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quarta-feira, 7 de abril de 2021

JACQUOT DE NANTES - 1991

Jacquot de Nantes, 1991
Legendado, Agnès Varda


Formato: avi
Áudio: francês  
Legendas: português
Tamanho: 1,27 Gb

Torrent convergente

SINOPSE 

Fonte: 43mostra


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quarta-feira, 27 de maio de 2020

DUAS GAROTAS ROMÂNTICAS - 1967

Les demoiselles de Rochefort, 1967
Legendado, Jacques Demy e Agnès Varda
Cinema no Palacete exibe “Les Demoiselles de Rochefort” nesta ...

Formatos: avi
Áudio: polonês
Legendas: português
Tamanho: 2,48 GB

Torrent convergente

SINOPSE
O encanto da trama é decorrente da sua construção como uma teia de desencontros de personagens que sonham com o amor e a realização. Dois caminhoneiros (George Chakiris e Grover Dale) atuam como fio condutor, já que a ação dramática se desenrola no tempo em que ficam na cidade de Rochefort, um final de semana. Bon vivants, eles são dispensados pelas namoradas e logo se encantam pelas irmãs Garnier, que não os levam a sério como potenciais namorados. Delphine (Catherine Deneuve) está determinada a terminar o relacionamento morno com o negociante de arte Guillaume Lancien (Jacques Riberolles) e procurar alguém que a ame de verdade. O desejo se intensifica quando vê na galeria dele uma pintura muito similar às suas feições e passa a sonhar em conhecer o autor da obra.

Já Solange (Françoise Dorléac) tem outros planos: tornar-se uma compositora de sucesso em Paris. Para isso, pede ajuda ao dono de uma loja de instrumentos musicais, Simon Dame (Michel Piccoli), que ainda cultiva uma antiga mágoa amorosa. Ele promete apresenta-la a Andy Miller (Gene Kelly), um músico de sucesso. As mães das garotas, Yvonne (Danielle Darrieux), por sua vez, sonha com um amor do passado enquanto comanda um bar no centro da cidade. Lá recebe o jovem Maxence (Jacques Perrin) com certa frequência. Soldado e pintor nas horas vagas, ele sonha com o seu “ideal romântico”, ao qual retratou em um quadro, exposto na galeria de Guillaume.


Fonte: maisquecinema


7.7 de 10 98% - 84%2 h 07 min
Trailer



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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Les demoiselles ont eu 25 ans - 1993

Les demoiselles ont eu 25 ans, 1993
Legendado, Agnès Varda
 Resultado de imagem para Les demoiselles ont eu 25 ans poster

Formato: mp4
Áudio: francês
Legendas: português
Duração: 1h 04 min.
Tamanho: 1,1 GB
Servidor: ulozto (parte única)

LINK

SINOPSE
A lembrança da felicidade talvez seja também felicidade... Em Rochefort, em 1966, Jacques Demy rodou As Garotas Românticas (Les Demoiselles de Rochefort). Em 1992, a cidade fez uma grande festa para comemorar os 25 anos das Garotas Românticas. 
Misturando imagens dos dois verões, indo de uma festa de cinema a uma festa em honra do cinema, Agnès Varda rodou um documentário bastante colorido, no qual encontram-se os pitorescos habitantes de Rochefort, os amigos do filme, Catherine Deneuve, Jacques Perrin e as antigas crianças-figurantes, já crescidas, além das árvores de tília da Praça Colbert. Seleção Oficial do Festival de Cannes 1993, Mostra Un certain regard Placa de Ouro no Festival de Chicago 1993.

Fonte: eovideolevou


IMDb Rating          6.9




Trailer

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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

PACOTÃO DE REPOSTAGENS #7

 A COR DA ROMÃ - 1968 (Sayat Nova, 1968 / Sergei Parajanovi, legendado)

Um relato místico e histórico sobre a vida, o trabalho e o mundo interior do poeta e trovador armênio do século XVIII, Aruthin Sayadin, popularmente conhecido como Sayat Nova ("o Rei da Canção"). O filme evoca a infância do poeta e a sua juventude, os seus dias de trovador na corte do rei Heraclius II da Geórgia e os seus últimos dias passados num mosteiro.

