ayoub precisa cuidar da família, apesar de sua idade. Ele então se une aos contrabandistas, carregando pesadas cargas pelas montanhas até o Iraque e enfrentando a constante ameaça das minas e emboscadas. Mas quando a saúde de Madi piora, a única solução uma operação no Iraque, a qual Ayoub não tem condições de pagar. Uma possível solução surge quando a irmã mais velha das crianças, Rojin (Rojin Younessi) arruma um casamento arranjado no Iraque, com seu futuro marido se comprometendo a pagar a operação de seu irmão.

Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 7.5


ANÁLISE

Faz parte da minha filosofia pessoal como crítico acreditar que não importa muito o que um diretor quis dizer, ou o que os meios de produção causam ou deixam de causar no filme. Importa o filme, como está na tela. E todas as inúmeras leituras que ele sempre permite. Pois bem, mesmo assim, no caso deste filme não houve jeito: passei boa parte da sessão imaginando suas filmagens, e não prestando atenção no seu desenrolar. Sim, porque qualquer um que saiba quão difícil é filmar, acertar um "take", realizar um movimento de câmera, não pode deixar de ficar chocado com este trabalho. Porque durante boa parte de sua duração nós temos um garoto aleijado e debilitado mentalmente (de verdade, cinema iraniano não é cinema americano, nada de efeitos especiais) sendo carregado dentro de minúsculos sacos nas costas de uma mula, passando frio sentado na neve, sendo jogado de um lado pro outro. Além disso, há os cavalos do título, carregando enormes pneus de caminhão, caindo de montanhas, sendo embebedados, levando tapas e chutes.

Bahman Ghobadi

Claro, o diretor afirma, e o filme deixa claro, o objetivo é denunciar a situação do povo curdo, seus maus tratos, e até mesmo o tratamento dado a estas cavalos. Mas, será que para denunciar isso, para conseguir um bom "take" disso, está correto reproduzir estas situações para a câmera? É um dilema ético dos mais graves, que seria muito menor fosse o filme documental, mas como trata-se de um trabalho de ficção, fica o incômodo e a sensação de que um filme não vale o sacrifício de seres humanos desta forma.

Num mundo diferente, onde soubéssemos que o filme foi feito "sem qualquer dano aos não-atores" a análise poderia ser diferente. Eu poderia gastar estas linhas descrevendo como este filme é uma das mais dolorosas experiências em cinema jamais feitas, em como ele revela particularidades da vida de um povo que de outra forma eram desconhecidas do mundo, de como ele se estrutura num formato pseudo-documental, incluído aí o belo e abrupto final que não indica uma impossível conclusão, mas sim uma continuidade. Falaria sobre como ele mostra crianças que precisam crescer rapidamente para continuar vivas, incluindo aí casamento, trabalho, sacrifício. Discutiria como é complicado se fazer de "o retrato de uma realidade", quando esta sempre pode ser maior e menos simples de condensar.


Em suma, discutiria todos os aspectos deste filme que inegavelmente abre olhos, cabeças e corações. Mas, infelizmente, eu estava preocupado demais com o garotinho aleijado pulando de carros em movimento, tomando pílulas sem água, ou imaginando o diretor gritando enquanto ele gelava na neve: "Corta! Vamos fazer mais um..." E aí, não há boas intenções que me convençam que o filme seja pelo bem de ninguém, pois não há como dizer que o sacrifício de um vale a vida de mil, porque eu não queria ser aquele um...


Análise retirada do site Contracampo


















































































































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