Smultronstället, 1957
Legendado, Ingmar Bergman
Classificação: Excelente
Formato: AVI
Áudio: sueco
Legendas: português
Legendas: português
Duração: 91 min
Tamanho: 1,10 GB
Servidor: Mega (Parte única)
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Parte única
SINOPSE
Isak Borg (Victor Sjöström) é um professor de medicina que revisita vários momentos marcantes de seu passado durante uma viagem de carro até sua antiga universidade, onde ele irá receber uma honraria. Acompanhado de sua nora Marianne (Ingrid Thulin) ele evoca memória de sua família e de sua ex-namorada. Durante a viagem ele conhece uma garota adolescente que em muito se assemelha a Sara, seu antigo amor. A jovem pega carona com o professor e Marianne. Quanto mais Borg recorda as decepções e desilusões que viveu, mais ele se sente frio e cheio de culpa. Esses sentimentos se afloram quando ele encontra seu filho, igualmente frio e ressentido.
Fonte: Adorocinema
Parte única
SINOPSE
Isak Borg (Victor Sjöström) é um professor de medicina que revisita vários momentos marcantes de seu passado durante uma viagem de carro até sua antiga universidade, onde ele irá receber uma honraria. Acompanhado de sua nora Marianne (Ingrid Thulin) ele evoca memória de sua família e de sua ex-namorada. Durante a viagem ele conhece uma garota adolescente que em muito se assemelha a Sara, seu antigo amor. A jovem pega carona com o professor e Marianne. Quanto mais Borg recorda as decepções e desilusões que viveu, mais ele se sente frio e cheio de culpa. Esses sentimentos se afloram quando ele encontra seu filho, igualmente frio e ressentido.
Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 8.3
ANÁLISE
O tempo redescoberto
O narrador do livro No Caminho de Swann, de Marcel Proust, é subitamente sugado para um redemoinho de lembranças ao experimentar um pedaço de bolo com chá. A partir daí, ele encara uma famosa viagem no tempo neste que é o primeiro volume do longo romance do célebre autor francês. Algo muito parecido faz com que o velho Dr. Isak Borg (Victor Sjöström) retome suas reminiscências mais ternas, quando em meio a uma viagem saboreia pedaços de morangos silvestres. Se é costume enxergarmos influências literárias de August Strindberg no cinema de Ingmar Bergman, em Morangos Silvestres (Smultronstället, 1957) é a vez de o cineasta mostrar seu lado proustiano em um dos seus dramas de caráter mais intimista, porém também um de seus filmes de mais fácil conexão com o público.
Morangos Silvestres talvez seja o filme em que Bergman melhor consegue agradar tanto público quanto crítica, por apresentar um senso narrativo bastante fácil de acompanhar, se valendo do que há de mais simples e eficiente no cinema. No formato de “road movie”, ou filme de estrada, a história se desenrola no período de um dia na vida do Dr. Isak, que viaja com sua nora para receber um prêmio pela sua carreira. No caminho os dois encontram pessoas mais jovens que o fazem relembrar seu passado, sua juventude e os sentimentos que foram morrendo em seu coração ao longo dos anos.
Filmes de estrada sempre carregam consigo uma simbologia espaço-temporal, onde personagens se deslocam fisicamente e com isso acabam alcançando lugares não físicos, mas de ordem espiritual e emocional, como uma viagem pelo próprio interior da alma. No caso de Isak, se trata do encontro de um homem idoso com a aproximação da morte. Logo no início somos apresentados a um pesadelo do professor, cheio de simbologias que entrelaçam e estreitam o caminho da morte e do nascimento, como o relógio sem ponteiros, a carruagem sem condutor que carrega um caixão, e o barulho que lembra um carrinho de bebê (cena que homenageia o filme A Carruagem Fantasma [Körkarlen, 1921], do próprio Victor Sjöström, o intérprete do Dr. Isak e ídolo de Bergman). O grande medo dele, portanto, é o do perecimento, de deixar para trás não apenas sua existência atual, como também as lembranças e os momentos, sem satisfação de ter tido uma vida feliz.
Mais à frente, o professor irá viver mais algumas experiências que evocarão seu passado. A primeira é quando experimenta os morangos silvestres, que evocam uma memória involuntária da juventude, seu primeiro amor, seu despertar para a vida, e como tudo aquilo ganha um contorno nostálgico e melancólico. Depois conhecerá um casal cheio de problemas matrimoniais, hostis e ressentidos um com o outro. Da mesma forma, sua nora Marianne (Ingrid Thulin), relata dificuldades em seu casamento, o que faz com que Isak relembre também alguns de seus traumas nesse terreno.
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Screenshots
Bergman trabalhando com o seu mestre Victor Sjöström. Apesar de ser conhecido somente como ator, o memorável "Isak Borg" fez uns quarenta filmes, apesar de alguns perdidos, ainda assim, podemos ver a excelência de sua técnica.
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