Fonte: Cineplayers
7.7 IMDB | 1h 19min
Drama
Trailer
Download - Parte única (Mega - 796 MB - Formato - avi)
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A COR DO PARAÍSO - 1999 (Rang-e khoda, 1999 / Majid Majidi, legendado
Resultado de imagem para Rang-e khoda poster


Mohammad tem 8 anos e é aluno numa escola para cegos em Teerã. Com a chegada das férias, ele espera passar algum tempo com as irmãs, a avó e o pai no vilarejo onde mora a família. Viúvo, o pai encontra-se com dois problemas em relação ao filho: não tem mais condições de mantê-lo na escola especial, e pretende se casar novamente e o menino deficiente é como um obstáculo para isso. Por isso, não quer que ele passe as férias em casa, mas junto a um marceneiro cego que pode tomar o menino como aprendiz. O filme gira em torno desta delicada relação entre pai e filho, dos laços de família e da sensibilidade do menino cego. Do mesmo diretor de Filhos do Paraíso.

Fonte: Cineclick
8.2 IMDB | 1h30min
Drama 


Download - Parte única (Mega - 1,58 GB - Formato - avi)
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VISAGES, VILLAGES - 2017 (Visages, villages, 2017 / JR e Agnès Varda, legendado)

Filmado antes do aniversário de 89 anos da mãe da Nouvelle Vague, Agnès Varda, Visages, Villages (2017) reúne a diretora e o fotógrafo francês JR em uma jornada por vilas de diversos lugares da França, onde tiram fotografias gigantes de pessoas, paisagens, coisas e animais e as exibem em lugares públicos homenageando moradores antigos e destacando pessoas por suas diferentes belezas, fazendo da fotografia um instrumento de quebra do marasmo cotidiano. Assim, eles convidam a olhar com outros olhos para o mundo e a pensar sobre o significado das alterações que fazem no espaço.
O trabalho de JR mistura elementos estéticos de street art e grafite com fotografia, tendo como mote a sua visão de que “a rua é a maior galeria de arte do mundo“, procurando tirar o olhar dos transeuntes da quantidade enorme de propagandas que as ruas oferecem e fazê-los ver algo humano, uma intervenção crítica ou lírica na paisagem, algo capaz de mudar ao menos por um instante o ambiente. Essa paixão de JR pela imagem (especialmente por rostos) e pela forma de exposição delas para o público é algo que ele divide com Agnès Varda e este foi o gancho que capturou os dois artistas, que dirigem e fazem juntos (ou juntos, deixam acontecer) o enredo de Visages, Villages.

Fonte: Planocritico


7.9 IMDB | 1h 34min
Documentário
Trailer



Download - Parte única (Mega - 1,38 GB - Formato - avi)

segunda-feira, 28 de julho de 2014

AS DUAS FACES DA FELICIDADE - 1965

Le Bonheur, 1965
Legendado, Agnès Varda
Classificação: Bom

Formato: AVI
Áudio: francês 
Legendas: Pt-Br
Duração: 79 min.
Tamanho: 704 MB
Servidor: Mega (Parte única)

LINK
Parte única

SINOPSE
Um carpinteiro ama sua mulher, seus filhos e a natureza. Em seguida, ele encontra uma outra mulher, funcionária dos correios, que adiciona felicidade à sua felicidade. Sempre apaixonado por sua mulher, ele não quer se privar, nem se esconder, nem mentir.

Fonte: Cineplayers
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 7.7


ANÁLISE

Para mim, Le Bonheur, que Agnès Varda realizou em 1965, é um dos mais belos filmes que já foram feitos. Belo, no sentido estrito do termo segundo o dicionário – “que tem forma perfeita e proporções harmônicas; formoso, lindo”.
É um fantástico espetáculo para os olhos.
O filme é cheio, repleto, lotado de tomadas que parecem quadros, pinturas, belas obras de arte. O uso das cores, o cuidadoso, extraordinário, sensacional uso das cores é uma coisa espantosa.

Antes, quero insistir na coisa da beleza. As paisagens são belas. Mostram-se muitas plantas, árvores, flores. Focalizam-se belas casas antigas, belas fachadas de prédios. Os atores são belos. As roupas são belas, cheias de cores. A trilha sonora todinha, todinha, é de Wolfgang Amadeus Mozart.


Agnès Varda

Tudo é belo.

O filme abre com um close de um girassol. Alternam-se tomadas em close do girassol com tomadas em plano geral de um grupo de girassóis em primeiro plano e, lá ao fundo, num gramado, fora de foco, um casal e duas pequenas crianças. François e Thèrese (na foto), jovem e belo casal, está passando um domingo de sol, de verão, num grande bosque, com seus dois filhinhos, Gisou e Pierrot. Os dois são jovens, belos e felizes, se amam e amam os filhos, e no domingo fazem piquenique no bosque.

