New Rose Hotel, 1998
Legendado, Abel Ferrara
Classificação: Ótimo
Formato: AVI
Aúdio: Inglês
Legendas: Pt-Br
Duração: 93 minutos
Tamanho: 845 Mb
Servidor: Depositfiles (Parte única)
Em um futuro indefinido, dois espiões do mundo corporativo contratam uma
prostituta italiana para seduzir o importante chefão de uma empresa
japonesa e tirá-lo dos negócios, mas as coisas não saem conforme o
imaginado.
Fonte: Cineplayers
The Internet Movie Database: IMDB
ANÁLISE
Enigma do Poder (Abel Ferrara, 1998)
por daniel Dalpizzolo
Ferrara trancou New Rose Hotel em um
universo desparametrizado, moderno-futurista e de energia corporativa,
mas seguindo uma espécie de cinema tão improvável quanto pessoal, sempre
conduzida por obsessões e fortalecida em torno da tenuidade da imagem,
tão frágil e inconcreta quanto à encenação dilatada por entre as
relações pessoais deste jogo de enganação sem meios e sem fins. E é
impressionante como o fato de se passar quase todo – ou todo mesmo –
entre quatro paredes transforma cada milésimo de segundo filmado em uma
imagem de significado ofuscado, não apenas pela própria natureza
duvidosa das ações que constituem as nuances de interesses e de gradação
de poder das três personagens principais em suas inter-relações –
Christopher Walken, genial como sempre, junto do misterioso Willem Dafoe, o centro de New Rose Hotel – ou seria New Rose Hotel o centro de
Willem Defoe? – e Asia Argento, a sensualidade em pessoa e a prova de
que o forte de Dario nem era o cinema, era a procriação – como também
pelo fato de reproduzir conscientemente a submersão do filme em um
universo incomum, porém jamais deduzido – a não ser através de pequenas
nuances, que normalmente fundamentam o discurso de dúvida por sobre a
imagem que Abel sutilmente constrói através da captação de ações com os
mais diversos meios visuais.
Mas o controle sobre este universo não
poderia ser mais seguro, mesmo com toda a incompreensão que brota de um
conjunto de medidas tão simples – a ação praticamente inexiste em New
Rose Hotel; o que interessa mesmo são a imagem e a superfície em
carência de profundidade. E, embora escolha certas prioridades, cada
novo tema proposto em diálogo concede aos rumos uma incerteza ainda
maior, mesmo que nada seja tão desconcertante quanto à maneira como
Ferrara finalmente explicita seus interesses com a desfragmentação lenta
e misteriosa daquela pequena realidade. Aliás, poucas coisas são tão
imprevisíveis quanto descobrir que New Rose Hotel atinge o ápice no
momento em que finalmente parecia desenhar um princípio material para a
ação, mesmo que tudo aquilo que havia sido construído antes tivesse uma
resolução – que mais parecia um reinício, nova motivação – em
funcionamento. Alguns podem considerar auto-indulgência, como bem
comprova a falta de simpatia do público para com o filme – nota 4 no
IMDB, pouca exibição no cinema na época [nem passou no Brasil], etc.,
mas parece muito mais um equívoco de interpretação – e o filme é o maior
culpado mesmo, já que a todo o tempo brinca com a leitura das imagens e
nem se importa de pedir desculpas.
Para ler o artigo completo acesse Multiplot
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