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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

DODES'KA DEN - 1970

Dodesukaden, 1970
Legendado, Akira Kurosawa

Classificação: Excelente

Formato: AVI
Áudio: japonês
Legendas: português
Duração: 140 min.
Tamanho: 1,51 GB
Servidor: Mega (Três partes)

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SINOPSE
Por sua luz e suas imagens, este, que é o primeiro filme em cores de Kurosawa, foi comparado à pintura de Mondrian e do primeiro Kandinski. Uma comovente crônica sobre o cotidiano de uma favela de Tóquio, com episódios e personagens que se entrelaçam. Entre eles, o menino que mendiga, nos fundos de um restaurante, o alimento para ele e seu pai que juntos visualizam a casa de seus sonhos; a tímida jovem que faz flores artificiais para sustentar o padrasto alcoólatra; o "maquinista" de um imaginário trem, que imita o som (Dodes'ka-den...Dodes'kaden...) das rodas sobre os trilhos. Tudo à margem da metrópole, que mesmo invisível, sufoca essas vidas excluídas.


The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 7.6


ANÁLISE

Primeiro filme em cores de Kurosawa, “Dodes’ka-den” baseou-se em “A Cidade Sem Estações”, uma coletânea de contos de Shugoro Yamamoto. O filme não tem um enredo propriamente dito. Trata-se de uma série de episódios sobre as vidas de favelados unidos por sua convivência num dia-a-dia duro e desesperadoramente triste. o título do filme se refere ao barulho feito pelo trem imaginário do personagem Rokkuchan, um garoto que corre pelas ruas na ilusão de que está conduzindo um bonde. 
Assim como ele, todos os outros personagens do filme suportam as condições miseráveis em que vivem através de fantasias impossíveis. Nesses sonhos, eles colocam o que a vida poderia e deveria ser. Porém, eles não podem fazer mais nada, além de imaginar. O grupo é liderado por Tamba, um velho artesão e um espírito bondoso que compreende e perdoa tudo. Um personagem que “amadureceu como um sujeito bom e honesto ao longo de sua vida e alcançou a posição do homem mais velho, maduro e experiente”, segundo o diretor.


Diferentemente dos filmes anteriores de Kurosawa, em “Dodes’ka-den” não aparece mais uma figura dominante, um líder no qual se centraliza o filme, que consegue superar o insuperável. Neste filme Kurosawa abandonou a glorificação de indivíduos supremos e focalizou a coragem e a resistência dos fracos e esquecidos. A fantasia e a ilusão são os únicos meios que os personagens têm de suportar a realidade. A cura para todo o mal está além de suas forças. Para o nostálgico Kurosawa, a imaginação como valor em si oferece momentos moralmente superiores e mais autênticos que os fatos brutais da “vida real”.


Tamba é o único personagem realizado em “Dodes’ka-den”, mesmo não sendo um samurai poderoso capaz de realizar façanhas sobre-humanas. Ele consegue colocar-se plenamente no lugar de seus vizinhos confusos e sofridos e essa capacidade faz dele o herói. Ele nunca julga as pessoas de seu mundo, mas aceita-as e socorre-as. Kurosawa revela que é fácil demais julgar pelas aparências. Somente as pessoas envolvidas numa dada experiência podem dar testemunho de sua natureza pois, muito frequentemente, as aparências enganam. As superfícies da realidade dizem muito pouco da complexidade da consciência.
Como em muitos filmes de Kurosawa, a interpretação é bastante estilizada. Seus personagens são percebidos exclusivamente em termos de suas paixões dominantes, um método que se adequa muito bem à visão do diretor da vida fragmentada e atordoada dos pobres. Kurosawa vê as fugas para a fantasia como heróicas e ao mesmo tempo desesperadas. O caráter lírico de “Dodes’ka-den” vem do respeito e da admiração de Kurosawa diante da capacidade humana de suportar dificuldades dessa grandeza enquanto encontra uma maneira de tirar prazer de alguns momentos passageiros.
Continue lendo em sachisachisachi



















































































































3 comentários:

  1. Muito obrigado pelo filme, pessoal.

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  2. Preciso conhecer esse. Cão Danado, Ran e outros cheguei a ver. Cinema japonês é excelente. Foi uma gratíssima surpresa, quando em 1975, o jornal errou a publicação, e assisti com minha mãe (para não perdermos a viagem) Dersu Uzala. Lindo filme! Tempos em que não sonhávamos com internet e todas essas facilidades do mundo moderno.

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