Os primeiros 15, 20 minutos deste filme bem curtinho – são apenas 79 minutos, que passam depressa como um raio – mostram o dia-a-dia da família, os pequeninos detalhes de que é feita a vida. François é carpinteiro, trabalha com um tio e alguns amigos numa pequena carpintaria numa pequena cidade, Fontenay. Thèrese é costureira, uma boa costureira, trabalha em casa. Recebe em casa uma cliente que vai se casar, foi a Paris à procura de um vestido de noiva, não gostou de nada do que viu e agora quer que a figurinista do lugar crie o vestido para ela.

Há tomadas de roupa sendo passada a ferro, roupas passadas sendo dobradas, vaso de flor sendo aguado, os pais levando os filhos para a cama, os pais se deitando juntos, se abraçando. Os pequeninos detalhes de que é feita a vida. Uma família que tem o básico e é feliz.



Então, um dia François tem que ir fazer um trabalho em Vincennes, não muito longe de Fontenay. Em Vincennes, precisa telefonar para a carpintaria para falar sobre o andamento do serviço. No posto dos Correios, onde ficam também os telefones públicos, François é atendido por uma linda e simpática funcionária, Émilie. Ela conta para ele que em breve vai se mudar exatamente para Fontenay.

Numa outra vez em que François tem que ir a Vincennes e tem que telefonar, revê Émilie. Saem para tomar um café. Já sabem que querem estar um com o outro.
A seqüência é extraordinária. A montagem é ágil, rápida. Vemos François, vemos Émilie. A câmara pega então uma mesa ao lado, o foco está na bebida que as pessoas da mesa ao lado estão tomando. Pega outra mesa. De novo François, de novo Émilie. Ele pergunta se não podem passear no castelo da região – tomadas rapidíssimas, de pouquíssimos segundos, mostram o que cada um imagina de um passeio deles ao castelo, do lado de fora, do lado de dentro.

François, o carpinteiro criado por Agnès Varda, homem simples, bom, honesto, marido feliz que ama a mulher e os filhos, acredita que pode ter uma felicidade a mais, somar duas felicidades.

20, 30 leituras diferentes

Qualquer obra está aberta a várias diferentes interpretações. Deve haver 20, 30, sei lá quantos tipos de leituras diferentes para a história que Varda nos conta em Le Bonheur. Podem-se achar abordagens filosóficas, psicanalíticas, sociológicas, antropológicas. Será a monogamia uma invenção de parte da humanidade que contraria as leis naturais? Onde começa o moralismo? É possível evitar o sentimento de culpa? Mentir, omitir, é preferível, às vezes, à verdade? – ou qualquer outra coisa parecida, ou diferente. Eu, de minha parte, prefiro não entrar nessa. Prefiro simplesmente desfrutar da beleza do filme.


Continue lendo em 50 Anos de Filmes

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sexta-feira, 31 de maio de 2013

OS RENEGADOS - 1985

Si toit ni lois, 1985
Legendado, Agnès Varda

Classificação: Bom

Formato: AVI 
Áudio: inglês
Legendas: português
Duração: 105 min.
Tamanho: 1,36 GB
Servidores: Mega (2 partes)

LINKS

SINOPSE
É inverno no sul da França e o corpo de uma jovem é encontrado em um fosso. Mona (Sandrine Bonnaire) era uma andarilha e passou seus últimos dias andando pelas estradas francesas. Aqueles com quem Mona cruzou, conheceu ou conversou são os que contam quem ela era e o que aconteceu.

Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 7.6


ANÁLISE

O fantasma da liberdade

Com Sem Teto Nem Lei, Varda encara o desafio de perguntar o que é ser livre. Curiosamente, para fazer isso cria uma estrutura de absoluto controle em sua mise-en-scène. Não há aqui nenhum sinal de improviso: cada travelling tem seu início e fim marcados. Como acontece com a trajetória da protagonista, o trajeto da câmera também está sempre definido de antemão. Mona está morta. O fim da linha está dado. É deste dado que o filme parte. No fundo do plano há solos áridos, galhos retorcidos, máquinas enferrujadas, portas invariavelmente fechadas e troncos decepados. Todo o caminho de Mona é uma dança da morte. É a morte que vemos agir no rosto, nos trajes, na terra seca e nas mãos calejadas. É sua ação, seu trabalho, que nos é dado a ver nos galhos, nas paredes, nas máquinas e nos corpos.

