Rosetta, 1999
Legendado, Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Formato: AVI
Áudio: francês
Legendas: Pt-Br
Legendas: Pt-Br
Duração: 95 min
Tamanho: 1,12 GB
Servidor: 1Fichier (Parte única)
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Parte única
SINOPSE
A jovem e impulsiva Rosetta (Emile Dequenne) vive num trailer, com sua mãe (Anne Yernaux), alcóolatra e agressiva. Sua vontade de mudar de vida tanta que todos os dias ela luta muito por um emprego. Seu maior problema nem sempre achá-lo, e sim manter-se nele. Ela sai procura de trabalho como alguém que está indo para a guerra e, nesta sua luta cotidiana para sair da pobreza e levar uma vida "normal", vale tudo.
Fonte: Adorocinema
Parte única
SINOPSE
A jovem e impulsiva Rosetta (Emile Dequenne) vive num trailer, com sua mãe (Anne Yernaux), alcóolatra e agressiva. Sua vontade de mudar de vida tanta que todos os dias ela luta muito por um emprego. Seu maior problema nem sempre achá-lo, e sim manter-se nele. Ela sai procura de trabalho como alguém que está indo para a guerra e, nesta sua luta cotidiana para sair da pobreza e levar uma vida "normal", vale tudo.
Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 7.5
ANÁLISE
Por Felipe Bragança
O que Rosetta tem de mais instigante é a forma como Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne conseguiram entrelaçar o que seria mais um drama político-social com o que poderia ter sido só mais um drama sobre a solidão e a melancolia contemporânea. Mesclando crítica severa a uma sensibilidade extremada para com sua personagem, os diretores conseguiram criar uma dimensão de perplexidade e angústia que, se não propõe respostas prontas, consegue fazer emergir com toda a força a necessidade da busca por mudanças... Não é preciso um discurso panfletário, não é preciso qualquer diálogo que tente interpretar a realidade. Com a crueza de sua objetividade-subjetivada, J.-P. e L. Dardenne fazem um filme-registro que incomoda e remexe com o mais frio dos espectadores.
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
A câmera persegue Rosetta, não lhe deixa sozinha um só instante – todo o filme é Rosetta, tudo o que importa ali é Rosetta, por que é de Rosetta que estamos falando... Sobre as pequenas tristezas e alegrias de sua vida, de sua qualidades e defeitos, de suas manias e costumes... Todo filmado com a câmera na mão, Rosetta não tem sequer um plano ponto-de-vista ou montagens campo-contracampo... É como se o olhar tivesse ali um imediatismo, como se fosse impossível parar o olhar imerso naquele turbilhão no qual a personagem (como no lago de lama movediça) quase se afoga...
Mas não é só na forma que está o valor do filme – também no roteiro essa dimensão se estabelece: construído em diálogos e silêncios exatos, em um ritmo asfixiante e premiado com um belíssimo e surpreendente final... A interrupção do ato do suicídio, a interrupção do filme no meio de um suspiro de Rosetta, serve para projetar a narrativa para além do filme, para romper o espaço fílmico e lançar a questão para além da sala de projeção... O filme não se fecha por que não se trata de encontrar uma resposta ou de se decretar a tragédia inevitável... Mas de fazer da angústia daquelas imagens uma ferramenta político-social de questionamento e interesse do espectador por aquela realidade social microcósmica... Não se trata de pena, Rosetta não é uma mártir; se trata, sim, de encarar a dura realidade vivida por indivíduos muitas vezes esquecidos por quem vive além da redoma de vidro da mídia institucional, além do aquário farsesco que é o mundo cult-pop de um festival de Cinema...
Rosetta é, sem dúvida, um filme incômodo, e por isso mesmo se presta ao que se pretende. Um dos grandes filmes deste Festival e que merece ser analisado com mais calma em um outro momento.
Fonte: Análise retirada do site Contracampo
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