7.0 de 10 | - - 82% | 2h 24min | Trailer |
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7.0 de 10 | - - 82% | 2h 24min | Trailer |
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O Cinema Novo não é uma questão de idade, é uma questão de verdade.
Paulo Cesar Saraceni
Cinema Novo (2016) situa-nos no lugar de um levantamento de hipóteses: o que significa que surja, em 2016, um documentário homónimo ao movimento que descreve?
Na sua quinta longa-metragem, Eryk Rocha relaciona-se com a própria
ascendência e constrói um mosaico afectivo que dá voz aos intervenientes
do Cinema Novo Brasileiro. Estamos perante um documentário e,
simultaneamente, perante um muito livre filme-ensaio que, solto de
intenções explicativas, cruza testemunhos em voice-over com
excertos de 130 títulos indispensáveis do movimento. A velocidade deste
encadeamento rítmico dá-nos a sentir hoje a energia do próprio Cinema
Novo. Sucessivamente, jovens figuras rasgam o ecrã a correr, emblemas da
precursora vontade dos protagonistas do Cinema Novo de agitar as
consciências de um país que, nas décadas de 50 e 60, construía, na
profusão das várias expressões artísticas, um espelho para a realidade
do seu contexto social e económico. A cisão inaugurada pelo Cinema Novo
tem o experimentalismo de um laboratório progressivo, que tanto absorve
rapidamente as influências culturais exteriores, como funda uma
liberdade multiforme: algures entre o documentário e a ficção, entre o
sagrado e o profano, entre o imaginário e o real. É o cinema brasileiro
de hoje que aqui se examina: onde está esta energia interventiva face à
urgência da realidade presente?
7.3 de 10 | - - - | 1h 30min | Trailer |
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7.6 de 10 | - - - | 1h 41min | Trailer |
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SINOPSE
Com fotografia deslumbrante de Mário Carneiro, que codirige o filme, e texto do jornalista Claudio Mello Souza, o documentário mostra as transformações sociais e as interferências nas formas primitivas de vida de pescadores do vilarejo do Arraial do Cabo, no litoral do Estado do Rio de Janeiro. A Fábrica Nacional de Álcalis, que se instalou no local, causa a morte dos peixes, o que faz com que muitos integrantes da comunidade partam em busca de trabalho. Os modos tradicionais de produção se chocam com os problemas da industrialização. Gravuras de Oswaldo Goeldi abrem o filme
7.5 de 10 | - - - | 17min | Trailer |
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SINOPSE
Na época do carnaval, garotos da favela roubam gatos para vender porque os couros são usados na confecção de tamborins pelas escolas de samba. São mostradas várias situações em que os gatos são alimentados e capturados; um dos garotos pega um gato angorá de uma madame; brinca e divide a sua comida com ele. Ele hesita em vende-lo para o fabricante de tamborins, mas a fome se torna maior que o amor. Vende o gato e desce para a cidade com sua caixa de engraxate.
7.6 de 10 | - - - | 12min | Trailer |
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SINOPSE
Em Barravento, na praia de Buraquinho, perto de Itapuã, na Bahia, os pescadores reclamam, mas se submetem às condições e preços impostos pelo comerciante local. Quando um ex-morador local retorna, já esclarecido, ele tenta incitar os amigos a se unirem para protestar por mudanças, mas ninguém o aceita, principalmente o velho mestre dos pescadores. O rapaz procura, também, quebrar as fortes crenças das pessoas, que esperam que as coisas melhorem através da religião deles, o candomblé.
Primeiro longa-metragem de Glauber Rocha, Barravento já evidencia seu privilegiado olhar para o cinema, traduzido nas belas imagens conseguidas pelo diretor de fotografia Tony Rabatoni. A edição também merece destaque, obra do já experiente diretor Nelson Pereira dos Santos, que tinha realizado Rio 40 Graus (1955), entre outros filmes do movimento Cinema Novo. Reparem nos cortes rápidos da cena da tempestade, contrastando com o ritmo mais cadenciado do restante de Barravento, que preparam o espectador para um evento trágico. Contudo, se as imagens merecem elogio, o som peca pelo uso das falas dubladas e difíceis de se ouvir. A música, então, toma a frente dos diálogos.
7.2 de 10 | - - 70% | 1h 18min | Trailer |
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SINOPSE
Manuel
(Geraldo Del Rey) é um vaqueiro que se revolta contra a exploração
imposta pelo coronel Moraes (Mílton Roda) e acaba matando-o numa briga.
Ele passa a ser perseguido por jagunços, o que faz com que fuja com sua
esposa Rosa (Yoná Magalhães). O casal se junta aos seguidores do beato
Sebastião (Lídio Silva), que promete o fim do sofrimento através do
retorno a um catolicismo místico e ritual. Porém ao presenciar a morte
de uma criança Rosa mata o beato. Simultaneamente Antônio das Mortes
(Maurício do Valle), um matador de aluguel a serviço da Igreja Católica e
dos latifundiários da região, extermina os seguidores do beato.
Com argumento de Lucio Cardoso e roteiro e direção de Paulo Cesar Saraceni, “Porto das Caixas” une a vida em ruínas da protagonista às ruínas literais do soturno e decadente vilarejo que dá nome ao filme. Tudo magnificamente fotografado por Mário Carneiro. Ao pungente visual se une a nostálgica trilha sonora de Tom Jobim, com o próprio compositor ao piano. Irma Alvarez assume ares de Anna Magnani neste Brasil em preto e branco, então bicampeão mundial de futebol, cujo cinema se deixava influenciar magistralmente pela beleza da linguagem do Neorrealismo Italiano que tanto encantava as plateias desde 20 anos atrás.
7.4 de 10 | - - - | 1h 20min | Trailer |
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