Agnès Varda

Entretanto, Mona não é a única morta, mas a única viva. É somente ela quem pode renunciar a tudo, inclusive a si mesma, a sua existência. Sua liberdade é essa: não ter identidade, objetivo ou causa. Não ter nada é a única forma de poder ter tudo, de poder ser tudo, de manter vivas as possibilidades. O que o filme busca é tentar apreender algo dessa força sem nome que emana da protagonista, interpretada por Sandrine Bonnaire. E apreender é solidificar, é dar nome. Varda decide pelas impressões, pelo que fica nos personagens pelos quais Mona passa, por suas narrações. A opacidade da personagem funciona como um espelho desses olhares. Assim, acaba revelando uma espécie de inventário de submissões e prisões pelas quais cada um daqueles personagens optou no seu esforço de solidificação, de se tornar estático, de fundar suas raízes num espaço específico, de conformação a alguma forma de status quo. É o oposto do que acontece com a protagonista, cuja morada é somente o movimento, o tempo em toda sua possibilidade. Mona representa o que é inapreensível.

Varda nos coloca dentro desde jogo onde, a cada segmento, achamos que Mona se apaixonou, se afeiçoou, escolheu uma causa ou uma casa. Mas ela sempre escapa, seja num sorriso fora de hora, ou numa moeda que não vai para o pão mas para a jukebox. A liberdade da protagonista coloca em questão todos os laços, compromissos e objetivos de quem passa por ela. Mona põe qualquer tentativa de imobilização, de retenção, em xeque – seja ela o trabalho de estudar árvores mortas, ou a decisão do ex-hippie de se fixar e “deixar a estrada”, a aceitação das regras pelo seu amigo tunisiano, ou mesmo a vagabundagem aproveitadora de seus últimos companheiros. Ela nunca se insere por completo, nunca se conforma ou ajusta. Seu compromisso é exatamente não ter nenhum. Nem mesmo com a estrada.


Mona é o vazio como potência. O vazio que nós e todos os narradores de Sem Teto Nem Lei preenchemos, a cada novo movimento, com espanto renovado. Não é vítima, vagabunda, hippie ou niilista. Ela representa justamente a falência de todas as narrações que estruturam o filme. Varda coloca estes registros em curto-circuito: seja ele o discurso da lógica, da busca racional pelas causas dos atos de Mona, de começos e fins; todos se deparam com um objeto que impõe seu limite. Mona é seu reverso. Não tem causas, nem objetivos, ela somente está. Presente em cada momento. Seu (não) compromisso é com a possibilidade como forma de existência. A cada cena, é isso que ela exerce, sem ter isso como meta.

Trata-se então de uma espécie de falso filme de desencanto. A política, que em toda a obra de Varda ocupa um lugar de destaque, tem aqui um dos seus ápices mais visíveis. Ela cria uma estrutura de conflito entre os personagens narradores e Mona, colocando justamente duas formas políticas em xeque: a da representação, da equivalência e da lógica, e outra absolutamente anárquica, sem causa, porém não niilista. Esta segunda é uma política do presente, da presença, da insubmissão do corpo, da não sujeição absoluta que prega a liberdade dos corpos em relação às identidades ou a qualquer outro tipo de pertencimento. O que é ser livre? Em Mona, a resposta parece começar a partir do momento em que para ela essa pergunta inexiste. É sê-lo indiferentemente, sem ter que optar por isso, para além desta palavra ou ideia.

Análise retirada do site Cinetica



terça-feira, 14 de maio de 2013

CLÉO DAS 5 ÀS 7 - 1962

Cleo de 5 à 7, 1962
Legendado, Agnès Varda 


Que tal um passeio pelas ruas de Paris no início da década de sessenta? Será que tal será prazeroso ou pelo menos possível? Quem se atrever a assistir esse filme poderá dar semelhante mergulho. Só que será ciceroneado pela protagonista do filme.
O que mais me agradou nesse filme de Agnès Varda foi a naturalidade com que ela conseguiu captar o clima da cidade naquela época. Ajudou muito para isso o fato dela acompanhar 90 minutos da vida de sua protagonista de uma maneira ininterrupta. Esses longos planos de seqüências em lugares abertos são uma das características da nouvelle vague. Varda consegue se utilizar de tal técnica de forma natural e lega as gerações futuras não somente um filme primoroso, mas também um documento da forma de ser de uma época.


O filme tem início com uma seqüência colorida onde vemos mãos manipulando um baralho de tarô. Após isso o preto e branco domina a tela até o término da projeção. A razão disso? A diretora quis criar um hiato entre o que é ilusão e a realidade. Após deixar a cartomante, Cléo, uma jovem cantora segue até um dos inúmeros cafés que dominam a paisagem urbana, e se encontra com sua secretária. Ficamos sabendo o que a angustia então: ela aguarda o resultado de um exame médico. Ela crê que o resultado será problemático, as cartas e a sua intuição o confirmam.

A partir daí tem-se início um périplo pela cidade. Parece que a personagem mata o tempo, mas já sabemos que ele é infinito, quem está morrendo é ela e todos os personagens que fazem parte da paisagem. Pensamos que matamos o tempo, mas é ele quem nos mata. Cléo dedica-se a sua rotina intensa, mas não consegue se libertar da sensação de escoamento do tempo. Os personagens surgem a sua frente, e eles logo desaparecem sem que a estranha sensação se esvaia. Quando ela se encontra com uma amiga que serve de modelo a escultores e pintores, deixando seu afazer para seguirem junto até o estúdio de seu namorado onde um curta-metragem é inserido dentro do longa-metragem: “Os noivos da Ponte Mac Donald”. Os noivos são Jean-Luc Godard e Anna Karina. Seqüência muda que tem por objetivo mostrar a efervescência cultural que dominava Paris naqueles tempos. Uma doce brincadeira que entra bem no clima de leveza com que a cineasta dirige seu filme.

Conforme o tempo vai se escoando, vamos nos familiarizando com aqueles que compõem a Paris de então. O filme tem 90 minutos, mas Cléo crer dispor de 120 minutos para refletir até a sentença final. Ela se depara nesse seu périplo com vários encontros e desencontros, projetos de alguns e desesperanças de outros, partidas e chegadas. Ela passa a se dar conta que apesar de mergulhada naquele mundo, terá de se afastar dele para se tratar com o intuito de poder ser re-inserida nele. Ela se dá conta quando mergulha na cidade e percebe que o seu quotidiano permanece febril. A vida dos outros não depende da dela. Ela é apenas um adorno que pode ser facilmente substituído, como as modas que desaparecem com a mudança das estações. Nulificada pela vibração do mundo, ao estabelecer uma relação com um gentil militar que logo deixará a cidade rumo à Argélia, Cléo percebe que a doença lhe impõe um futuro que ela terá de enfrentar sozinha.

Apesar de soar trágico o relatado nessas linhas, o tom do filme é o da esperança e da serenidade. Contribui para isso a câmera solta, a fotografia clara, o som da cidade que invade a película e o se privilegiar em mostrar o bucólico que convive com os edifícios que constituem essa metrópole.
Filme surpreendente que deve se fazer conhecido pelas novas gerações. - Por Conde Fouá Anderaos, fonte cineplayers


CLÉO DAS 5 ÀS 7 - 1962

Título Original: Cléo de 5 à 7
Título em inglês: Cleo From 5 to 7
Direção: Agnès Varda
Produção: Georges de Beauregard e Carlo Ponti
Roteiro: Agnès Varda
Gênero: Drama
Origem: França/ Itália
Ano: 1962
Música: Michel Legrand
Fotografia: Jean Rabier, Alain Levent


Sinopse:

Cléo, bela e cantora, espera o resultado de seus exames médicos. O filme se passa durante esta espera, mostrando suas agonias e os seus pensamentos. Seguimos Cléo de 5 da tarde às 7 da noite - nesse tempo ela vai a cartomante, toma café, faz compras e passeia pelas ruas de Paris. Indicado à Palma de Ouro em Cannes, Cléo das 5 às 7 é uma crônica de duas horas cruciais na vida de uma mulher.
Uma pequena e encantadora surpresa dentro do filme: em determinado momento nossa personagem assiste a um curta de cinema mudo protagonizado por ninguém menos que Anna Karina e Jean-Luc Godard. Trata-se do "Les Fiancés Du Pont Mac Donald", também de Agnès Varda, imperdível *-*


Elenco:

Corinne Marchand - Florence, 'Cléo Victoire'
Antoine Bourseiller - Antoine
Dominique Davray - Angèle
Dorothée Blank - Dorothée
Michel Legrand - Bob, o pianista
José Luis de Villalonga - o amante
Loye Payen – Irma, a cartomante
Lucienne Marchand - a motorista de táxi
Serge Korber - Plumitif, compositor letrista
Robert Postec - Dr. Valineau
Raymond Cauchetier – Raoul, o projecionista
Jean-Luc Godard - homem de óculos escuros, ator em filme mudo
Anna Karina - Anna, atriz loura em filme mudo
Yves Robert - o vendedor de lenços
Jean-Pierre Taste – o garçom do Café
Sami Frey - o coveiro
Danièle Delorme – a vendedora de flores


Informações do Arquivo:

Formato: AVI
Qualidade: DVDRip
Áudio: Francês
Legendas: Português/BR
Duração: 90 min
P/B (introdução colorida)
Tamanho: 695 MB em 3 partes
Servidor: Mega (Parte única)

LINK:
Parte única